de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 23 Maio , 2009, 23:59
BACALHAU EM DATAS - 22


Última bandeira da Monarquia
Bandeira da República

1909 - ARRASTÃO “ELITE”

Caríssimo/a:

1907 - «Em 1907, o imposto sobre o bacalhau português rendeu 26.879$000 réis, o que significava que “o bacalhau pescado por portugueses paga[va] de direitos, antes da secagem, 12 réis por quilograma”. Era um imposto muito pesado, que onerava o consumidor e as empresas interessadas.» [Oc45, 83]
«Em 1907, “o barco [o Náutico?] apanhou durante o exercício da pesca um forte temporal, chegando a perder ferros e correntes, mas como é de rija construção e de tripulação destemida, resistiu e entrou há dias, são e salvo, no porto de Lisboa.”» [Oc45, 88]
1908 - «Em 1908, há 30 bacalhoeiros portugueses.» [HDGTM ]
«Em 1908, quando se contavam 30 bacalhoeiros portugueses, surge “um novo navio, o iate ATLÂNTICO. Desta vez, foi uma pequena sociedade formada por Antero Duarte e seu cunhado Alberto Ferreira Pinto Basto que enviaram o navio comprado para esse efeito. Aveiro e Ílhavo contavam então três navios para a pesca do bacalhau: NÁUTICO, RAZOILO e ATLÂNTICO.» [Oc45, 82]
«O iate RAZOILO, antes do início da campanha de 1908, esteve num estaleiro do Porto a forrar o casco de cobre. Antes de seguir para Lisboa, parou em Aveiro para carregar sal e receber alguns pescadores.» [Oc45, 82]
1909 - «A carga do RAZOILO e do NÁUTICO foi calculada em cerca de 6.000 quintais, sendo considerado por isso um ano muito bom. “A pesca foi tão abundante nesse ano – pode ler-se no 'Campeão das Províncias' – que, do que vinha às linhas, [os pescadores] apenas aproveitavam o peixe maior, desprezando o mais pequeno”.» [Oc45, 82]
«Em 1909, o bacalhau – que representou cerca de 87% do pescado importado – custou-nos 3.803.306$000, que em ouro pagámos à Inglaterra, Noruega, França e outras nações.» [Oc45, 84]
«Goradas, em 1909 e 1910, as experiências do arrastão português ELITE.» [HDGTM,7]
«Um único arrastão a vapor fizera apenas duas campanhas: em 1909 e 1910. chamava-se ELITE e fora armado pela Parceria Geral de Pescarias segundo o arquétipo dos vapores franceses que por esse tempo demandavam os bancos da Terra Nova e da Gronelândia.» [Oc45, 99 ]
1910 - «No fim da Monarquia, Portugal consumia cerca de 28.000 t de bacalhau por ano, mas os navios portugueses não capturavam, nesse período, mais do que cerca de 2.400 t. De facto, “a pesca nacional apenas chega[va] para o consumo de um mês, não satisfazendo de forma nenhuma as necessidades internas”.» [Oc45,83]
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“No fim da Monarquia,...”, apesar do 'estado da Nação', mesmo assim e para além disso, havia quem remasse contra a maré... Só que...
Esperemos que novos ventos soprem... e novas Élites surjam!
Manuel

Editado por Fernando Martins | Sábado, 23 Maio , 2009, 20:52

Um grupo de Braga está a organizar uma visita à bonita cidade de Aveiro. Pediu-me sugestões para aqui passar um dia. O passeio pela Ria, de barco moliceiro, não podia faltar, entre outras propostas que todos saberão aproveitar. Neste barco ia eu, em época longe do Verão. Claro que valeu a pena. Espero que gostem...
FM

Editado por Fernando Martins | Sábado, 23 Maio , 2009, 18:02


Mesmo quando denuncia,
é de amizade que se trata

O Cón. António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) da Igreja Católica em Portugal, lançou esta Quinta-feira, em Lisboa, a sua nova obra "Um Ramo de Amendoeira", que reúne os editorais escritos ao longo dos últimos anos para o semanário Agência ECCLESIA.
O título da obra evoca uma passagem do livro do profeta Jeremias, no meio de um período negro de Israel.
Na apresentação do livro, D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, bens Culturais e Comunicações Sociais, falou do autor como uma das "personificações mais interessantes do que pode e deve ser a comunicação social".
Após salientar a "qualidade evidente e actualidade constante" da escrita do Cón. António Rego, o Bispo do Porto destacou três pontos fundamentais: "espírito, coração e engenho".
"Mesmo quando denuncia, é de amizade que se trata", sublinhou.
Leia mais aqui

Editado por Fernando Martins | Sábado, 23 Maio , 2009, 14:39
Sabia tudo
com paixão...

Sabia tudo com paixão. Acreditava que a criação humana era "uma forma de nos defendermos contra a morte". Acreditava em dar "testemunho do que vai durar contra o que parece que está para durar". Acreditava em convencer "quem eu quero que goste tanto como eu gosto" e, "se possível, goste como eu gosto". Escreveu num português vintage de frase lançada. Quando ele escrevia, acreditávamos que sabia tudo.
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Leia tudo no Ípsilon

Editado por Fernando Martins | Sábado, 23 Maio , 2009, 13:17

Decorreu no passado dia 22, na Escola Mário Sacramento, em Aveiro, a apresentação da obra “Livro de Amizade – Lembrando Mário Sacramento”.
Coordenado por João Sarabando, Joaquim Correia e Cecília Sacramento, tem a colaboração de José Cardoso Pires, Joaquim Namorado, João Seiça Neves, Idalécio Cação, Flávio Martins, Fernando Namora, Eduardo Prado Coelho, Eduardo Lourenço, Costa e Melo, Agostinho das Silva, Mário Soares, Óscar Lopes, Urbano Tavares Rodrigues, entre outros.
Presentes na cerimónia, Clara Sacramento e Vasco Sacramento, filha e neto de Mário Sacramento, convidados e muitos professores da escola. Apresentação da obra esteve a cargo do professor universitário António Pedro Pita, que analisou o livro, lembrando que foram precisos mais de 20 anos para o ver nascer. Afirmando que Mário Sacramento é uma personalidade-chave na história das ideias estéticas do séc. XX, sendo urgente a reedição de toda a sua obra.
António Redol, filho do escritor Alves Redol e em representação do Museu do Neo-Realismo, manifestou o agrado pela instituição ter apoiado a obra, assim como a Fundação Calouste Gulbenkian. Disse que Mário Sacramento se destaca no século passado pelo alto espírito cultural, humanista e político, sendo uma figura de grande relevo no neo-realismo em Portugal.
Jorge Sarabando lembrou as posições políticas do homenageado, salientando que a sua vasta obra ajuda muito a compreender o séc. XX, no país, em Aveiro e no mundo. Joaquim Correia agradeceu às entidades que apoiaram aquela publicação, salientando que a obra literária de Mário Sacramento, não tendo desaparecido sob a voragem do tempo com a facilidade com que desaparecem os simples actos de fala do dia-a-dia, é um património que se mantém à espera de quem a valorize como merece, lendo-a, discutindo-a e dando-lhe o lugar a que tem direito.
António Martins, Director da Escola Mário Sacramento, manifestou a honra pelo livro ter sido apresentado na escola anunciando que já há contactos com a Universidade de Aveiro, para a curto prazo se reeditar a obra de Mário Sacramento, apelando aos professores de português da Escola, para que dêem a ler aos alunos o texto de Cecília Sacramento publicado no livro.
Neste livro são publicadas várias fotografias de diversas épocas da vida de Mário Sacramento assim como imagens da homenagem que em 1991 a Câmara de Ílhavo lhe prestou, ao descerrar uma lápide na casa onde nasceu.

Carlos Duarte

Editado por Fernando Martins | Sábado, 23 Maio , 2009, 12:56

No Médio Oriente, os judeus pedem a Javé, os cristãos pedem a Deus, os muçulmanos pedem a Alá. Perante a contradição dos pedidos, o que faz Deus? Ele, que é o mesmo para todos, sem acepção de pessoas, só pode exigir a todos respeito mútuo, garantia dos direitos humanos, uma paz justa.

Na sua visita, difícil e mesmo arriscada, à Jordânia, a Israel e aos Territórios Palestinianos, que pediu Bento XVI a Deus? Dobrou uma folha com o seu "segredo", que meteu numa frincha do Muro das Lamentações: "Deus de todos os tempos, na minha visita a Jerusalém, cidade da paz, casa espiritual de judeus, cristãos e muçulmanos, coloco perante ti as alegrias, as esperanças, as aspirações, as provas, os sofrimentos e as dificuldades de todos os povos do mundo. Deus de Abraão, de Isaac, de Jacob, escuta os gritos dos aflitos, dos angustiados, dos deserdados. Envia a paz à Terra Santa, ao Médio Oriente e a toda a família humana."

É lá que o cristianismo tem as suas raízes. Mas o dogma, a história, a política dividiram os cristãos - coptas, nestorianos, arménios, católicos de rito latino e oriental, ortodoxos -, de tal modo que ainda hoje se assiste até a confrontos físicos por causa dos "Lugares Santos". O Papa apelou ao diálogo ecuménico, pois a divisão é " um escândalo".

Na constatação do êxodo dos cristãos - o seu número tem-se tornado cada vez mais diminuto nas últimas décadas -, pediu aos Governos que garantam o direito da liberdade religiosa, que é "mais que a liberdade de culto", e aos cristãos, tentados pela emigração, exortou-os a que "tenham coragem de ser fiéis a Cristo", permanecendo ali, "difundindo a sua mensagem de paz e unidade".

Anselmo Borges

Leia todo o texto no DN
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