Sei que há quem não goste de antiguidades e de velharias. As peças consideradas antiguidades tem um peso muito grande na memória dos mais idosos. Móveis antigos, por exemplo, são quase garantia de perenidade. Para o meu gosto, ficam sempre bem numa casa qualquer. Há quem prefira o mais moderno e o minimalista, em particular. Mas, como disse o escritor Mário Cláudio, qualquer mossa numa peça moderna inutiliza-a, qualquer mossa numa peça antiga deixa-a na mesma.
De qualquer forma, há gostos e apetites para todos, desde o mais moderno ao mais antigo.
No caso das velharias, onde nem sempre o bom gosto impera, podemos encontrar de tudo, não tanto com arte, mas com utilidade decorativa, e não só.
Hoje fui à Feira de Velharias que se realiza em Aveiro, no quarto domingo de cada mês. Como me sinto bem em Aveiro, também me senti lindamente na Feira, que se estendo dos Arcos e Praça Melo Freitas até à igreja da Vera Cruz e depois para a Praça do Peixe.
Havia de tudo, ao jeito da Feira da Ladra, onde nunca fui, mas de que tenho ouvido falar. Desde louça antiga e outra a fingir de antiga, até livros velhos e novos à mistura. Desde LPs de vinil, até grafonolas de manivela. Desde rádios a cair de podres, até mesas a fingir de antigas. Desde relógios de bolso, até canetas de tinta permanente que não servem para nada, nem para decorar o que quer que seja.
Eu virei-me para os LPs e lá comprei três, de jazz, de mais de 20 anos. Estou a ouvi-los e acho que valeu a pena.
FM
Paulo Costa adiantou-nos que o Fórum vive o dia-a-dia numa perspectiva de “estimular os jovens para que descubram e desenvolvam as suas capacidades”. E a propósito, sublinha que os artistas mais novos podem apresentar naquele espaço “a sua primeira exposição”, momento único na vida de qualquer pessoa.
Mas não se julgue que o Fórum da Juventude se limita a proporcionar um ambiente capaz de levar os seus utentes a descobrirem as suas capacidades. Ali funciona também o Serviço de Apoio à Formação e ao Emprego, paralelamente com Cursos de Informática e com as Oficinas Criativas.
As Oficinas, que abrangem uma pluralidade de temas, vão permitir experiências enriquecedoras nas áreas da Fotografia, da Trapologia, das Artes Florais, do Teatro, da Dança e da Língua Gestual, entre outras. A participação nestas oficinas está dependente de inscrição e no final cada jovem receberá o respectivo Certificado de Participação.
O Fórum da Gafanha da Nazaré funciona de segunda a sexta-feira, das 10 às 12.30 horas e das 12.30 às 18 horas.
Fernando Martins