de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 14 Outubro , 2008, 23:12
"Quero ver o meu filho crescer"

Ainda não estou totalmente refeita do choque emocional de domingo passado.
Com efeito, isto deveu-se a um evento que teve lugar na Biblioteca Municipal de Ílhavo, concretamente, a apresentação dum livro de Rosário Sarabando, intitulado, “Quero ver o meu filho crescer”.
A apresentação de um livro à estampa não teria nada de anormal, não fosse o caso de a autora ser uma mulher com características especiais.
Na verdade, o que chocou profundamente o auditório daquela Biblioteca, naquele dia, foi a constatação da extrema tenacidade duma mulher, perante o infortúnio que a acometera. Portadora duma doença rara, degenerativa, que lhe foi minando a saúde progressivamente, esta mulher é exemplo ímpar duma vontade, duma resistência, dum heroísmo que nos tocam bem lá no fundo.
Havia comoção, na assistência; lágrimas mais ou menos silenciosas, corriam livremente e desaguavam num mar de compaixão! O ambiente era pesado!
Muitos testemunhos de pessoas que têm ajudado a Rosarinho, ao longo da evolução da sua doença, foram dados, ressaltando as provas de coragem desta Mãe Coragem! Evoco aqui o Bertolt Brecht e rendo toda a minha homenagem a esta grandiosa mulher! Grandes, não são só os que fazem grandes empreendimentos! Grande é esta mulher, que apesar de todo o infortúnio que a assolou, tem para nós, pessoas cheias de saúde, aquilo que nós esquecemos muitas vezes! A Rosarinho deixou-me a mim e a todos uma grande dádiva: o seu SORRISO!
Obrigada, Rosarinho! Acho que não mereço!
Madona

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 14 Outubro , 2008, 19:28

(Clicar nas fotos para ampliar)
Há prazeres que só imaginados. Os vividos por alguns a bordo do Creoula (navio português integrado na Regata dos Grandes Veleiros, comemorativa dos 500 anos da fundação da cidade do Funchal, com as celebrações dos 200 anos da abertura da Barra de Aveiro de permeio) devem ficar para a história pessoal de cada um. Imagino sem medo de errar... Estas fotos, enviadas pela Joana Oliveira, fazem parte do album de Luís Costa, um dos felizardos. No Funchal, num local que já conheço, ainda houve tempo para passear pela cidade que já tem meio milénio de vida, com marcas indeléveis do esforço de tantos dos nossos antepassados que por ali se radicaram.


Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 14 Outubro , 2008, 14:40

O umbigo da Extrema riqueza


1. As crises económicas geram sempre oportunidades de rever hábitos e processos de injustiça que se foram instalando até serem tidos como “normais”. Notícia de última hora que ouvimos agora era o caso do treinador do milionário Inter de Milão (José Mourinho) estar interessado nos serviços de Pepe, jogador do todo-poderoso Real Madrid, cuja cláusula de rescisão está num patamar de 150 milhões de euros. Neste género de escândalos (com os dias contados, esperemos!) pode-se juntar toda a novela macro-económica de Cristiano Ronaldo, dos 100 milhões de Euros dispostos a dar pelos madrilenos ou dos 150 milhões que o Manchester City disse há semanas garantir. Pode-se, ainda, juntar os milhões do petróleo de Abramovich, este que garante a vida de rico do Chelsea.
2. Tudo precisa de ser revisto. A crise destas semanas tem este lado positivo: nada pode ser como dantes, é o novo imperativo ético das sociedades actuais. Não só neste mundo das emoções do desporto ou do espectáculo mas dos próprios vencimentos de gestores e administradores de todos os sectores de actividade humana. A “mão salvadora” aplicada nestes dias, na generalidade pelos Estados provindo dos contribuintes, obriga, como refere a Chanceler Ângela Merkel, a uma revisão de todo esse processo, dos altos vencimentos às mega-reformas. Quem não se lembra há dias do escândalo das rápidas férias de luxo (até aos 300 mil euros gastos) de alguns ex-administradores da recém-falida seguradora AIG?!
3. O umbigo, qual resort, dos que crescem desmedidamente às custas sabe-se lá de quê(m) é o novo escândalo gritante. A Consciência Humanitária emergente grita aos “ouvidos” que vivem na Riqueza Extrema que parem e olhem para o lado. Se não o fizerem qualquer dia terão de fugir para habitar noutro planeta. A distribuição dos bem essenciais à sobrevivência de todos os seres humanos não é uma “caridadezinha”, é uma questão de JUSTIÇA. A (r)evolução nasce aí!


Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 14 Outubro , 2008, 13:52

O Conselho Directivo do ISCA-UA, aproveitando o lançamento do livro «Jorge Godinho» da autoria da Dr.ª Ana Maria Lopes, organiza no próximo dia 15 de Outubro, pelas 18.30 horas, uma sessão pública para prestar tributo ao Professor Jorge Godinho – membro do corpo docente do instituto no primeiro ano lectivo de funcionamento como escola integrada no ensino público, e falecido em 1972.

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 14 Outubro , 2008, 13:36


Ouvi esta manhã, na Terra Nova, uma entrevista com membros da ORBIS, Carina e Pedro Neto, sobre as suas experiências de vida, no campo missionário e na área da cooperação para o desenvolvimento. O próprio entrevistador, habituado a conversar na Terra Nova com gente de todos os quadrantes, políticos, religiosos, sociais, artísticos e profissionais, deixou transparecer alguma emoção pelas histórias que ia ouvindo e estimulando.
O que eu quero aqui sublinhar é o empenhamento de muitos jovens, incansáveis na luta por um mundo melhor, com sacrifício, inúmeras vezes, das suas vidas privadas.
A Carina e o Pedro Neto bem procuraram sublinhar que são jovens como outros quaisquer, com gostos semelhantes a outros jovens. Mas não concordo inteiramente com eles, neste ponto. É que eles não se ficam pela vida fútil de tantos jovens que conheço. Vidas sem objectivos elevados, sem princípios solidários, sem preocupação pelos que mais sofrem, sem gosto por um mundo mais fraterno. A diferença está precisamente nisto. A Carina e o Pedro deixaram tudo para se enriquecerem no contacto com outras culturas, com pessoas que nada têm, para além do ar que respiram. Foram para se darem e acabaram por regressar mais enriquecidos.
Quando olho para tantos, jovens e menos jovens, que apenas cultivam o egoísmo, que passam a vida a olhar-se ao espelho para narcisicamente se envaidecerem, esses nunca saberão o que é contribuir para um mundo novo, mais humano. Mas reclamam da sociedade mais prazeres, riqueza, divertimentos estonteantes, trabalho sem esforço, liberdades para tudo.

FM
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 14 Outubro , 2008, 12:37

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