de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 10 Agosto , 2009, 22:04

Assinala-se, hoje, 10 de Agosto, o primeiro aniversário do Jardim Oudinot, na sua nova versão surgida como consequência de um investimento de reabilitação e requalificação ambiental e patrimonial, que a Câmara Municipal de Ílhavo realizou com de cerca de 3,5 milhões de euros e uma parceria com a APA (Administração do Porto de Aveiro).
Localizado numa zona ribeirinha de relevante interesse paisagístico, ambiental e histórico-patrimonial, entre a área urbana da Cidade da Gafanha da Nazaré, o Forte da Barra e a área de actividade portuária, O Jardim Oudinot, que foi inaugurado há um ano, veio dar qualidade à zona que acolhe por terra o Navio-Museu Santo André, Pólo do Museu Marítimo de Ílhavo.
No seu primeiro ano de vida, viveu momentos altos, com a realização do Festival do Bacalhau 2008 e com a Regata dos Grandes Veleiros, tendo acolhido milhares de pessoas que, durante todo o ano, fizeram os seus passeios, merendas, utilizaram o Circuito de Manutenção, os dois equipamentos polidesportivos, os dois parques infantis, o parque de manutenção Sénior, a praia fluvial, e os seus espaços verdes.
Neste seu segundo ano, vai ser activado o Bar de Praia e o Bar-Restaurante da Guarita, e iniciada a utilização do ancoradouro situado junto à Capela da Nossa Senhora dos Navegantes.
O futuro próximo vai seguramente ser marcado pela chegada de novas e importantes capacidades que, agregadas ao Jardim Oudinot, vão aumentar cada vez mais a sua atractividade e a sua condição de local de múltiplas actividades e de carácter extraordinário.
O Festival do Bacalhau 2009, que vai decorrer de 19 a 23 de Agosto, é o próximo acontecimento importante que o Jardim Oudinot vai acolher.


Fonte: CMI

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 10 Agosto , 2009, 20:09
Azulejo decorativo
Os seus objectos

Nossa Senhora de Fátima, na capela da Casa


Escrivaninha portátil


O autor do Ave de Fátima


Passar por São Pedro do Moel e não visitar a Casa-Museu Afonso Lopes Vieira é como ir a Roma e não ver o Papa. Afonso Lopes Vieira (1878-1946) foi um escritor multifacetado, onde sempre sobressaía o poeta e o homem de cultura. A poesia, a prosa, a literatura infantil, as adaptações, o cinema e o ensaio encheram a sua vida. Mas no fim, ainda houve lugar para o homem solidário, tendo doado a sua casa, em São Pedro do Moel, para ali funcionar uma colónia de férias para filhos dos trabalhadores vidreiros e florestais. Ainda hoje funciona.
Não tendo sido, na sua juventude, um crente, pelo casamento tornou-se um homem de fé. Curiosamente, a ele se devem os versos que são uma indiscutível marca das aparições de Fátima, o célebre Ave de Fátima, com a assinatura de um servita.
A Casa-Museu, antiga residência de férias, e não só, do poeta, merece uma visita. O visitante pode, se quiser, sentir ao vivo a ambiência que Afonso Lopes Vieira usufruiu, com o bater das ondas na sala de estar banhada de sol, que o artista fixou em fotografias. A luz é presença permanente na sua alma e nos seus registos.
Cultor do espírito franciscano, manifestado numa vida austera e numa preocupação pelos mais sofredores, a sua obra é reflexo de grande humanismo e da sua ternura para com as crianças.

FM



Poema de Afonso Lopes Vieira,
de homenagem à sua casa
de São Pedro de Moel



Onde a terra se acaba e o mar começa
é Portugal;
simples pretexto para o Litoral,
verde nau que ao mar largo se arremessa.

Onde a terra se acaba e o mar começa
a Estremadura está,
com o Verde pino que em glória floresça,
mosteiros, castelos, tanta pátria ali há!

Onde a terra se acaba e o mar começa
há uma casa onde amei, sonhei, sofri;
encheu-se-me de brancas a cabeça
e, debruçado para o mar, envelheci…

Onde a terra se acaba e o mar começa
é a bruma, a ilha que o Desejo tem;
e ouço nos búzios, té que o som esmoreça,
novas da minha pátria – além, além!...





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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 10 Agosto , 2009, 19:56

Martim Avillez Figueiredo, director do i, usa o seu editorial para, de forma simples e directa, traçar linhas esclarecedoras da nossa realidade política, social e económica.
Hoje afirmou que “A Inglaterra corre o risco de ficar sem electricidade já em 2012. Isso: sem electricidade. Um dos países mais poderosos do planeta está em vias de se apagar porque não consegue produzir energia suficiente para as suas necessidades”. E depois explica porquê.
E adianta: “O odiado Manuel Pinho, com que todos embirravam pelas suas curiosas aparições públicas, (…) montou um plano de investimento em energias renováveis – vento e água, sobretudo – que chamou até a atenção do prémio Pollitzer”. O editorial merece ser lido
Esta minha chamada de atenção serve para dizer que muitas vezes somos levados a ficar com ideias erradas de certos políticos, e não só, por força de tiradas jornalísticas e de ataques políticos, com o único intuito de dizer mal, para destruir. Afinal, o ministro que foi despedido pelo Governo estava no bom caminho.

FM
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 10 Agosto , 2009, 18:18
Aspecto da exposição
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Carlos Duarte tem sabido
partilhar o que vê e sente
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Com mais de 40 anos dedicados à fotografia, como amador de qualidade indesmentível, Carlos Duarte tem sido presença assídua na comunicação social, cumprindo, com oportunidade, um bom trabalho de repórter fotográfico. Cruzei-me com ele várias vezes no serviço de reportagem e conheço, por experiência própria, a importância do seu contributo na divulgação de acontecimentos e pessoas marcantes da nossa região.
Quando completou quatro décadas de profícuo trabalho, veio a público um livro com alguns registos por ele captados, onde mostrou uma sensibilidade muito própria, com sinais claros da sua paixão pela ria, com mar à vista.
Com as suas fotografias, desde a era analógica até à digital, que hoje domina quase em absoluto a arte fotográfica, Carlos Duarte tem sabido partilhar, com o público da região, o que vê e sente, através de exposições individuais, mostrando à saciedade quanto rejubila com máquina na mão e olhos atentos. Mais alma que põe em tudo quanto aprecia e o seduz.
Nesta exposição, patente na Residencial Azevedo, a quarta da sua carreira, Carlos Duarte teve a oportunidade de chamar a minha atenção para algumas fotografias, só possíveis de captar quando deambula de bicicleta e atravessa a ponte que nos liga às Praias da Barra e da Costa Nova. Quem anda apressado, normalmente, não tem tempo para ver a paisagem que o circunda.
Lá estive no dia da abertura da exposição e tenciono voltar para, com mais calma, apreciar, fotografia a fotografia, mais pormenores de cada uma, a beleza do seu trabalho, sem arranjos que alteram, por vezes, o que a natureza assume como coisa sua.
Ria e mar, barcos e moliço, redes e vieiras, velas e proas, ondas com reflexos e nuvens espelhadas na laguna, de tudo um pouco ali está. Os preços são acessíveis.

FM

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