de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 22 Dezembro , 2008, 15:56

14 de Dezembro

A rádio anuncia as ceias de consoada para os sem-abrigo, como sinal da generosidade do povo. Não falta quem ofereça tudo e mais alguma coisa. Haverá bacalhau com batatas e couves, tudo bem azeitado, bolo-rei e rabanadas, vinho e outras guloseimas. E até lembranças embrulhadas em coloridos papéis. Nisto todos podem colaborar. Fica bem e sabe melhor a quem nada tem. Concordo. Ao menos, uma vez por ano, por esta altura, todos teremos oportunidade de dizer quanto e como estamos ao lado dos pobres dos pobres. Depois, quando passar a quadra que ainda envolve o ano novo, toda ela capaz de nos sensibilizar para o bem-fazer, voltaremos a não ter qualquer ocasião de olhar para o lado. As tarefas do quotidiano, profissionais, culturais, sociais, religiosas e familiares, não nos deixam tempo livre. Mas no próximo Natal, aí si, vamos ter que agendar um espaço para dedicar aos outros. Para nos darmos aos outros, como enfaticamente costumamos sublinhar. Importa, na minha perspectiva, prolongar o Natal por todos os dias do ano, sem sinais de lugar-comum.
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 22 Dezembro , 2008, 14:17

O sol brilhante e acariciador convidou-me esta manhã para um passeio pela nossa Av. José Estêvão. Meia dúzia de passos andados, dei de chofre com a notícia do falecimento do Dr. Maximiano Ribau, com a provecta idade de 96 anos.
Licenciado em medicina pela Universidade do Porto, em 1940, desde essa data começou a exercer clínica na sua terra Natal, Gafanha da Nazaré.
O Dr. Ribau foi médico, de inúmeras famílias e pessoas desta sua terra, durante décadas. E em épocas de parcos haveres, para muitos, sempre atendeu os pacientes, sem preocupações de receber os honorários que lhe eram devidos. Tratava-os, ao domicílio ou no consultório, e depois se via…
Foi meu médico durante muito tempo, sobretudo durante uma grave doença pulmonar que me afectou, fatal para muitos nessa altura. Recordo bem a forma persistente com que me assistia, como me levava a especialistas para não haver dúvidas sobre o tratamento a seguir, como ralhava comigo quando não tomava alguns remédios intragáveis. E ainda recordo a sua alegria (e a minha) quando me deu por curado. Mas acrescentou, então sem perigo de me provocar qualquer angústia, que escapei por milagre. Sempre lhe fiquei grato por isso.
O Dr. Ribau ainda se envolveu nos assuntos da terra, chegando a criar a Cooperativa Humanitária, fruto de um sonho seu, que nunca chegou a atingir os objectivos que se propunha, por várias razões.
O Dr. Ribau, que hoje nos deixou, perdurará na memória de muitos gafanhões como médico competente, interessado pelos seus doentes e amigo da sua terra e das suas gentes.
O seu funeral será amanhã, pelas 15.30 horas, com missa de corpo presente, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré.
Paz à sua alma.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 22 Dezembro , 2008, 13:00

Estátua Comemorativa na Via da Ria

Encontra-se em adiantada fase de execução a Estátua Comemorativa dos 110 Anos do Município de Ílhavo, obra que ficará a perpetuar esta data que a Câmara Municipal comemorou durante todo ano.
O local escolhido para a implantação desta obra foi a rotunda da Via da Ria (junto à Friopesca), por se tratar de um ponto de encontro entra as duas Cidades do Município, Ílhavo e Gafanha da Nazaré, ficando também próxima da maior Cidade da Região, Aveiro
A Estátua, da autoria do artista Ilhavense António Neves, será inaugurada no próximo dia 18 de Janeiro.

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 22 Dezembro , 2008, 12:51

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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 22 Dezembro , 2008, 12:41


NATAL DE 2008: Figuras do meu presépio


Três dias depois, encontraram-n'O no Templo,
sentado entre os doutores, a ouvi-los
e a fazer-lhes perguntas.
Todos quantos O ouviam, estavam estupefactos
com a sua inteligência e as suas respostas
.
Lc 2, 46-47
Este Natal, se mo permitis, gostaria que o Presépio fosse armado naquele cantinho da sala de aula, ali mesmo onde está a caixa métrica. Além de meus netos terei a ajuda e a colaboração dos alunos que, nestas ocasiões, estão sempre prontos. E ainda bem.

1. Inesperadamente surgiu-nos uma dificuldade: desta vez há muitas figuras novas e que teimo em colocar, carinhosa e comodamente, na nossa armação. É difícil e exige uma boa coordenação dos espaços; contudo, para alguma coisa conto com a ajuda da rapaziada...
Comecemos então por estas dos mais novos, os alunos que já partiram para o Pai. Um grupinho: da Escola da Marinha Velha só sabemos de um mas, de Vilar, são quase meia dúzia e, do Porto, apenas tive conhecimento de um... Confiadamente, podemos sentá-los em carteiras e pedir ao Menino que venha para junto deles e combinar as brincadeiras para o recreio...

2. Certamente que os meus companheiros e em especial os da Quarta Classe não me dirão que não e vamos encontrar para eles alguns lugares vagos nas carteiras. Ali fica bem o Amilcar Madaíl que connosco brincou e muito nos aturou, na Escola do ti Conde...

3. A seguir, os meus Professores: a Zulmira, o Salviano e todos os outros que me puxaram para a sua beira e me indicaram caminhos a percorrer... Que dizeis: S. José aceitará uma secretária daquelas que havia nas nossas Escolas? Mas que dúvida, até dá para sorrir... Assim eles ali ficarão, como que um júri que só distribuirá distinções!

4. Já ouço um burburinho: o Professor Ramos tem receio de ser esquecido.
Como é possível?! Não, meu amigo, o seu lugar é junto dos Professores/as da Gafanha: Maria da Luz, Filipe, Carlos, Oliveira, Ribau...
Agora tudo está calmo e podemos continuar...

5. ... e prosseguir pelos/as que aqui leccionaram, embora de cá não sendo naturais. E quem poderá não chamar para junto dos que acima estão a Sílvia e a Odete, aquela da Cambeia e esta da Chave? E quantos e quantas por aqui passaram!... Para todos e todas prepararemos um cantinho onde continuem a sentir-se bem!
BOAS FESTAS!

Manuel
NOTA: Estava a tarefa concluída e cada figura no seu lugar, quando toca o telefone...Assim, com o coração aberto, as mãos a tremer e os lábios a balbuciar "Dai-lhe, Senhor, o eterno descanso...", sentei na carteira dos colegas da Quarta Classe, o Manuel Roque! Paz à sua alma!

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