de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 11 Novembro , 2008, 21:36

Hoje não cumpri bem a tradição. Comi castanhas assadas, que estavam excelentes, mas não pude provar o vinho. Achei melhor assim, para dormir mais sossegado, sem o estômago a irritar-me. Já lá vai o tempo de as comer assadas na braseira, com a mãe a contar a lenda de São Martinho. O pai andava no mar, nessa época do ano. Dizem que São Martinho era um santo homem, de coração sensível. Capaz, por isso, de partilhar, em noite fria, a sua capa com um pobre mendigo. A lenda, que a Igreja terá aproveitado para santificar a generosidade da partilha e o desprendimento, continua actual, como incentivo que nos leve a olhar para os mais carentes de afecto e de tudo.
Ontem, o Presidente da República recebeu uma Comissão que apresentou a “Carta aberta contra a pobreza e desigualdade", na linha de erradicar a fome entre nós. Aliás, a aposta em acabar com a pobreza é um propósito do milénio, que está longe de ser conseguida. Talvez a lição do São Martinho nos ajude a partilhar um pouco do que temos, a começar pelas castanhas.

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 11 Novembro , 2008, 19:43

A ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) defende que "A pobreza e o desemprego permanecem como os dois principais problemas da sociedade portuguesa e há um risco não negligenciável de se agravarem no próximo ano. Todos os empresários e gestores deverão consciencializar a importância do seu papel neste contexto, assumindo-se como verdadeiros Líderes sociais, gerando confiança e agindo de forma positiva e solidária, sobretudo em quadros de grande dificuldade." E acrescenta que, "Neste contexto, deve ser dada especial atenção à questão do salário mínimo e ser feita uma avaliação, articulando critérios de sustentabilidade da empresa com critérios de generosidade e amor aos mais desfavorecidos, no sentido de apurar, em consciência, se é possível pagar acima do mínimo legal."
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 11 Novembro , 2008, 19:34
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TEMPO E TEMPLO DE SABEDORIA
O Bispo de Aveiro quer que o ISCRA esteja no centro da atenção da Igreja diocesana, tendo proposto que dois órgãos de aconselhamento pastoral reflictam em breve sobre o Instituto. Na abertura do ano lectivo, que decorreu no sábado passado, 8 de Novembro, no Seminário de Aveiro, D. António Francisco sublinhou que o ISCRA deve ser “tempo e templo de harmonia”, “tempo e templo de sabedoria”, onde há “lugar e vagar para Deus”, “espaço de formação cristã”, “plataforma de diálogo com o mundo e com a cultura”. Em breve, o Conselho Diocesano de Pastoral (formado por leigos, consagrados e clero) e o Conselho Presbiteral (formado apenas por presbíteros) vão pronunciar-se sobre a identidade e objectivos da escola nascida há 19 anos principalmente para a capacitação de leigos.
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 11 Novembro , 2008, 17:00
"Lembro-me que, em criança, andando a vaguear pela Ria, ali pelo Regueirão, na Marinha Velha, havia um sítio a que nós chamávamos o Moinho – e lá estavam ainda os restos da construção: pedaços de adobos, telhas quebradas… Teria sido mesmo um moinho? – Assim no-lo atestava a nossa imaginação e uns restos de tradição oral.
Mas seguindo por um rego que derivava para terra, lá bem na estrada, surgiu mesmo um “moinho” a sério, mas movido a electricidade, creio que era do Ti João Conde. (De uma vez fui lá trocar milho e resolvi ir de bicicleta. À volta, no Zé da Branca, dei o maior trambolhão da minha vida. Ainda não dominava bem a “burra”, pois aprendera a andar nessas férias, para ir para o liceu… Amigos, senti-me voar, até me faltou o ar na descida tão brusca… e dei comigo no fundo da valeta!)"

Excerto de um texto escrito, em 1985, por Manuel Olívio da Rocha e publicado no Boletim das Bodas de Diamante da criação da Gafanha da Nazaré. Pode ler tudo aqui.
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 11 Novembro , 2008, 15:05
Não senhora. Não rouba nem ensina a roubar. Mas leva-nos qualquer coisa este novo filme de Leonel Vieira. Leva-nos a atenção para a vantagem de encarar o cinema português com tradição e actualidade, lembrando-nos não só que é bom mas necessário saber conjugar veia artística e brilho comercial.
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 11 Novembro , 2008, 14:52
Segundo diz o Jornal de Notícias, são 22 os monumentos de origem portuguesa espalhados por África, Ásia e América do Sul classificados pela UNESCO que concorrem ao título de Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. A eleição começa dia 10 de Dezembro. Se quer ver algumas, clique aqui.

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 11 Novembro , 2008, 14:44

É possível abordar o fenómeno da Acção Católica de um ponto de vista puramente histórico e referir como nestes 75 anos ele se tornou um observatório privilegiado para olhar o interior da própria Igreja e o impacto desta no mundo. Três quartos de século permitem uma visão suficientemente ampla e diversa e, entre os estudiosos, restam hoje poucas dúvidas sobre a centralidade decisiva da Acção Católica e o papel charneira que essa militância representa. Ela tem espelhado e trabalhado cada tempo num esforço metódico de coincidência com o real (distante das espiritualidades autosistémicas e desencarnadas), mas concebendo o tempo como laboratório do Reino: nas suas tensões e sinais a interpretar, na sua largueza e na tarefa que nos compromete.
É possível abordar a Acção Católica em chave sociológica e maravilhar-se com esta movimentação transversal a meios e estratos sociais, onde o laicado encontrou uma espécie de escola de formação e de oportunidades, mas também onde tantos padres carismaticamente se destacaram. A “marca” Acção Católica é detectável um pouco por todo o lado: na linguagem e nas prioridades dos programas pastorais; no currículo dos bispos e no seu modo de leitura da realidade; nas vozes mais consistentes e originais do laicado, sendo de mulher muitas dessas vozes; no tecido eclesial como um todo; na vida das paróquias e na dinâmica dos movimentos que, entretanto, emergiram; no ideário e na praxis social e política. Num mundo em acelerada recomposição, a Acção Católica tem sido a antena e o sintoma, o posto de escuta e o palco de experimentação.
Mas a interpretação da Acção Católica e do seu significado ficariam irremediavelmente lacunares sem uma leitura espiritual. A Acção Católica não é apenas expressão organizativa ou a introdução de uma eficaz cultura metodológica na prática cristã. É expressão da primavera do Espírito que dá a cada baptizado a consciência dinâmica da sua condição e missão. É obra desse incessante Pentecostes que explica o mistério da própria Igreja e instaura cada cristão, face ao mundo, como sentinela da aurora.

José Tolentino Mendonça

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