de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 21 Janeiro , 2009, 12:38

A Escola, afinal, está melhor do que eu pensava


Por amável convite do professor Vítor Bártolo, da Escola da Cambeia, na Gafanha da Nazaré, ontem voltei à escola. Não foi a primeira vez desde que me aposentei, mas não posso deixar de referir esta visita no contexto da blogosfera. Pelo prazer que me deu.
O professor Vítor solicitou-me, há dias, que fosse falar aos seus alunos do 3.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico, ao jeito do avô que conta histórias da sua infância. Os alunos, na área do conhecimento do meio, andavam a estudar motivos históricos referentes à terra, e era importante ouvirem um “avô”.
Ao contrário do que se diz sobre a Escola, por muitos de nós acusada de ter caído num caos, de que urge levantar-se, para bem de todos, encontrei na turma que me recebeu uma realidade completamente diferente. Sala aquecida e bem iluminada, crianças cuidadas no vestir e no estar na sala, com capacidade para ouvir e dialogar, interessadas no tema, curiosas no gostar de saber.
Entrei numa sala onde tudo estava em ordem, com meninas e meninos risonhos e delicados, na forma como receberam o “avô”. Ponto importante, este, para eu logo começar a estabelecer a comparação entre esta escola (bonita, airosa, arejada, limpa, decorada e com meios técnicos para o trabalho) e a que eu frequentei (pobre, casa velha, fria, com vento e chuva a entrar por todos os cantos, com alunos sentados no chão, muitos descalços, com lousas em vez de cadernos).
Falei da pobreza de há mais de 60 anos, dos professores com as quatro classes, dos exames. E contei histórias, porventura algumas descabidas, cada uma a partir das perguntas com que as crianças me desafiavam a memória.
Uma hora de conversa, de diálogo quase permanente. E quando terminei, quando o professor Vítor aconselhou os alunos a saírem da sala para desentorpecerem os membros e arejarem o espírito, os alunos cercaram-me para me falarem dos trabalhos que já tinham feito sobre a Gafanha da Nazaré, a partir de alguns textos do meu blogue e de outras fontes. Vi que estudaram o Farol, o Forte, o Cruzeiro, o Cortejo dos Reis, entre os mais diversos assuntos. E cada um quis sublinhar o que tinha desenhado e pintado na capa para arquivo dos trabalhos feitos.
Confesso que falei ao “sabor da maré”, sem me preocupar com as exigências psicopedagógicas, algumas das quais já se me varreram da memória há muito. Falei como costumo falar aos meus netos.
Por gentileza e amizade, o professor Vítor agradeceu-me a visita. Eu é que lhe estou grato.

Fernando Martins
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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 21 Janeiro , 2009, 12:04


“Dividir para Reinar”


A Câmara Municipal de Ílhavo, em parceria com a empresa SUMA (entidade responsável pela recolha indiferenciada dos Resíduos Sólidos Urbanos do Município), promove, até 26 de Janeiro, a campanha “Dividir para Reinar”, junto dos Jardins de Infância e Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Município.
Esta iniciativa tem como principal objectivo dinamizar, junto dos mais novos, a prática de acções relacionadas com a correcta triagem, acondicionamento e deposição de resíduos, melhorando o desempenho ambiental de cada uma das Escolas, assumindo ainda o particular formato de uma história de encantar, com «Reis, Magos e Sereias, e um menino chamado Bartolomeu, que quer muito ser um Eco-mosqueteiro defensor do Ambiente», sonho ou desejo desde logo partilhado pelas Crianças deste Município.
Esta iniciativa pretende ainda reforçar temáticas desenvolvidas em anteriores campanhas de Sensibilização Ambiental, conferindo-lhes o novo formato de estória de encantar, em suporte Livro e CD Áudio, destinados a apoiar a dinamização desta temática em situação formal de aprendizagem e em contexto de sala de aula.

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 21 Janeiro , 2009, 11:40


Neste artigo, o Padre Georgino Rocha «mergulha» no II Concílio do Vaticano e apresenta alguns pontos pertinentes sobre o «maior evento eclesial do século XX». Pode ler todo o texto aqui


"2. Situada no tempo e sentindo o seu impacto, a Igreja aprofunda a consciência do seu ser mistério de comunhão em ordem a configurar de forma mais adequada o seu ser sacramento de salvação. A fidelidade a Jesus Cristo impele-a a estar atenta à cultura, aos contextos, às linguagens e a procurar inserir-se para melhor servir.
Sendo una e única, realiza-se numa pluralidade de comunidades dispersas, mas em comunhão orgânica e dinâmica; sendo santa e apostólica, traz consigo a marca das limitações e deficiências humanas acumuladas ao longo da história; sendo católica está aberta ao universal e condensa num local os meios indispensáveis à salvação.
Esta auto-compreensão eclesial manifestou-se de forma significativa em iniciativas emblemáticas como os Sínodos e a criação de órgãos reconhecidos de participação: assembleias e conselhos, designadamente. Mas expressa-se igualmente em gestos e atitudes eloquentes, embora discretas, como a solidariedade espiritual, a partilha de bens, o apostolado de vizinhança, o voluntariado social e missionário.
A consciência assumida desta realidade contrasta radicalmente com a lentidão de processos de renovação global, com a raridade de projectos comunitários, com a debilidade da rede de comunicações no interior das comunidades e destas com a sociedade envolvente e distante."

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 21 Janeiro , 2009, 11:26

OBSESSÃO...


D’ tua imagem se nutre minha mente,
Numa etérea voluptuosidade;
E me preenche minha ociosidade,
Num estado de euforia permanente!

É um quadro de perfeita harmonia
Que une corpo e espírito num anelo!
Seguindo do meu coração, o apelo,
Me evado p’ró mundo da fantasia!

Aí fico, longo tempo desfrutando
Nas asas deste sonho esvoaçando,
Vagamente soltando os pés da terra.

Mas a dura realidade não perdoa,
Em meu franzino ser a voz ecoa
E com a fantasia entra em guerra!
Mª Donzília Almeida
Dezembro/08
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