de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 16 Novembro , 2008, 21:07

Termina hoje a Semana dos Seminários. Tanto quanto é possível imaginar, todas as dioceses do nosso país se empenharam nela, procurando chamar a atenção dos fiéis para a importância dos seminários na vida da Igreja, concretamente nas paróquias, base da vida eclesial. Dos Seminários saem, por norma, os padres que são, nas comunidades e nos demais sectores da Igreja Católica, os braços direitos dos Bispos.
Nos Seminários, para além dos candidatos ao sacerdócio ministerial, há outros serviços de apoio à vida diocesana. Em Aveiro, por exemplo, no edifício do Seminário de Santa Joana Princesa, funciona o ISCRA (Instituto Superior de Ciências Religiosos).
Quando se fala destas casas de formação, logo nos lembramos dos alunos, professores e responsáveis pela espiritualidade dos seminaristas. Mas nem sempre recordamos outros servidores, encarregados de diversas tarefas.
Hoje, enquanto esperava pela missa das 18.30 horas, que na igreja do Seminário se celebra para os universitários e outros fiéis, conversei um pouco com a Irmã Emília, que todos os domingos abre a porta do templo e tudo prepara para a eucaristia.
A Irmã Emília pertence às Religiosas do Amor de Deus e veio para o Seminário de Aveiro em 1974. De sorriso franco, foi-me falando um pouco da sua vida. Esteve em África, onde serviu desde muito nova.
Natural de Guimarães, um dia desejou professar e a partir dos votos de consagração aceita estar onde é preciso. É uma daquelas pessoas que estão na base da vida do Seminário de Aveiro. Trabalha na cozinha, dando o melhor de si, mas sabe que tem outras tarefas no dia-a-dia. Por exemplo, os vasos com plantas, que decoram os claustros e salas do Seminário, estão ao seu cuidado.
Quando a questionei sobre o dia de folga semanal, adiantou que nem pensa nisso. Está ali para trabalhar, seguindo o princípio da obediência. Férias? Só quando vai para as termas, no Gerês, porque sofre da vesícula. "Às vezes abusamos um bocadinho!" - disse-me ela. Para além disso, participa em encontros de formação do instituto a que pertence. Mas aqui, refere que também tem de trabalhar um pouco, embora com a cabeça.
Na Irmã Emília, com todo o seu sorriso e testemunho, apetece-me homenagear vários servidores do Seminário de Aveiro, com o meu carinho e reconhecimento pelo muito que fazem, na sombra de tudo o que é tido como de fundamental importância para a Igreja Diocesana.

FM

Editado por Fernando Martins | Domingo, 16 Novembro , 2008, 14:58
O “Correio do Vouga”, órgão oficial da Diocese de Aveiro, celebra hoje o seu aniversário. Nasceu em 16 de Novembro de 1930, tendo como director o Dr. António Almeida e Silva Cristo, como editor o Padre Alírio Gomes de Melo e como administrador o Padre António Fernandes Duarte Silva.
Em 1938, quando a diocese foi restaurada, passou para a responsabilidade da Igreja de Aveiro, mantendo-se, presentemente, como arauto dos valores cristãos. É, pelo que sei, o mais antigo jornal com publicação permanente na cidade dos canais, apostando, como desde a primeira hora, na defesa do bem e do justo, bases de uma sociedade mais fraterna.
Tive o privilégio de dirigir o “Correio do Vouga” durante 12 anos, pelo que mais me ficou no coração. Vivi o dia-a-dia da redacção com o entusiasmo de quem acredita na possibilidade e na vantagem de apostar num jornal aberto ao que a vida tem de positivo. Ainda experimentei – com que entusiasmo! – os novos desafios sugeridos pelas novas tecnologias da comunicação, sem esmorecimentos nem cedências.
Agora, que o jornal diocesano prossegue na caminhada de renovação permanente, não posso deixar de agradecer a quantos, durante 12 anos, me acompanharam, me ajudaram e me incentivaram a alimentar a esperança de contribuir para um semanário atento ao mundo, que sonhasse para além dos adros das igrejas. Aos seus actuais responsáveis e meus bons amigos, formulo votos sinceros de que continuem, como, aliás, o têm feito, a oferecer a toda a gente uma leitura cristã dos acontecimentos, na perspectiva de uma sociedade mais solidária.
Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Domingo, 16 Novembro , 2008, 12:45
Vasco Lagarto entrega prémio à professora Madalena Anastácio, da Escola da Chave, com aluno a assistir



Prémios para contos e blogues


O Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro teve ontem mais uma iniciativa. Não foi uma iniciativa capaz de atrair muita gente, mas teve o mérito de distinguir contos e blogues que responderam aos desafios da APA e da Rádio Terra Nova. Apreciei a satisfação dos que saíram vencedores e alguma tristeza de quem esperava ver mais reconhecido o seu trabalho. A vida, no entanto, tem destas incongruências. De qualquer forma, haverá outras oportunidades noutros contextos.
Há, porém, um registo que não posso deixar de lado. Não existiu, por parte de alguns Agrupamentos e Escolas, o devido esforço para motivar alunos e turmas para este concurso de contos. Vasco Lagarto, presidente da Rádio Terra Nova e grande entusiasta por acções do género, lamentou o facto e disse que tal atitude não é de agora.
Sempre gostaria de saber por que razão os Agrupamentos e as Escolas se divorciam destas acções, quando é sabido que as crianças e jovens precisam de ser incentivados, no sentido de se abrirem ao envolvimento nas propostas culturais, sociais e outras, que são postas à disposição de todos. Escolas e alunos alheios ao mundo que os envolve não contribuem para uma sociedade mais participativa, mais culta e mais fraterna.

Editado por Fernando Martins | Domingo, 16 Novembro , 2008, 12:24
Ontem à tarde houve mais um convívio no Stella Maris, clube da Obra do Apostolado do Mar. Um grupinho de amigos ali se reuniu a convite da direcção, para jogar a malha, mas também para saborear as castanhas assadas, regadas com jeropiga, bebida conhecida, entre nós, por vinho-abafado. Não eram pessoas propriamente muito jovens, embora o espírito o seja, como bem vi, pelo que temi que não houvesse força para atirar a malha a 25 metros. Porém, a verdade é que me enganei. Na foto, o Zé Manel, perito em consertar motorizadas e bicicletas, mostrou que tem força e habilidade para lançar a malha. Apreciem os meus amigos a postura correcta de quem sabe disto. Eu nem tentei, para não dar cabo de algum músculo ou osso. Contudo, derrubei um meco porque... tropecei.
O presidente da direcção, Joaquim Simões, com esta e com outras iniciativas, lá consegue mostrar que o Stella Maris tem potencialidades para congregar pessoas. Vontade não lhe falta. Resta-nos, como amigos, dar uma ajudinha.
FM

Editado por Fernando Martins | Domingo, 16 Novembro , 2008, 12:10
Variações em Citrinos



A filha da Laranja é a Tangerina
E o Limão? Um primo afastado.
A primeira é fresca e ladina.
Tem a pequenez duma menina
E tem um gosto doce e refinado!

Do Limão se faz a limonada.
Azedo, mas refresca no Verão!
Por isso fica aqui a lição dada:
Qualquer coisa, até, menosprezada
Tem no fundo, sempre servidão!

Variando em doçura e não somente,
A tângera tem aqui seu parentesco.
Da Laranja é nobre descendente
Que nos dá, de forma permanente
O seu suminho doce e tão fresco!

E que dizer da nossa Clementina?
De um paladar muito apurado,
Tem nome de mulher ou de menina,
Embora bem chegada à Tangerina,
Tem sabor extra doce e requintado.

E as limas de casca tão fininha,
São uma fruta rica e sumarenta.
Apreciadas são na caipirinha,
Que ajuda a passar uma noitinha,
De forma sonhadora e pachorrenta!

E por fim aparece a toranja,
Algo amarga, terá sua qualidade!
Humilde descendente da Laranja
Decerto não se come como canja,
Mas terá, porventura utilidade!

Mª Donzília Almeida
NOTA: Ora aqui está uma forma bonita e artística de ensinar os dotes da fruta, tão importante numa alimentação sadia. Sobretudo numa época em que aparece tanta coisa para comer, que nem sabemos bem o que é. Às vezes até são petiscos saborosos, mas uma frutinha fresca não trará mais benefícios para a nossa saúde? Julgo que sim...
FM
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Editado por Fernando Martins | Domingo, 16 Novembro , 2008, 12:04

OS JOGOS
Caríssima/o:

Tal como hoje, muitos dos nossos jogos eram marcados pelo ritmo da cantiga que se desenrolava enquanto decorria; outros eram “a seco”.
Uma lista de alguns jogos da nossa meninice aí fica para que acrescentem os que faltam e se entretenham a descrever as regras e o desenrolar dos mesmos:
jogo da macaca
da malha
da choca
da bilharda, dos calotes ou calarotes
do pião; dos sete posséis
da barra
das nações
da glória
do xui (bingo)
do «dá-me lume»
do esconde-esconde (agacha), escondidas ou escondidoiro
do eixo, 'uma-bala-uma'
do gato e do rato
do bom barqueiro
do belindre
do cantinho
do chícharo ou das pedrinhas
da cabra-cega
do pico-pico
do lencinho
da sardinha
assim se r'amassa
do botão, tiço
do ringue...

Muitos dos poucos que me fazem companhia nesta viagem estão a rir-se porque me esqueci do seu jogo preferido, ou escrevi mal este ou aquele... E devo até confessar que de alguns não lembro as regras nem o modo como eram jogados e, um ou outro só os ouvi da boca da geração anterior à minha, logo já não os jogávamos: “ dá-me lume”... Alguém o conhece?
Há que ir preparando os piões que o tempo aproxima-se e as nuvens de trovoada anunciam chuva!

Manuel

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