de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 02 Novembro , 2008, 12:45

Obama Multilateral


1. Estamos a horas de saber quem será o novo presidente dos EUA. Tantas eleições que existem em tantos países ao longo de todo o ano, mas, contra factos não há argumentos, o certo é que o mundo aguarda a todo o momento por esta eleição. O megaespectáculo das campanhas que gastaram mais milhões (e humor) que nunca está concluído. Toda a conjuntura pós-11 de Setembro 2001 gera, talvez como ilusão, um carácter decisivo nesta eleição. A marca registada “Bush” ao longo de oito anos é torneada até pelo candidato republicano. Das palavras-chave escolhidas por Obama talvez seja “change” (mudança) a ideia mais sublinhada, como estratégia de despertar a motivação cívica das gentes de um país de contrastes.
2. Na preparação das campanhas ao milímetro, o mundo foi surpreendido com uma obamania que, por exemplo, da Europa de Berlim, arrastou uma multidão de cem mil pessoas. Enquanto isto McCain, experiente em cenários de guerra a que sobreviveu, tem o difícil deserto de dizer que tem uma proposta diferente de Bush e que a experiência de vida vale tudo. Talvez tenha sido a entrada em cena dos vice-presidentes o momento decisivo nesta campanha. Obama convida alguém experiente em política externa consolidando-lhe amplitude de multilateralismo numa visão de mundo como busca dos grandes consensos. McCain, surpreendeu com o ar fresco de uma vice-presidente, que, de tão repentina, seria sol de pouca dura!
3. É certo que crise financeira internacional veio dar votos à “mudança” proposta por Obama. Mas não se pense que ele é um inexperiente; como alguém há dias dizia, um inexperiente não chega a este sábio patamar. Estas semanas também foram oportunidade de conhecer a vida dos candidatos. A Europa (e, no fundo, o mundo) prefere de longe a história do criador de pontes multilaterais (como Obama em Chicago...) que a guerra e a força... Daqui vimos nós! Parabéns Obama, se a mudança for esta já vale a pena!

Editado por Fernando Martins | Domingo, 02 Novembro , 2008, 12:22

O HINO NACIONAL

Caríssima/o:

Continuando as nossas imagens rápidas, fugidias e, quiçá, um tanto desfocadas e desbotadas, não avançaremos sem nos determos um tudo-nada e falarmos de algo que muito nos dizia. Conheço pessoas da minha geração que, quando em cerimónias mais ou menos importantes, ouvem tocar e cantar o Hino Nacional ficam emocionadas, sem fala e quase lágrima furtiva lhes aflora ao canto do olho. E se os jogadores da selecção o não cantam é o bom e o bonito!
Verdade seja que nessas épocas de antanho as crianças aprendiam a cantar o Hino e sempre lhes ficava a ideia de que era algo de quase sagrado; tanto que ao ouvi-lo se tirava o boné ou a boina! E levava-se muito a sério... O mesmo acontecia com a Bandeira, afinal ambos símbolos da Pátria.
Não sei se os tempos são outros, o que sei é que deixou de ser assim e podemos perguntar-nos e quedar-nos a pensar que “é tudo igual ao litro”. Será, será, mas...
Desculpai-me o desabafo que aí fica, mas agora como dizem que é assunto para sociólogos e psicólogos, ...
As minhas imagens não me dão o direito de fazer comentários; tão-só expô-las e que outros digam de sua justiça.

Pois nós lá cantávamos e repetíamos até sabermos de cor a letra que começa assim:

Heróis do mar
Nobre povo
Nação valente
E imortal!...

E o Professor ia explicando o sentido de cada verso e de cada estrofe. Por vezes, ia mais longe e contava-nos como tinha surgido e até o nome... Ah, é verdade: A Portuguesa! Também nos ia dizendo que a letra era de Henrique Lopes de Mendonça e a música de Alfredo Keil... Desculpai, mas isso também vós sabeis e ainda mais e melhor do que eu...

Aqui chegados não posso passar à frente sem referir que já nessa altura havia uns “engraçadinhos” que, agachados lá atrás, iam cantarolando outra letra... e nós rindo na inocência de que os 'caracóis' não podiam ir longe com tais protagonistas... E tudo ficava por ali que as Professoras davam a entender que não tinham ouvido!...
Afinal brincalhões sempre os houve!...

Manuel

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