de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 30 Outubro , 2008, 20:10
Sarsfield Cabral, director de Informação da Rádio Renascença, lembra o que todos eventualmente já sabem: "Toda a gente deve dinheiro: o Estado, as empresas, as famílias e os bancos, que têm de arranjar dinheiro lá fora para emprestar no país." Isto significa que uma nova ordem social tem de brotar na actual sociedade, sob pena de se cair num caos de consequências brutalmente incalculáveis. E depois acrescenta: "... não vale a pena ter ilusões. A crise do crédito vai afectar-nos seriamente." E que dizem de tudo isto os "sábios" das economias e das políticas?
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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 30 Outubro , 2008, 20:02

Há dias atrás, no dia do aniversário do meu pai, 15 de Outubro, estava eu postada, com o meu velocípede ecológico, nuns semáforos aqui da nossa terra.
A minha atenção foi captada por uma imagem insólita, que havia pouco tempo, eu observara, in loco. Refiro-me a uma serpente, desenhada nas traseiras de uma carrinha, numa espécie de círculo envolvente. Era tal e qual as serpentes que eu vira na Índia, usadas pelos encantadores de serpentes, para gáudio dos turistas. Estava no meu imaginário infantil, o relato de histórias das mil e uma noites, com toda a sua carga de exotismo, de maravilhoso, enfim, do mundo da fantasia que povoa as mentes dos mais miúdos.
Lembro até aquele episódio da caixinha que comprara com a serpente dentro e com a qual planeara pregar umas tantas partidas aos amigos! Ao passar por um posto de controle da segurança, a agente policial deu um salto de pânico, ao ver a serpente saltar, inopinadamente, do interior da caixa, ali mesmo, na sua mão.
- Então, eles não sabem o que se vende no seu país? Observou alguém do grupo.
Eu ria a bandeiras despregadas, lá no meu íntimo, a desfrutar já, as brincadeiras que iria fazer com o brinquedo!
Estava eu nesta contemplação, quando ouço uma buzina mesmo atrás de mim. Não dei importância, pois achei que a bicicleta estava bem estacionada atrás da carrinha e segura pela minha mão, no “volante”!
O ruído estridente fez-se de novo ouvir e aí eu voltei-me e reparei: estava uma senhora, (‘inda por cima) a protestar e a gesticular com o carro à minha frente que não avançava, depois que o semáforo mudou para verde.
Na verdade, desde que me detive na observação da serpente, que me apercebera que quem seguia à minha frente, era um casal de Alemães. A letra D, inscrita no lado esquerdo do carro, dera-me a informação. Que conclusão tirei? É a letra D de Deutscland; obviamente…..ninguém teria escrito ali, o meu nome!!!
Eu tive o privilégio de alargar os horizontes do meu conhecimento e aquele que nesse dia completou 89 anos, muito contribuiu para isso! Rendo-lhe aqui homenagem e o reconhecimento do grande investimento que fez em mim. Estou a colher os dividendos de todo o esforço e sacrifício despendidos.
Em relação àquela senhora, lamento que a sua ignorância, a tenha feito ser indelicada. Deu uma má imagem dos Portugueses e perante a hesitação manifestada na estrada por um estrangeiro, só me ocorre dizer: só o ignorante é intolerante!
Madona

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 30 Outubro , 2008, 20:00

O que se está passando entre nós, em relação à instituição familiar, no plano legal, com graves e inevitáveis repercussões na vida pessoal e no plano social, é, a meu ver, a mancha mais negra e vergonhosa da nossa história recente. Não serão precisos muitos anos para que os fautores desta vergonhosa façanha o verifiquem, porventura sentindo então as dores, na sua carne e na dos seus, do que fizeram, de modo inconsciente ou condenavelmente premeditado.
Trata-se de uma verdadeira política de hipocrisia. Advoga-se por leis, despachos e portarias que as crianças institucionalizadas e os doentes mentais retidos em hospitais devem ser entregues à família, sem se verificar se ela existe e tem consistência e capacidade para assumir essa responsabilidade e consequentes tarefas; retira-se a criança à família que a criou, desde os primeiros dias, para a entregar àquela que a rejeitou ainda antes de ela nascer; fala-se do valor da adopção e paralisa-se o desejo e a vontade de adoptar num emaranhado de burocracias e papéis que mais levam a desistir que a confiar num êxito, ainda que remoto; aceita-se e até se diz, teoricamente, que a família é o melhor espaço e ambiente para educar uma criança, mas criam-se condições legais que a destroem ou a isso dão pretexto e ocasião, privilegiando-se os caprichos pessoais, a falta de esforço normal para ultrapassar dificuldades, menosprezando assim o direito de quem acredita na família e se sente vítima ultrajada dos que a vilipendiam; o divórcio, cada vez mais fácil, é prova de modernidade e de progresso social, sem que se tenha em conta a repercussão desta facilidade em muitas vidas atingidas pelo favor de leis que mutilam a dignidade das pessoas e as libertam de responsabilidades pessoais e sociais; para se apoiarem formas estranhas de casamento, os casos pessoais ganham um direito de cidadania que os sobrepõem a tudo e todos, não se procurando o respeito que a todos é devido, segundo a sua situação e o interesse comum e, a pretexto de igualdade, faz-se um nivelamento que não conta com as naturais desigualdades; sem se olhar à sanidade e ao futuro da sociedade, ridiculariza-se a família normal e o seu direito e dever de procriar, importando-se acriticamente e implementando-se, por força de uma maioria parlamentar, o pensar de estranhos que nunca acreditaram na família, porque nunca saborearam o seu verdadeiro valor e beleza; durante o dia, o Estado considera-se dono das crianças, confia-as a quem não aceita tal princípio, satisfaz-lhes os gostos e aguenta-lhes os caprichos, para, ao fim da tarde, as despejar, caprichosas e frenéticas, nos braços de pais cansados e preocupados e, ai deles, se lhes puxarem uma orelha ou lhes derem uma merecida palmada, pois terão de se haver com a justiça; sem ouvir os pais, mas entalando-os com decisões posteriores a tomar e envolvem encargos, dão-se computadores às crianças que, muitas vezes, em suas casas, não têm resposta possível para as suas maiores necessidades; no direito à educação escolar e à escolha dos projectos educativos os pais não contam e, se ousam contar, são escandalosamente penalizados… A ladainha pode continuar, que não parará logo ali.
Na mente de quem legisla e de quem governa o país, parece que a família é mesmo para acabar. Só traz incómodos a quem quer ser livre e encargos ao erário público. E se ela ousa ter quatro ou mais filhos, paga por esta ousadia, porque para muitas destas mentes brilhantes que detêm o poder, mais de dois filhos é prova de insanidade mental.
Não escondo nem calo que há medidas a favor da família, mas muitas destas mais preocupadas com o pensar dos estranhos que com a resposta às necessidades. As estatísticas e os relatórios dão números; não mostram rostos nem transmitem dores. E quem está bem não entenderá facilmente as carências de muitas famílias que também pagam impostos e já lhes falta voz para clamarem pela justiça a que têm direito.

António Marcelino
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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 30 Outubro , 2008, 19:50

Uma pausa, uma flor!


1. De forma especial estes dias serão dias da memória que nos interpela e da paz que reconforta. Como que os nossos ente queridos (que algures no “tempo” da história de vida nos deixaram) nos proporcionam uma pausa de reflexão e elevação. Se vivêssemos do outro lado do mundo poderiam ser outras as “pausas” propostas, mas no mesmo sentido de acolher uma dignidade da vida humana que deseja continuar, mesmo para além do tempo e do espaço. O desígnio da eternidade, o anseio existencial profundo de quem quer viver para sempre! Quem não o quer?! Ficou gravado, de há bastantes anos, um belo pensamento de Michel Quoist, estudioso sistemático destes assuntos; dizia ele: «Só o amor é capaz de construir para a eternidade!» Simples e grande…
2. Faz parte da boa tradição viva realizar uma pausa no (possível) stress da vida que as sociedades foram “complicando” e, nestes dias 1 e 2 de Novembro, reencontrarmo-nos num gesto de ternura para com os que nos deram a vida e os valores que hoje “transportamos”. Muito acima do clássico discurso das circunstâncias de que “as flores oferecem-se em vida”, e ainda muito acima dos variados excessos que possam porventura existir nestas coisas… cada vez mais, no tempo que vivemos, é preciosa a partilha de um gesto, uma palavra, um sentimento, uma flor, uma vela! Agarremos o que pode unir e motivar à esperança, este um valor que nos vem do infinito e que nos quer conduzir pela via do “amor” generoso que tudo pode resgatar…
3. Esse recolhimento, rico de memória e em paz, faz-nos mesmo apreciar o essencial da vida, muito acima de todas as mil coisas. Teresa de Calcutá dizia que «um dia seremos considerados não pela quantidade de coisas que fizemos mas pelo amor que colocamos naquilo que fazemos.» Não é pela quantidade nem pelo discurso; serão a qualidade de sentido de vida como serviço a escola do futuro absoluto. Disse-nos Ele, Alfa e Ómega, que não há fórmulas… Cada flor signifique essa procura!

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 30 Outubro , 2008, 12:30



Conheci a Irmã Deolinda Serralheiro quando ela se radicou entre nós, para dirigir o ISCRA (Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro). Desde logo percebi que se tratava de uma pessoa de trato fácil e culta, sobretudo na área das ciências religiosas e da educação. A Irmã Deolinda conseguiu colocar o ISCRA numa posição nunca antes alcançada, graças à sua visão académica voltada para o futuro.
Como professora, dela recebi excelentes lições marcadas pelo rigor e pela exigência, não se ficando pela explanação da matéria, mas propondo acções práticas, que melhor levassem os alunos a compreender os assuntos.
O seu contributo para o desenvolvimento do ISCRA ainda está por fazer, mas permitam-me que sublinhe o número muito alto de pessoas que beneficiaram com os projectos lançados e coordenados pela Irmã Deolinda, ao longo da sua permanência na Diocese de Aveiro.
Entrou como colaboradora no Correio do Vouga a meu convite. De uma colaboração esporádica, avançámos para uma conversa informal, donde nasceu o compromisso de passar a escrever semanalmente no jornal diocesano.
Sobre esta colaboração, cujos textos fui, durante anos, o primeiro a ler, permitam-me que sublinhe que bastante lucrei com eles, como bastante lucraram muitos clérigos e leigos, pela oportunidade dos seus comentários às “leituras” das missas dominicais.
Quando a Irmã Deolinda passou o testemunho de directora do ISCRA ao Padre Querubim José Pereira da Silva, ainda pensei que ela continuasse como colaboradora do Correio do Vouga, tendo em conta a facilidade de comunicação de que todos hoje dispomos. Mas tal não aconteceu, decerto por opção pessoal, alicerçada no envolvimento em tarefas que muito a hão-de absorver. Porém, disso estou crente, onde quer que esteja, a Irmã Deolinda continuará, com o mesmo empenho, na luta por um mundo melhor.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 30 Outubro , 2008, 11:36

O Executivo Municipal deliberou aprovar o Programa Vocação 2009. Destinado a implementar a ocupação dos tempos livres dos jovens, nomeadamente em época de aulas, através de actividades que contribuam significativamente para o enriquecimento da sua formação pessoal, o projecto funciona em simultâneo com a formação académica.
Os alunos candidatos ao Programa Vocação terão oportunidade de trabalhar nas seguintes áreas vocacionais: Educação e Sensibilização Ambiental; Fomento da Actividade Desportiva; Apoio à Juventude; As Novas Tecnologias; Protecção Civil; Valorização e Promoção da História e do Património e Animação Cultural.
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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 30 Outubro , 2008, 11:07
Humberto Rocha, director da Sub-Região de Saúde, admite que as areias depositadas no Porto de Aveiro são a causa de problemas respiratórias na Gafanha da Nazaré. Quando teremos provas concludentes? A situação exige estudos rápidos.
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