1909 - ARRASTÃO “ELITE”
Caríssimo/a:
«Em 1907, “o barco [o Náutico?] apanhou durante o exercício da pesca um forte temporal, chegando a perder ferros e correntes, mas como é de rija construção e de tripulação destemida, resistiu e entrou há dias, são e salvo, no porto de Lisboa.”» [Oc45, 88]
1908 - «Em 1908, há 30 bacalhoeiros portugueses.» [HDGTM ]
«Em 1908, quando se contavam 30 bacalhoeiros portugueses, surge “um novo navio, o iate ATLÂNTICO. Desta vez, foi uma pequena sociedade formada por Antero Duarte e seu cunhado Alberto Ferreira Pinto Basto que enviaram o navio comprado para esse efeito. Aveiro e Ílhavo contavam então três navios para a pesca do bacalhau: NÁUTICO, RAZOILO e ATLÂNTICO.» [Oc45, 82]
«O iate RAZOILO, antes do início da campanha de 1908, esteve num estaleiro do Porto a forrar o casco de cobre. Antes de seguir para Lisboa, parou em Aveiro para carregar sal e receber alguns pescadores.» [Oc45, 82]
1909 - «A carga do RAZOILO e do NÁUTICO foi calculada em cerca de 6.000 quintais, sendo considerado por isso um ano muito bom. “A pesca foi tão abundante nesse ano – pode ler-se no 'Campeão das Províncias' – que, do que vinha às linhas, [os pescadores] apenas aproveitavam o peixe maior, desprezando o mais pequeno”.» [Oc45, 82]
«Em 1909, o bacalhau – que representou cerca de 87% do pescado importado – custou-nos 3.803.306$000, que em ouro pagámos à Inglaterra, Noruega, França e outras nações.» [Oc45, 84]
«Goradas, em 1909 e 1910, as experiências do arrastão português ELITE.» [HDGTM,7]
«Um único arrastão a vapor fizera apenas duas campanhas: em 1909 e 1910. chamava-se ELITE e fora armado pela Parceria Geral de Pescarias segundo o arquétipo dos vapores franceses que por esse tempo demandavam os bancos da Terra Nova e da Gronelândia.» [Oc45, 99 ]
1910 - «No fim da Monarquia, Portugal consumia cerca de 28.000 t de bacalhau por ano, mas os navios portugueses não capturavam, nesse período, mais do que cerca de 2.400 t. De facto, “a pesca nacional apenas chega[va] para o consumo de um mês, não satisfazendo de forma nenhuma as necessidades internas”.» [Oc45,83]
“No fim da Monarquia,...”, apesar do 'estado da Nação', mesmo assim e para além disso, havia quem remasse contra a maré... Só que...
Esperemos que novos ventos soprem... e novas Élites surjam!