de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 31 Março , 2009, 23:02
Eduardo Lourenço


1. Não se pense que a «questão de Deus» é indiferente como se de um “tanto faz” se tratasse. Talvez este seja o primeiro obstáculo a superar, na busca de fazer sentir que o indiferentismo alastrante (nestes assuntos do sentido da vida e de Deus) não será uma moda bem-vinda… esse futuro ilusório de autonomia humana, mas um pobre retrocesso na “resposta mais profunda ao sentido de viver” que as religiões representam, como sublinha o reconhecido ensaísta Eduardo Lourenço. Reparemos na fonte das sabedorias da Ásia…Compreende-se a necessária e saudável laicidade dos Estados (que volta e meia na Europa absolutizadora da razão de Estado resulta numa liberdade religiosa de fronteiras dúbias…), a apreensão de um conjunto de valores que alimentam as éticas e dão razões à existência, dados que não se poderão dissociar do espaço público…


Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 31 Março , 2009, 15:33



"D. Manuel Clemente não é o primeiro cujas homilias são editadas. Há antigas tradições de que António Vieira é seguramente um dos principais patronos. E aqui no Porto, também não é uma novidade absoluta: basta lembrar D. António Ferreira Gomes. Por que razão então sublinho este gesto? Porque não é comum, como já disse. Mas sobretudo porque revela uma maneira diferente de exercer as suas funções. Quem publica, quer ser lido. Quem lê, reflete e pensa. Quem pensa, verifica o pensamento dos outros, dos autores. Quem comenta, acrescenta qualquer coisa. Por outras palavras, quem edita, submete-se ao julgamento dos leitores, quer dialogar com eles, dispõe-se à discussão e expõe-se ao escrutínio. Não se satisfaz com a palavra catedrática, não pretende que acreditem apenas na autoridade do magistério."
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 31 Março , 2009, 15:25

"Contrariamente ao que acontece com outro tipo de festas religiosas, as que recordam os passos do Calvário estão dominadas pelo sofrimento. E são esses quadros os que se apresentam à sociedade de hoje, aparentemente divorciada de qualquer sombra de dor e empenhada em conquistar apenas momentos de júbilo. Paradoxalmente, acolhe a memória da Cruz do Redentor, incapaz de permanecer indiferente ao que se passa de único nessas procissões de passos irrepetíveis na História da Humanidade."
Paulo Rocha
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