A caravela Vera Cruz está ancorada no Porto de Pesca Longínqua até 30 de Maio, por iniciativa da CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro). Pretende-se com esta estadia da caravela no Porto de Aveiro contribuir para uma maior valorização da nossa cultura, assente, em grande parte, no Mar e na Ria. Também se deseja dar a conhecer aos mais novos “valores importantes da História de Portugal”, como sublinhou Ribau Esteves, presidente do Conselho Executivo da CIRA.
A caravela Vera Cruz é propriedade da Aporvela, uma associação de treino de vela, de Lisboa, vocacionada, com este projecto, para a divulgação e sensibilização da gesta dos Descobrimentos Portugueses. Até ao fim do mês, escolas e demais interessados poderão visitá-la, fundamentalmente, para “imaginarem” como foi a vida dos nossos mareantes a bordo duma “casca de noz”, sobre as ondas alterosas. Mas, ainda, para se debruçarem sobre a evolução das navegações e do papel da caravela portuguesa nos Descobrimentos.
A visita de ontem permitiu-nos assistir a uma encenação histórica por alunos, vestidos a rigor, de uma escola do concelho de Estarreja, bem compenetrados dos seus papéis, dos tempos da descoberta do Brasil, por Pedro Álvares Cabral.
Para Ribau Esteves, que é também presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, a CIRA está a implementar “acções da área da Educação e da Cultura”, apostando “na formação dos cidadãos mais novos e na promoção da nossa Região de Aveiro”.
A Vera Cruz é uma réplica da Caravela Oceânica Portuguesa do Século XV e foi construída em Vila do Conde. Foi lançada à água em 28 de Abril de 1990. Tem 23,8 metros de comprimento e capacidade para alojamento de 22 pessoas.
Fernando Martins