de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 29 Março , 2009, 20:06

Na Ria de Aveiro, em dia e hora de pesca, há sempre espaço para usufruir as belezas da nossa laguna. De vez em quando aqui a mostrarei, sobretudo aos que vivem longe destes ares e destas paisagens.


Editado por Fernando Martins | Domingo, 29 Março , 2009, 19:43

A Feira de Março, a maior e melhor montra da actividade económica da região centro, decorre no Parque de Exposições de Aveiro. A 575ª edição do tradicional certame prolonga-se até 26 de Abril, proporcionando negócios, lazer e muita diversão.

Editado por Fernando Martins | Domingo, 29 Março , 2009, 19:10


1.Thomas Jefferson (1743-1826), formado em direito, tendo nascido e morrido no estado da Virgínia, foi o 3º presidente dos Estados Unidos da América (entre 1801 e 1809), tendo uma actuação decisiva nos valores da consolidação da unidade e desenvolvimento nacionais. Além de actividade política, foi filósofo, arquitecto, arqueólogo, um revolucionário iluminista no melhor sentido ético do termo. De tempos a tempos, especialmente nos tempos mais difíceis das sociedades em que se procuram vislumbrar caminhos em ordem a um futuro mais humano e livre na responsabilidade, os sábios escritos alertadores de Jefferson são relembrados com actualidade.

Alexandre Cruz

Editado por Fernando Martins | Domingo, 29 Março , 2009, 12:49
BACALHAU EM DATAS - 14





AS GUERRAS DO BACALHAU

Caríssimo/a:

Início do século XVIII - «No início do século XVIII, a América do Norte estava colonizada por dois reinos, a França e a Inglaterra. Este último também desenvolveu dum modo acentuado as suas actividades de pesca na região, com especial destaque para os colonos que ocuparam o território da Nova Inglaterra.» [Oc45, 66]
Século XVIII - «Parece reter a memória da presença de pescadores aveirenses, nos primórdios da captura do “fiel amigo”, nos bancos da Terra Nova e da sua referência em documentos oficiais. Numa altura em que a pesca do bacalhau já havia sido abandonada, o autor do referido roteiro afirma, de forma sumária e imprecisa: “Posto que os Portugueses já hoje não frequentam esta navegação, sendo que antigamente iam todos os anos, de Aveiro e Viana e outros portos de Portugal mais de 100 caravelas à pescaria do bacalhau, e maior parte dos nomes dos portos da Ilha da Terra Nova são Portugueses, que eles lhes puseram, quando frequentavam esta navegação, os quais nomes ainda se conservam nas Cartas Inglesas e francesas[...]”» [Oc45, 77 cit. Roteiro da Terra Nova dos Bacalhaus, de Manuel Pimentel.]
1750 - «Viana do Castelo ainda conta com uma flotilha de 80 embarcações.» [Oc45, 79]
1756-1776 - AS “GUERRAS DO BACALHAU”
«A Guerra dos Sete Anos (1756-1763) Não foram declaradas guerras devidas exclusivamente ao bacalhau, mas o domínio territorial das regiões próximas dos mares onde o mesmo era pescado foi um factor determinante no desenrolar de alguns conflitos, nomeadamente a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) e o processo da Independência dos Estados Unidos da América (1776). Com a Guerra dos Sete anos os ingleses garantiram o domínio territorial de toda a América do Norte, conseguindo os franceses negociar o direito de pesca, em condições apesar de tudo vantajosas para a França, na região da Terra Nova.
A Independência dos EUA (1776) A Revolução Americana contou com um grande aliado, a França. Contudo, mesmo esta se opôs às pretensões americanas na região do Grande Banco. Os interesses dos franceses que detinham as ilhas de Saint Pierre e Miquelon, poderiam ser lesados, pela pesca dos americanos nas costas que os franceses consideravam como suas. Não sendo obviamente a única causa da independência dos Estados Unidos, o bacalhau esteve no centro da polémica, quer no desenrolar do processo da independência quer na posterior fase das negociações de paz, envolvendo três estados: França, Inglaterra e os recém-nascidos Estados Unidos da América – e neste processo da independência dos EUA a questão da pesca do bacalhau foi a mais complicada de resolver.» [Oc45, 72/73]
Século XVIII - O estado da barra [de Aveiro] constituiu um sério obstáculo ao desenvolvimento do porto de Aveiro e aos investimentos na pesca do bacalhau, entre outros, durante os séculos XVIII, XIX e mesmo nas primeiras décadas do século XX. Silvério R. da Rocha e Cunha, 1939, sintetizou a questão da «decadência da pesca do bacalhau» deste modo: «Portugueses e Espanhóis tinham sido expulsos dos mares da Terra Nova. De país produtor de bacalhau, Portugal passou a grande importador; os armadores ingleses traziam-no para os nossos portos, onde era vendido por comerciantes também ingleses. O último comerciante inglês residente em Aveiro, retirou nos fins daquele século [XIX], porque o estado da barra dificultava o tráfego e a população caía em extrema pobreza.» [Oc45, 78]

Certamente que, ao leres “Guerras do Bacalhau”, a tua reacção terá sido de incredulidade. Contudo, como é escrito, “não foram declaradas guerras devidas exclusivamente ao bacalhau ... mas foi um factor determinante no desenrolar de alguns conflitos”.
Esqueçamos as “guerras” ... e olhemos para a Barra de Aveiro que começa a dar muito que pensar!

Manuel

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