de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 10 Fevereiro , 2009, 21:27

"O Instituto da Água vai repor, "o mais rapidamente possível", areia na praia da Barra para evitar que o mar continue a avançar de forma a colocar em risco os bares de praia, revelou o director de obras do INAG, João Costa.
O quadro vivido nos últimos dias na praia de Ílhavo é "anormal", diz João Costa, que se baseia nas informações de quem conhece a zona, para a considerar "único nos últimos 30 anos". Na origem da situação, revela, "está o temporal que nas últimas quatro semanas, de forma persistente, tem fustigado a zona, com ondas que vão dos 3,5 a 16 metros". Esta agitação marítima, diz João Costa, "tem sobrelevado o nível médio das águas junto às praias, com as fortes correntes de retorno a retirarem a areia da praia"."

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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 10 Fevereiro , 2009, 18:07
Não percebo grande coisa de Futebol, mas sempre vou entendendo alguma coisa. Por exemplo, que os treinadores, sobretudo quando as suas equipas não ganham, são normalmente os maus da fita. E também sei que, como disse alguém há muito tempo, cá no nosso País, um treinador pode passar de "Bestial a Besta", de um dia para o outro. Um herói entre nós, conseguiu pôr Portugal de bandeira nacional a desfraldar ao vento, pespegada em todos os cantos, até apodrecer queimada pelo sol e esfarrapada pelos ventos. Foi para Inglaterra para ganhar muito dinheiro, e conseguiu. Despedido sem honra nem glória, receberá 17 milhões de euros, diz a comunicação social. Em tempo de crise, não será nada mau. Execelentes férias vai ter Scolari. Mesmo que, como treinador, tenha sofrido uma grande derrota moral. O Futebol é assim.
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 10 Fevereiro , 2009, 17:28

Teria razão Kierkegaard quando defendia que o cristianismo olha para a história tomando o ponto de vista da alegria? Aparentemente não. O poeta Baudelaire lembra que, nos relatos dos Evangelhos, nem por um momento, Jesus sorri (expressando, no entanto, outro tipo de paixões), recuperando uma citação de São João Crisóstomo: «Ele chorou algumas vezes, mas nunca se riu». Este aforisma ganhará em Nietzsche contornos de suspeição generalizada sobre o cristianismo moderno: o cristianismo surgiria mais credível se os cristãos parecessem satisfeitos. Encontra-se, de facto, a ideia culturalmente difusa de uma ausência de alegria nos textos sagrados, na teologia e no viver cristãos, que vincariam sobretudo o peso da exigência moral e o fantasma das culpabilidades. Sem dúvida, tal deriva de uma leitura insuficiente da proposta cristã, que é, desde o princípio, o anúncio de «uma grande alegria» (Lc 2,10). O escritor G.K. Chesterton, conhecido também pelo seu bom-humor, desmente os que dizem que o paganismo é uma religião de alegria e o Cristianismo uma religião de tristeza: «O comum dos homens viu-se forçado a ser alegre no que dizia respeito às pequenas coisas, mas triste no que se refere às grandes. No entanto não é próprio da condição humana ser assim. O homem é mais ele próprio, o homem é mais semelhante ao homem, quando a alegria é a coisa principal que se encontra nele, e a tristeza é uma coisa acidental. A melancolia devia ser um inocente entreacto, uma terna e fugitiva moldura do espírito, ao passo que a alegria deve ser a constante pulsação da sua alma… A alegria é o gigantesco segredo do cristão».
A alegria não é um produto de consumo rápido, nem é uma questão cuja procura se possa substituir ou calar no coração Humano, deixando-a apenas à estratégia comercial das indústrias do entretenimento. «Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo e disse: “Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos”» (Lc 10,21). Um dos dramas da hora presente é ser tão estreito o cânone da felicidade.

José Tolentino Mendonça

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