de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 03 Março , 2009, 21:39


Na sua juventude tinha sido o galã da aldeia. Vestia bem e apresentava-se com dignidade. Bem falante e de boa figura, era alvo das atenções onde quer que estivesse. Tinha o seu emprego estável e era competente.
Depois, de um dia para o outro, por razões que desconhecemos, começou a beber e a desleixar-se. A partir daí foi o fim.
Qual farrapo humano, deambula por aqui e por ali, de taberna em taberna. À noite recolhe-se à sua barraca.
Os primeiros amigos, os da juventude, esqueceram-no ou ignoraram-no. Os amigos de hoje, se os tem, vivem, na sua maioria, os mesmos objectivos, sempre alimentados estes pelo copo de tinto ou branco, conforme as circunstâncias.
Os outros amigos, os que não bebem, bem tentam recuperá-lo e ajudá-lo, mas pouco têm conseguido. A queda na escala social e a degradação provocada pelo álcool aniquilaram o indivíduo.
O farrapo humano, completamente desligado e desinteressado da vida, continua, apesar de tudo, um ser humano com corpo e alma. Continua nosso irmão. Vamos mesmo tratá-lo como tal?
Fernando Martins
Publicado no TIMONEIRO, Fevereiro de 1990
NB: Revisitei números antigos do TIMONEIRO e neles encontrei textos que se tinham varrido da minha memória. Alguns, por um ou outro motivo, aqui serão publicados. Talvez pela sua flagrante actualidade.
FM
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 03 Março , 2009, 21:31


Vai realizar-se o I Seminário Náutico do Município de Ílhavo, no dia 13 de Março 2009, numa perspectiva de partilhar as primeiras actividades deste novo Fórum, conhecer programas desenvolvidos pelas Federações de Canoagem, Natação e Vela, assim como experiências de associações náuticas da Galiza, usando o espaço único do Museu Marítimo de Ílhavo. Esta realização é um contributo para a dinamização das actividades náuticas, elemento de valorização de Ílhavo, da Região de Aveiro e de Portugal.

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 03 Março , 2009, 21:21




"É a segunda vez que me encontro com este monge beneditino de Munsterschwarzach, chamado Anselm Grun. A primeira foi num desconcertante livro sobre Deus e o sofrimento, com uma luta leal entre os dramas humanos e a sábia providência de Deus. Desta vez, na livraria, olhei primeiro o título, e quase no fim da introdução voltei à capa e reparei que o autor não me era estranho. Tem a ver com o sacramento da penitência e com todas as lutas que travamos connosco próprios para a nossa reconciliação interior, o diálogo sobre a nossa condição de pecadores, a Igreja como lugar de reflexo do nosso arrependimento e do reconfortante perdão de Deus. Sabendo nós que podemos voltar a pecar e que mesmo assim não estamos abandonados nem por um momento à nossa solidão ou desesperança."
António Rego
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