de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 24 Fevereiro , 2009, 21:47
Nas Florinhas do Vouga (Foto do meu arquivo)

AS FLORINHAS DO VOUGA VIVEM A OUSADIA DA CARIDADE

"Setenta anos depois da sua fundação é outra a vida das crianças e das famílias e bem diferente a realidade humana e social de Aveiro. Mas continua a ser necessária esta Instituição. Como Instituição da Igreja, as Florinhas do Vouga vivem a ousadia da caridade evangélica, onde se espelha e afirma o amor de Deus pelo seu povo e como Instituição prestigiada e amada de Aveiro sentem-se ao serviço da cidade, da diocese e da região. Não pode ter limites nem demoras o serviço aos mais pobres. Os pobres não podem esperar. Que o digam os sem abrigo, que diariamente recebem a Ceia com calor! Não pode haver fronteiras no horizonte da missão que Florinhas do Vouga assumiu ao procurar fazer bem o bem, lá e sempre, onde for necessário. Que o digam tantas vidas sofridas, espelhadas no rosto das crianças da Creche, do Jardim de Infância e do A.T.L., na voz tantas vezes silenciada das famílias do Bairro de S. Tiago, dos carecidos de refeição ou de vestuário, no olhar ansioso de jovens e adultos em busca de um futuro digno e na procura preocupada de tantos outros que sabem que aqui encontram portas sempre abertas e gente de coração livre e disponível para iluminar caminhos de alegria e de esperança."
Do discurso do Bispo da Aveiro, no dia na inauguração

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 24 Fevereiro , 2009, 13:08

Quando vou até ao mar, e vou muitas vezes, deito sempre um olhar aos pescadores que ali esperam, pacientemente, que o peixe resolva olhar para a isca que o anzol segura para enganar o freguês. Os pescadores são mesmo o símbolo perfeito da calma, da serenidade, da paciência, do amante do silêncio e da solidão. Aprecio-os por isso tudo.

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 24 Fevereiro , 2009, 11:36

Carnaval 2009: "O mundo é um grande palco... onde todos nós somos actores!"


Nesta quadra de Carnaval, ocorre-lhe à memória esta frase lapidar do grande dramaturgo do teatro isabelino, William Shakespeare. Este retratou, de forma magistral, as emoções, as paixões, os conflitos que assaltam a alma humana, na sua peregrinação pela terra. E, numa quadra em que cada um põe à prova toda a sua imaginação, a sua criatividade o seu sentido crítico, impõe-se ainda com maior acutilância.
Todos e cada um de nós protagonizam o seu papel, no palco enorme que é a vida. Esta vai-se desenrolando em sucessivos actos, cenas, mais ou menos dramáticos, mais ou menos tragicómicos. Uns papéis são espontâneos, improvisos, outros mais ou menos ensaiados, conforme a perícia do actor e a acuidade dos espectadores! Às vezes, anda-se uma vida a ensaiar um passo, um sorriso, uma cena. E tão verdade é, que os nossos alunos, a cada passo, referem “a cena”, como algo que faz parte intrínseca das suas vivências. “Qual é a cena, meu?”- ouve-se com frequência na boca dos nossos adolescentes, da juventude hodierna!
Interpelada pelos seus alunos sobre a fantasia que iria vestir neste Carnaval, e fazendo uma retrospectiva da sua vida, responde a teacher, em tom melancólico: A minha fantasia? A minha fantasia preferida... ora, deixem-me pensar!
Depois de alguns momentos de evocação e mergulhada numa nostalgia, algo incómoda, respondeu a teacher: Eu... o que gostaria de “vestir” era a figura duma fada, numa veste resplandecente coberta de lantejoulas, empunhando uma varinha de condão! A sua função docente, impusera-lhe que fizesse bem a distinção entre a referida varinha de condão e a imagem recorrente para todas as donas de casa que é a famigerada varinha mágica. Com a evolução semântica da língua, não pode hoje falar nesses termos, pois faz evocar à memória de toda a gente, aquele utensílio existente em todas as cozinhas e que miraculosamente tritura a sopa deixando-a reduzida a puré!
-Imaginem agora, meninos, a teacher, vestida de fada, com uma varinha mágica na mão! Pronta a triturar o caldeirão de sopa onde se afogou o João Ratão por um enormíssimo golpe de azar!
Mas... que faria com a sua varinha de condão? Inquiriram os mais curiosos.
Começava a fazer “milagres”, aqui e agora, nesta sala de aula! Injectava em todas estas cabecinhas que me estão a ouvir, uma enorme, gigantesca vontade de... aprender... Inglês e não só! Aprender muita coisa, quase tudo aquilo que os vossos professores teimam em vos ensinar!
Depois... partiria para o vasto mundo... e contagiaria toda a gente duma “doença” a que se chama HARMONIA... UNIVERSAL!
Bastava-me apenas isso! Sim, porque... por arrastamento… todos os problemas mundiais teriam aí a sua solução! E... o que seria verdadeiramente assombroso... é que o mundo sofreria uma enorme metamorfose! Dum inferno vivo... passar-se-ia de imediato a um paraíso terrestre!

Mª Donzília Almeida
22.02.09

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 23 Fevereiro , 2009, 10:19


Um presidente da Junta de Freguesia
que merece o nosso reconhecimento

Manuel da Rocha Fernandes (acrescentava Júnior, para que não fosse confundido com seu pai, que tinha o mesmo nome), mais conhecido por Senhor Rocha ou Mestre Rocha, foi presidente da Junta de Freguesia entre 1942 e 1963.
Exerceu essas funções, tanto quanto sei, pelo gosto que tinha em servir a sua e nossa Gafanha da Nazaré. Faleceu em 1985, com 78 anos de idade.
Sendo certo que “Deus, que é Deus, não agrada a todos”, como reza o ditado, também terá os seus críticos. Contudo, a balança pende mais para o lado dos que recordam o quanto de importante fez na freguesia. Justa é, portanto, a rua que lhe dedicaram e que liga, perpendicularmente, as ruas Camilo Castelo Branco e Padre Américo.
Não se trata de uma rua com muito movimento, mas nem por isso deixa de assinalar a acção deste gafanhão em prol da nossa terra.
No seu livro “Hidro-Aviões nos céus de Aveiro”, Joaquim Duarte, que conheceu de perto e conviveu com o Senhor Rocha, recorda os tempos em que o nosso homenageado foi um conceituado Mestre nas oficinas da Escola Naval de S. Jacinto. Referiu que era um Mestre “estimado na Escola, quer pelo pessoal militar, quer pelo pessoal civil, a que pertencia e de quem veio a ser chefe durante vários anos”.
Noutra passagem do seu livro, sublinha os grandes melhoramentos que valorizaram bastante o viver das gentes de então, de que destacou “o Mercado, o Edifício dos Correios, Escolas e novas estradas”, mantendo “acesa disputa com presidentes da Câmara de Ílhavo, sempre na defesa da sua terra”.
Enquanto presidente da Junta, o Senhor Rocha defendeu estrategicamente a zona da igreja matriz, “centro geográfico da Gafanha da Nazaré”, como costumava frisar, para ali se instalar o mercado e os Correios, que muitos queriam ver na Cale da Vila, por na altura ser o lugar da freguesia com mais comércio e indústria.
Para as ruas, lutava sem tréguas para conseguir traçados rectilíneos. Era paciente e arguto negociador com os proprietários, demonstrando-lhes as vantagens de haver ruas com poucas curvas.
Recordamos que era bom orador e homem disponível para servir, também na comunidade religiosa. Foi durante muitos anos ensaiador do grupo coral, que dirigia, sobretudo, nas missas festivas. Chegou a ensaiar e a dirigir outros corais, ainda nas eucaristias das festas, nas Gafanhas da Encarnação e do Carmo. Lembramos bem que era acompanhado, muitas vezes, pelo Padre Redondo ao órgão. Ainda nos garantiram que o Senhor Rocha é o autor dos cânticos do Cortejo dos Reis, e não só, que os mais antigos recordam com saudade, como comprovámos, há dias, ouvindo melodias suas, entoadas pela Maria Lourenço, a sacristã da nossa paróquia.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 23 Fevereiro , 2009, 10:07


É sempre agradável apreciar a cidade e arredores, com olhos embarcados no moliceiro ou aparentado, cirandando pelos Canais da Ria. As viagens sucedem-se e a experiência sai sempre enriquecida.

Editado por Fernando Martins | Domingo, 22 Fevereiro , 2009, 23:05


É sempre agradável apreciar o nosso Farol. Mas para saber mais, clique aqui. Vale a pena.

Editado por Fernando Martins | Domingo, 22 Fevereiro , 2009, 15:39

Quem há por aí que não goste de Bolacha Americana? Eu confesso que gosto muito, mas não a posso comer. Mas de quando em vez, lá vai uma... O vendedor da Bolacha Americana, que tanto se via nas praias, no Verão, agora aparece, com alguma frequência, em busca de outros mercados. E faz bem, porque há sempre quem aprecie ficar com a boca doce. Hoje, na Feira das Velharias, eu pude testemunhar isso mesmo. Só não comprei porque...

Editado por Fernando Martins | Domingo, 22 Fevereiro , 2009, 12:54

Há sempre algo para matar saudades


Sei que há quem não goste de antiguidades e de velharias. As peças consideradas antiguidades tem um peso muito grande na memória dos mais idosos. Móveis antigos, por exemplo, são quase garantia de perenidade. Para o meu gosto, ficam sempre bem numa casa qualquer. Há quem prefira o mais moderno e o minimalista, em particular. Mas, como disse o escritor Mário Cláudio, qualquer mossa numa peça moderna inutiliza-a, qualquer mossa numa peça antiga deixa-a na mesma.
De qualquer forma, há gostos e apetites para todos, desde o mais moderno ao mais antigo.



No caso das velharias, onde nem sempre o bom gosto impera, podemos encontrar de tudo, não tanto com arte, mas com utilidade decorativa, e não só.
Hoje fui à Feira de Velharias que se realiza em Aveiro, no quarto domingo de cada mês. Como me sinto bem em Aveiro, também me senti lindamente na Feira, que se estendo dos Arcos e Praça Melo Freitas até à igreja da Vera Cruz e depois para a Praça do Peixe.
Havia de tudo, ao jeito da Feira da Ladra, onde nunca fui, mas de que tenho ouvido falar. Desde louça antiga e outra a fingir de antiga, até livros velhos e novos à mistura. Desde LPs de vinil, até grafonolas de manivela. Desde rádios a cair de podres, até mesas a fingir de antigas. Desde relógios de bolso, até canetas de tinta permanente que não servem para nada, nem para decorar o que quer que seja.
Eu virei-me para os LPs e lá comprei três, de jazz, de mais de 20 anos. Estou a ouvi-los e acho que valeu a pena.

FM

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Editado por Fernando Martins | Domingo, 22 Fevereiro , 2009, 12:21
BACALHAU EM DATAS – 9


A CAPITANIA DA TERRA NOVA DO BACALHAU


Caríssimo/a:

1520 - «Para o período de 1520 a 1525 continuam a existir dados referentes a uma colónia de pescadores de Viana instalada na costa da Terra Nova. A existência destas colónias permite pensar que a forma de pesca então praticada seria a chamada pesca sedentária.» [HPB, 21]

1550 - «Segundo a Corografia Portuguesa [...] o número de naus destinadas à pesca da Terra Nova em 1550 seria de 150.» [HPB, 21]
«Em 1550, segundo António de Oliveira Freire (1739), os moradores de Aveiro “empregavam mais de 150 embarcações no comércio, que então estava levado ao maior auge, principalmente o do bacalhau”.
Também o bispo de Coimbra, D. João Soares, afirma que, especialmente a parte extra-muros, chamada Vila Nova (actual freguesia da Vera Cruz, onde se concentravam os pescadores e mareantes), havia beneficiado imenso com a pescaria do bacalhau, actividade responsável pelo envio de cerca de 50 embarcações à Terra Nova.»[Oc45, 77]

1567 -«...[O]ra em 1506, o mesmo rei [D. Manuel I] reivindicou para si o dízimo da pesca da terra Nova, nos portos de Aveiro e Viana do Castelo, mostrando como ela era importante para a sua fazenda e, nessa mesma altura, a pedido do próprio e dadas as circunstâncias, acabaria por conceder ao mesmo Vasqueanes os benefícios que já tinha dado a seus irmãos desaparecidos [Gaspar e Miguel Corte Real]. Esse benefício foi renovado por D. João III em Setembro de 1522, passadas para seu filho em 1538, confirmadas por D. Sebastião em 1576 e reconfirmadas em 1577. Entretanto, no ano de 1567 foi lá enviada uma expedição que avaliou das condições da terra e que determinou a criação de uma capitania própria (Capitania da Terra Nova), que viria a ser entregue ao herdeiro dos Corte Reais em 12 de Julho de 1574.» [Oc45, 19]
«De Viana partiu nessas datas [1520/1530] um grupo de colonizadores com destino à Terra Nova do Bacalhau, com a intenção de reforçar a colónia [vd. 1506], que, financiada por comerciantes de Aveiro e da ilha Terceira, controlava uma grande parte do litoral. A esta segunda vaga portuguesa seguiu-se uma terceira em 1567, composta de duas naus e de uma caravela com mantimentos e gente, sobre os quais as fontes, infelizmente, não são esclarecedoras. A colónia mantinha-se em 1574, como demonstra a nomeação de Manuel Corte Real para a Capitania da Terra Nova, e novamente em 1579 de Vasqueanes Corte Real.» [Oc45, 28-29]

Esta última transcrição remete-nos para assunto deveras curioso e que dará para estudo paciente e, quiçá, bastante promissor e profícuo: a Capitania da Terra Nova.
Que apareça um «Corte-Real» que faça valer os seus direitos!

Manuel

Editado por Fernando Martins | Sábado, 21 Fevereiro , 2009, 17:56

O Papa Bento XVI anunciou hoje a canonização este ano de dez beatos, entre os quais o carmelita português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, segundo um comunicado do Vaticano.
Nuno Álvares Pereira integra, ao lado de quatro italianos, o primeiro grupo, que será canonizado no próximo dia 26 de Abril. Os quatro italianos são o padre Arcangelo Tadini (1846-1912), fundador da Congregação das irmãs operárias de Sagrada Família, a religiosa Caterina Volpicelli (1839-1894), fundadora da Congregação das Ancelles do Sagrado-Coração, o teólogo Bernardo Tolomei (1272-1348), fundador da Congregação do Mont-Olivet, e Gertrude Caterina Comensoli (1847-1903), fundadora das Irmãs Sacramentinas.
Ler mais aqui

Editado por Fernando Martins | Sábado, 21 Fevereiro , 2009, 14:14
Ministro das Obras Públicas, primeiro-ministro,
presidente da APA e secretária de Estado dos Transportes


Nos últimos 50 anos, nunca se investiu tanto no Porto de Aveiro

A Plataforma Logística Portuária de Cacia foi ontem inaugurada, em cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro, e que contou com a presença do Ministro dos Transportes, Obras Públicas e Comunicações, e da Secretária de Estado dos Transportes, entre outras individualidades.
José Sócrates sublinhou a “importância que este investimento do Porto de Aveiro tem, desde logo para a economia regional”: “A valorização do Porto de Aveiro é absolutamente decisiva para que a região possa ganhar mais atractividade económica e maior competitividade” – afirmou o líder do governo, acrescentando:
“Quero sublinhar também a importância que este investimento tem para o conjunto da economia nacional. Esta obra não é apenas uma obra regional” – disse.
“Nos últimos 50 anos nunca tivemos um período em que o Estado tivesse investido tanto no Porto de Aveiro. Estamos a recuperar o tempo perdido, porque não fazia o mínimo sentido não estar, o Porto de Aveiro, dotado de uma ligação ferroviária. A isto chama-se investir na performance logística do País e na melhoria da competitividade de um porto que é absolutamente essencial para o conjunto da economia nacional” – continuou José Sócrates, considerando significarem, “estes últimos três anos e meio, um período de ouro para o Porto de Aveiro”.
Fonte: Newsletter do Porto de Aveiro

Editado por Fernando Martins | Sábado, 21 Fevereiro , 2009, 12:44

Há relativamente pouco tempo, coloquei esta pergunta a um grupo de crentes: "Se Deus lhe aparecesse, dizendo 'aqui estou, sou eu o Deus', como o reconheceria?"
As respostas, no meio de imensa perplexidade, foram muito interessantes. Que Deus não pode aparecer directamente. Que ninguém, como diz a Bíblia, pode ver Deus. Que Deus é inobjectivável. Que se manifesta indirectamente: nas pessoas, nos acontecimentos, no esplendor da beleza - aqui, recordei a exclamação de uma sobrinha minha com 11 anos, nos Alpes, numa tarde irradiante de Sol sobre a neve e as montanhas todas à volta: "Parece Deus!" Que, para os cristãos, Jesus é a revelação de Deus. Que a experiência de Deus se dá nas experiências-cume de plenitude. Que lhe pediriam um milagre claro, que se visse e o credenciasse. Ele devia manifestar o seu poder.
Quando se fala de Deus, a questão nuclear é saber de que Deus é que se fala. Que se quer dizer quando se diz Deus?
O mais comum é associar Deus ao poder. Deus deve ser, antes de mais, a omnipotência. Deus deve ser infinitamente bom e poderoso, mas sobretudo poderoso. No entanto, a mística Simone Weil, cujo centenário do nascimento se celebra este ano, preveniu: "A Verdade essencial é que Deus é o Bem. Ele só é a omnipotência por acréscimo." Por isso, "é falsa toda a concepção de Deus incompatível com um movimento de caridade pura". Afinal, a revelação de Cristo é essa: Deus é puro amor. O escândalo: "Eu não vim para ser servido, mas para servir."
Não se nega a omnipotência divina. O Poder de Deus, porém, não é Dominação e Espectáculo, mas Força infinita criadora. O Deus de Jesus é o Deus- amor, o Deus-origem-infinita-pessoal-criadora.
A modernidade, pela secularização, quis herdar a omnipotência divina, postergando a bondade. A crise que está aí hoje visível no universo económico-financeiro é mais funda, pois é uma crise de civilização, cuja raiz é esta herança religiosa.
Neste contexto, referindo-se à Igreja, o teólogo X. Pikaza recria de modo alegórico o passo evangélico da cura da sogra de Pedro. Na alegoria, a sogra de Pedro é a Cúria Romana. Jesus chega e cura-a. E depois, alegoricamente?
A Cúria (sogra), que significa casa, corte do Kyrios ou Senhor, estava doente. A casa de Pedro é o Vaticano, um Estado, e quem manda é a Cúria, como ainda recentemente se mostrou no caso dos lefebreveanos. Não protege o Papa, mas impõe-se a ele. Ela "sofre de inércia, de poder".
Jesus cura a Cúria para que, como a sogra de Pedro, se ponha a servir os outros. Que consequências teria a cura da Cúria Romana, que funciona há dez séculos enquanto os Pedros (Papas) vão mudando?
Como Jesus, que, segundo o Evangelho, cura as pessoas diante da casa de Pedro, a Cúria curada veria gente que viria para curar-se. Sobretudo gente mais pobre e perdida (os "endemoninhados", os doentes). Agora também lá vão muitos, mas "vão curar-se ou em busca de prebendas?"
Ainda segundo o Evangelho, Jesus saiu de noite, para rezar e ir ao encontro das pessoas também noutros lugares. Na alegoria, Jesus parte porque não quer ficar fechado na casa de Pedro. Jesus não tem "Cúria". Também Pedro e os funcionários da Cúria têm de sair da sua casa, da Cúria, para ir à procura de Jesus, conhecer o mundo e cuidar dele.
A Igreja está em crise e precisa de conversão. Neste sentido, há 15 dias, a propósito da "falta de vocações", o director do DN, num texto subordinado ao título "Os erros da Igreja", exemplificados nos escândalos dos padres pedófilos, a intransigência quanto aos métodos de planeamento familiar, "declarações absolutamente estúpidas" como as do bispo Williamson a negar o Holocausto, alguns investimentos dúbios no plano dos negócios, escrevia que o resultado é que "a religião vai desconfiando dos seus missionários e o ambiente não aconselha a 'vocação'".
E João Marcelino concluía: "Um dia pagaremos bem caro a crescente desagregação desse factor de união ocidental, bem patente sobretudo na Igreja Católica mas que também afecta todo os ramos do cristianismo."

Anselmo Borges, in DN
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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Fevereiro , 2009, 17:39

Análises confirmam elevada qualidade da nossa água

A Câmara Municipal de Ílhavo, à semelhança dos anos anteriores, voltou a receber Parecer Positivo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR), relativamente ao Programa de Controlo de Qualidade da Água do Município.
A lei obriga a que sejam efectuadas análises em número representativo e que cubram toda a rede de abastecimento, de acordo com uma listagem de parâmetros, a fim de se apurar se água tem qualidade para ser consumida pelos munícipes.
Com base nos resultados obtidos com as análises já efectuadas, foi confirmada a elevada qualidade da água distribuída pelos serviços municipais, para cada uma das suas zonas de abastecimento.
Para mais informações consultar site da Câmara Municipal (www.cm-ilhavo.pt), área do Ambiente, no subitem do Abastecimento de Água.
Fonte: Newsletter da CMI

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Fevereiro , 2009, 11:29

ESPAÇO COM VIDA PARA TODOS OS JOVENS


Fórum da Juventude da Gafanha da Nazaré tem porta aberta no Centro Cultural. Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Ílhavo, que aposta em oferecer aos jovens, entre os 12 e os 19 anos, um ambiente acolhedor, denominado “A tua nova casa”, como nos referiu Paulo Costa, vereador da autarquia ilhavense, para este sector.
O vereador do Pelouro da Juventude frisou que tem havido a preocupação de colaborar “o máximo possível com as escolas”, e que o Fórum tem cerca de 1700 inscritos nas mais diversas áreas criadas para os seus utentes. Ainda referiu a importância dos cursos e concursos, enquanto lembrou que é sempre valorizado o princípio de que os jovens podem avançar com ideias e projectos de sua iniciativa.
Quem entra neste espaço percebe facilmente que ali há vida. Paredes decoradas, uma exposição de pintura de uma jovem artista gafanhoa, computadores, revistas, gente que chega e que sai, com rostos que denunciam interesse.


Cartazes variados anunciando eventos e sinais claros da sensibilização para o ambiente e para a reciclagem, tudo nos diz que rapazes e raparigas ali podem encontrar propostas importantes para a sua formação.

Paulo Costa adiantou-nos que o Fórum vive o dia-a-dia numa perspectiva de “estimular os jovens para que descubram e desenvolvam as suas capacidades”. E a propósito, sublinha que os artistas mais novos podem apresentar naquele espaço “a sua primeira exposição”, momento único na vida de qualquer pessoa.




Mas não se julgue que o Fórum da Juventude se limita a proporcionar um ambiente capaz de levar os seus utentes a descobrirem as suas capacidades. Ali funciona também o Serviço de Apoio à Formação e ao Emprego, paralelamente com Cursos de Informática e com as Oficinas Criativas.


As Oficinas, que abrangem uma pluralidade de temas, vão permitir experiências enriquecedoras nas áreas da Fotografia, da Trapologia, das Artes Florais, do Teatro, da Dança e da Língua Gestual, entre outras. A participação nestas oficinas está dependente de inscrição e no final cada jovem receberá o respectivo Certificado de Participação.
O Fórum da Gafanha da Nazaré funciona de segunda a sexta-feira, das 10 às 12.30 horas e das 12.30 às 18 horas.

Fernando Martins


Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Fevereiro , 2009, 11:17

O regresso da pesca, na manhã de ontem, mostra a serenidade do pescador. De pé, sem ondas que o incomodem, o pescador olha quem o aprecia, à entrada da barra de Aveiro. Paredões e pedregulhos completam o enquadramento, com o azul da água salgada e o pequeno barco que volta da faina a sobressaírem. Agora vai ser a venda do peixe e o descanso, ao fim de uma noite de trabalho árduo.
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