Fórum de debate vai juntar profissionais
Um encontro plural e elucidativo da vontade que os jornalistas que trabalham o fenómeno religioso têm de se juntar e reflectir sobre esta área da informação. Foi desta forma de os organizadores avaliam a realização do encontro «Entre a vertigem e o silêncio – porque (não) há espaço nos media para o religioso», que juntou na Universidade Lusófona, jornalistas, investigadores e “pessoas sensíveis à questão mediática”.
O final do encontro apontou a necessidade de os jornalistas se comunicarem num espaço comum e trocarem ideias e reflexões.
António Marujo, jornalista do jornal «Público» e um dos organizadores do encontro, explica à Agência ECCLESIA que o objectivo cimeiro era “levantar a possibilidade de, a partir daqui, se fazer algo mais”.
Objectivo conseguido e a desenvolver através da participação num blogue, “uma plataforma virtual” e da organização de acções esporádicas “sem a complicação de uma associação que obriga a formalidades que, de facto, não queremos”.
Manuel Villas-Boas, jornalista da TSF, avança que o blogue será um ponto de encontro “para nos conhecermos nas nossas diferentes ideias, para motivarmos outros e para nos irmos corrigindo mutuamente porque há dias de menor felicidade nas nossas intervenções”.
O jornalista radiofónico afirma que “todos os jornalistas que têm áreas definidas precisam de se entender no seu campo”. No caso do fenómeno religioso adianta que “não precisam de ser crentes, não precisamos da fé única mas das diferenças. Importa que sejam honestos intelectualmente para todos nos entendermos nas diferenças e na expressão de outras sensibilidades, quer religiosas ou culturais”.
A ignorância no tratamento do fenómeno religioso, nas redacções, entre jornalistas, mas também entre as instituições foi uma das questões em análise.