de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 13 Julho , 2009, 16:47
"Espaço Convívio" (Foto de arquivo)

Nota: Clicar na foto para ampliar


TRADIÇÕES DA CULTURA POPULAR PORTUGUESA


No próximo domingo, dia 19, pelas 15 horas, no salão paroquial da igreja matriz da Gafanha da Nazaré, vai ser apresentado um espectáculo por um grupo de seniores, do “Espaço de Convívio”, apoiado pela Junta de Freguesia, alusivo a tradições da cultura popular portuguesa, de conteúdo socioeducativo.
Convidam-se todos os gafanhões, de todas as idades. A entrada é livre.

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 13 Julho , 2009, 16:13
Miguel Almeida, à esquerda, cumprimenta o Grupo Etnográfico
"Os Esparteiros de Mouriscas", Abrantes


O século XXI vai ser uma grande desafio
para a nossa identidade cultural


Miguel Almeida é visiense e conselheiro técnico da Federação do Folclore Português (FFP). Há 26 anos que apresenta o Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré. Tantos quantos os festivais organizados pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que nasceu, oficialmente, em 1 de Setembro de 1983.
Miguel Almeida é habitualmente convidado para em palco falar das danças e cantares dos mais diversos festivais de grupos e ranchos folclóricos e etnográficos, denunciando um conhecimento muito grande da cultura popular do nosso País.
Ouvimo-lo, no sábado, antes do XXVI Festival Nacional da Gafanha da Nazaré. E do muito que nos disse aqui deixamos algumas respostas a perguntas que lhe fizemos.

- Qual a importância dos Festivais de Folclore no século XXI?
- Estes festivais servem, sobretudo, para mantermos vivas as nossas tradições. Nós estamos inseridos numa aldeia global, que é a Europa, e somos um ponto no meio de uma imensidão de pontos. Mas este ponto pequenino pode ser um ponto grande, se mantivermos a nossa cultura. Penso que no século XXI se abrem perspectivas do alargamento da UE, que se torna mais globalizante, ainda.

- Ficam mais diluídas as culturas…
- Exactamente. Por isso, no século XXI, os grupos folclóricos têm de se manter unidos para mostrarem a esses países que nós somos diferentes. Estamos todos dentro do mesmo saco, mas somos diferentes e com direito a essa diferença. Mas essa diferença só será possível através dos grupos folclóricos que organizam estes festivais, que são encontros de culturas.

- Culturas diversas dentro do mesmo País…
- O nosso País, tão pequeno, tem culturas muito diferenciadas e essa diferenciação tem de se manter viva. Penso que o século XXI vai ser um grande desafio para a nossa identidade cultural.

- Seremos uma reserva da Europa, a esse nível?
- Somos, de facto, uma reserva da Europa, porque ainda estamos, neste aspecto da cultura popular, diferentes dos outros povos. Por exemplo, para dançar o Vira ou o Fandango, só gente portuguesa o faz.

- Qual é a dança genuinamente portuguesa?
- Para mim, o Vira é a dança que melhor caracteriza o povo português. É uma dança espontânea, que pode ser dançada apenas por um par e por todos os pares. Até pode ser dançada por uma multidão.

- Onde nasceu essa dança?
- O Vira nasceu em terras de Entre Douro e Minho, mas logo passou por Portugal abaixo. E por onde passou foi aculturado, isto é, as pessoas pegaram nele e adaptaram-no à sua maneira de ser.

- Então há muitos Viras…
- É verdade. Há o Vira de meia volta e de volta inteira, há o rodado e trespassado, há o falseado e outros. Tantos quantas as regiões de Portugal.

- Para mostrarmos a nossa identidade, é importante, então, que os nossos grupos apresentem no estrangeiro o nosso folclore?
- Pois é verdade. Mas nem sempre o Estado apoia essas saídas. De vez em quando patrocina uma ou outra. Contudo, nem sempre apoia os melhores grupos, os que se apresentam com coerência, com autenticidade, o que temos de bom.

- Mas a FFP não dá o seu parecer?
- Dá o seu parecer quando lho pedem. A FFP não é, infelizmente, parceira do Estado para a cultura; é um parente pobre.

- E os grupos que andam nestes festivais são mesmo genuínos?
- A FFP tem os seus grupos, que são a sua imagem de marca. Isto cria a concha, isto é, guardam as costas uns dos outros. Num festival de um grupo federado, normalmente, não entram grupos não federados, porque não têm, à partida, aquela segurança para entrar num festival de qualidade, com garantia de autenticidade do povo que representam.

Fernando Martins

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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 13 Julho , 2009, 13:48

“Nesta época em que muito se fala de identidade, de ser português, para quando um Tratado de Amizade com a CPLP para facilitar a ponte nos dois sentidos? Ou seja, quando é que os povos da CPLP terão o estatuto de igualdade similar ao que se fez com o Brasil? Isso iria mudar muita coisa. Há um grande número de pessoas da CPLP que têm interesses iguais e que se identificam com Portugal mas que, no entanto, não conseguem a nacionalidade.”

Jorge Andrade, Jogador de Futebol
No jornal i

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 13 Julho , 2009, 12:13
Obras no Centro Cultural

Inauguração provavelmente em Janeiro

As obras de remodelação do Centro Cultural da Gafanha da Nazaré continuam. Hoje passei por lá e registei a azáfama que por ali anda, no sentido de nos oferecer um espaço cultural mais amplo e mais funcional. Também, obviamente, com mais dignidade. A garantia que há aponta para a sua inauguração no primeiro trimestre de 2010, provavelmente ainda em Janeiro, inserindo-se, assim, nas festas comemorativas do centenário da freguesia.


Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 13 Julho , 2009, 11:33
Museu de Roterdão

.Foi inaugurada no passado dia 4, no Museu Marítimo de Roterdão, a exposição "A Campanha do Argus", mostra itinerante do Museu Marítimo de Ilhavo, que assim se internacionaliza, com outras exposições, que irão decorrer em Espanha e Canadá. O Museu Marítimo de Roterdão é um dos mais visitados da Europa.

Foto de Afonso Duarte

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