de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 06 Novembro , 2008, 20:55

McCain, saída em Unidade


1. A grandeza humana diária é colocada fortemente à prova em horas como a que McCain terá vivido no final do processo eleitoral. De muitas realidades que transpareceram para todos da democracia americana nestes dias, valerá a pena salientar o sentido inconfundível da unidade de todos em torno de ideais que, afinal reflectem a vontade do povo. Sabe-se que nos países democráticos já existe o bom hábito adulto das saudações de apreço mútuo do vencedor e do vencido. Mas quantas vezes essa saudação é absolutamente torcida, arrancada a ferros, pois, sejamos francos, não será fácil ao fim de tantos meses de duro combate entre candidatos!
2. Numa necessária análise isenta dos factos, nem pró nem antiamericana, seja dito que a agilidade e verdade da democracia também se reflectem quando os primeiros discursos pós-eleições manifestam um pendor intocável no sentido do bem comum como o bem maior de todos. Valerá a pena reter como exemplo os pedidos comunitários sublinhados nas primeiras mensagens. Aquele momento em que McCain convida os republicanos a associarem-se a ele na saudação e nos votos de boa presidência a Obama tem muito de autêntica “transcendência”: os apoiantes republicanos começam aos assobios ao nome Obama e McCain abre os braços reconciliadores e orienta todo o discurso no bem maior da nação e do mundo. Momentos grandes que são escola de vida e de sabedoria.
3. A democracia, como modelo possível na história, enriquece-se nesta nobreza de gestos, a que vale a pena juntar as palavras de Obama que pede ajuda a McCain na resolução dos grande problemas a enfrentar. Ficou patente que, após uma campanha aguerrida, não se tratava simplesmente de pró-formes ou de simpatias de cumprir o protocolo mas de um verdadeiro sentido da política como serviço à comunidade, esta a palavra “mágica” que formou Obama no amor e na educação. A sociedade democrática aprecia estes sinais!


Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 06 Novembro , 2008, 14:22
GESTO MUITO BONITO
"Manuel Madaíl, empresário e ex-autarca, está a construir um lar de idosos para oferecer à população de Aradas, uma freguesia de Aveiro. O apoio deverá estender-se aos estudantes e às mães solteiras.
Um empresário de Aveiro vai oferecer um lar da terceira idade à população de Aradas, a freguesia onde nasceu e onde foi presidente da Junta de Freguesia, entre 1976 e 2001. Manuel Madaíl, 75 anos, o mecenas de que falamos, está a investir 1,5 milhões de euros num equipamento inexistente em Aradas. Quarenta idosos vão beneficiar da nova infra-estrutura, dotada de lar, centro de dia e apoio domiciliário, já visível junto ao cemitério de Aradas."
Ler mais no JN

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 06 Novembro , 2008, 14:15

Um passo democrático positivo dado nos últimos dias foi, sem dúvida, o alargamento da representação partidária na assembleia regional dos Açores, com a alegria de se votar livremente. Sempre que haja mais vozes a ouvir-se, desde que o bem do povo açoriano seja o interesse de quem fala, a democracia aparece como benefício de todos.
“Não há bela sem senão” e mais de 50% de abstenções em dia de sol, é de mais. Amanhã já não se falará disso, mas o facto provoca interrogações à espera de resposta. Nenhum partido pode cantar vitória, e muito menos o que governa com maioria, quando cresce o desinteresse do povo por um acto central do regime democrático. Assim nos Açores, no continente, em qualquer autarquia.
Lá e cá, o povo que, no seu conjunto, festejou a liberdade do voto e o acesso alargado às urnas, quando se omite, não age sem razões. Há que tentar percebê-las. Muitas se devem, por certo, ao modo como se vive a política partidária e como actuam os seus profissionais neste jogo habitualmente, mais ainda por altura de eleições.
Não se pode deitar a culpa só para o comodismo e da irresponsabilidade cívica dos faltosos, embora também estes existam em muitos casos. O facto, porém, tem mais a ver com o comportamento dos políticos da ribalta e dos que lhes fazem corte, pelo modo como se relacionam uns com os outros, pelos objectivos porque se batem, pela escandalosa contradição nas suas palavras, atitudes e juízos, consoante se está no governo ou na oposição. Tem a ver com a argumentação usada para se defenderem e acusarem mutuamente, e com a memória parada no tempo, que apenas se gasta a vasculhar o que se disse há anos ou se fez há décadas, para disso fazer arma de arremesso com o gáudio das suas claques. Tem a ver com o malabarismo de uma linguagem com sorrisos, que responde sobre alhos quando se falou de bugalhos. Tem a ver com a mentira com a aparência de verdade, que tanto se cultiva no jogo da política partidária, de modo a já se dizer que não é bom político quem não sabe mentir.
Gostava de ver profissionais competentes, psicólogos, psiquiatras, sociólogos e gente de bom senso e sensibilidade aguçada a estudar, a sério, os comportamentos públicos dos políticos e dos seus fanáticos partidários, que aguardam vez e lugar remunerado no palco de um regime de favores.
O povo não é estúpido, nem desinteressado do que lhe diz respeito. Apenas vai deixando de acreditar e, pelo alheamento das eleições, mostra o cartão vermelho ao trânsito mal encaminhado e empurrado para um beco escuro e sem saída.
A democracia exige uma educação adequada para a sua prática e para a sua vivência social, coisa que não se vem fazendo. Ao contrário, criam-se ou permitem-se condições para que não se chegue lá ou se chegue, por empurrão, daqui a um século. O povo perde, mas há sempre alguém que ganha., por um tempo, também ele passageiro.
A abstenção às urnas pode ser corrigida com leis objectivas e sensatas, mas só será vencida com uma prática democrática digna dos responsáveis partidários. O caminho da democracia não se faz a aliciar o povo e a prometer-lhe o que não se pode dar, nem a dizer o que lhe agrada e a calar-lhe a verdade. Faz-se a esclarecer, a informar correctamente, a ajudar a crescer no sentido crítico e no uso correcto da liberdade, a criar condições e a dar testemunho de respeito pela diferença, a não fazer dos contrários inimigos a abater, mas cidadãos a acolher pelo contributo que podem e devem dar à causa pública. Prestigiar a acção politica é caminho certo para construir a democracia.
As maiorias traduzem-se por responsabilidade mais acrescida, nunca por orgulho que menospreza os vencidos. Numa democracia todos fazem falta e todos têm lugar. O povo não se abstém sem razão, nem desiste de ser ele quem mais ordena. Alguns políticos já assim entenderam. Para outros, a lição não cola e preferem o papel de vendedor de feira.
António Marcelino
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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 06 Novembro , 2008, 13:13
Utilizador do Pólo de Leitura

Pólo de Leitura da Gafanha da Nazaré quer mais leitores

Não sei se todos os gafanhões sabem que na Gafanha da Nazaré há um Pólo de Leitura, da responsabilidade da Biblioteca Municipal de Ílhavo. Se não sabem, sugiro que passem por lá, para o verem com os próprios olhos. O Pólo de Leitura está no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, na ala voltada para a Extensão de Saúde. Trata-se de um espaço arejado, com boa luz e com ofertas diversificadas. Há ali bons livros, vídeos, computadores e acesso à Internet. Para todos os gostos e para todas as idades.
Cláudia Rodrigues no espaço de acolhimento

Cláudia Rodrigues, técnica de biblioteca, adiantou-me que há cerca de 300 leitores por mês e que a esperança de que esse número cresça faz parte da programação da Biblioteca. Nessa linha, quando aparecem crianças em número suficiente, organiza-se a Hora do Conto ou a Hora da Leitura, e todos os meses é promovido um autor, com a apresentação das suas obras mais representativas.
Os leitores, possuidores de cartão de utilizador, têm liberdade para requisitar livros para ler em suas casas, pelo período de 15 dias, período esse que pode ser alargado, se tal for necessário.
Reconhecendo que há horas mortas, coincidentes com os horários escolares, Cláudia Rodrigues sugere que os adultos passem a frequentar o Pólo de Leitura nas suas horas livres, já que o ambiente é acolhedor. Se pensarmos bem, há muitos aposentados e reformados que poderiam criar hábitos de leitura, pois não faltam livros novos e mais antigos que vão chegando ao Pólo, de acordo, decerto, com as solicitações.
Aquela responsável ainda lembrou que o Pólo de Leitura pode beneficiar de dádivas de bons livros, se houver gente generosa com vontade de colaborar. Basta pegar neles e entregá-los no Pólo.
O Pólo de Leitura da Gafanha da Nazaré funciona às segundas-feiras, das 14 às 18 horas, e de terça a sexta-feira, das 10 às 12.30 horas e das 14 às 18.30 horas.

FM

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 06 Novembro , 2008, 12:07

O EURO chegou no dia 1 de Janeiro de 2002


Se calhar, já poucos se lembram que o EURO, "um pedaço da Europa no bolso de cada um", como sublinhou Eduardo Lourenço e o PÚBLICO divulgou, viu a luz do dia em 1 de Janeiro de 2002. Na altura, os arautos da desgraça anunciaram um mar de confusões e dificuldades sem conta para nos adaptarmos à nova moeda. Enganaram-se todos. Não há ninguém por aí, julgo eu, que não domine a moeda da Europa que quer ser unida. Mais de 300 milhões de cidadãos andam com o EURO no bolso, neles se incluindo dez milhões de portugueses.

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 06 Novembro , 2008, 11:58

Júlio Pedrosa reflecte sobre sistemas educativos

Júlio Pedrosa, antigo reitor da Universidade de Aveiro, ex-ministro da Educação e actual presidente do Conselho Nacional da Educação, conduz uma “Conversa sobre Sistemas Educativos”, hoje, 6 de Novembro, às 21 horas, no Salão-Bar do Teatro Aveirense.
A iniciativa é promovida pela Plataforma Cidades, um grupo de aveirenses que se reúne periodicamente para debater questões da cidade de Aveiro. Integram o grupo, além de Júlio Pedrosa, Pompílio Souto, José Mota, M. Oliveira de Sousa e Maria da Glória Leite.

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 06 Novembro , 2008, 11:43

Mensagem de D. António Francisco dos Santos

Seminário, campo a semear e barco de amarras soltas

Ao abrir o coração da multidão e a inteligência dos discípulos para o mistério da vocação, Jesus falou de campos a semear, recordou viagens de outros tempos e apontou a desconhecidos pescadores da Galileia o mar alto, convidando-os a soltar as amarras.
As viagens que fazem partir da terra e abandonar tranquilos projectos para abraçar estranhas promessas de Deus, os campos a semear onde o semeador pacientemente aguarda a colheita esperada e as amarras soltas dos barcos no mar de Tiberíades em horas de faina sem êxito, lembram-nos misteriosos convites de vocação que decidiram e decidem projectos felizes de tantas vidas.
É de viagem que se trata quando falamos da vocação. Uma viagem única e irrepetível. Uma viagem realizada em passos de peregrino, em campos a semear ou em rotas desconhecidas de pescadores e marinheiros, sempre de olhos colocados em longínquas paragens aonde nos conduz o chamamento de Deus.
Assim aconteceu em Abraão. Assim acontece em tantos outros ao longo de tão belas histórias de vocação e de generosidade.

Ler toda a Mensagem aqui

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 06 Novembro , 2008, 11:21

Caminho Azul vence concurso BLOGMAR

“Caminho Azul”, de Bruno Martins, venceu o concurso de blogs BLOGMAR, iniciativa desenvolvida pela Comissão das Comemorações do Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro, em parceria com o “Diário de Aveiro”.
O segundo lugar coube a “Gaivota da Ravessa”, de Sónia Neves, com “Barramar”, de Carla Ferreira, ocupando o terceiro posto.
O júri deste concurso foi constituído por Fernando Martins, Júlio Almeida e Carlos Oliveira, este último em representação da organização.
O vencedor vai receber 1.000 euros, o segundo classificado 500 euros e o terceiro 300 euros.
A entrega dos prémios será efectuada no próximo dia 15 de Novembro, integrada na inauguração da exposição de fotografias “Porto de Encontro” (Casa da Cultura de Aveiro, a partir das 16 horas).

Fonte: Newsletter do Porto de Aveiro

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 06 Novembro , 2008, 11:00
Denúncia

O Doutor foi um algoz,
Pois um crime perpetrou
E eu clamo, de viva voz,
Essa horrenda cena atroz:
Dois cravos decapitou!

Foi crime premeditado
Com requintes de malvadez!
Pois de bisturi empunhado,
E sobre os ditos debruçado
Actuou com altivez!

Sem se comover do pranto
Que os pobres derramaram,
Avançou p’ra meu espanto,
Mas eu achei nisso encanto,
Pois suas mãos actuaram!

Mas houve cumplicidade,
Nesse crime planeado!
Na dona houve crueldade
Por só ver deformidade,
No cravo ali plantado!

Contratou um “profissional”
No meio do seu desatino,
Que executou por sinal
E fez limpeza radical,
Nesse “jardim” clandestino!

Foi um crime ternurento
E ao seu executor,
O meu agradecimento
E todo o contentamento
Por ter sido este Senhor!

Madona

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