de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Setembro , 2008, 23:26

Há dias, um blogue de gente amiga, falou de “jornalismo reumático”, a propósito da visita do Papa a França. Referia-se, obviamente, ao jornalismo que ignora o essencial, favorecendo o que possa vender notícias: o polémico, o insólito, a ofensa, a calúnia, o escabroso, o crime de faca e alguidar. Dir-me-ão que esse é que é o verdadeiro jornalismo, na linha daquela teoria que diz que notícia acontece quando é o homem que morde o cão e não o contrário. Mas eu não posso alinhar nisso, porque tal seria negar a essência do jornalismo, que deve apostar na informação isenta e plural, na formação do homem todo e de todos os homens e no divertimento saudável.
Tenho para mim que um jornalismo pela positiva valoriza o que é deveras importante para a sociedade e para as pessoas, mesma que vá contra a corrente. Porém, isso nem sempre acontece. Nas reportagens sobre a visita do Papa, o que de doutrinário e de catequético ele sublinhou, o que ele falou de estimulante para os católicos e para os homens de boa vontade, nada disso despertou qualquer interesse em muitos jornalistas, mais voltados para temas que Bento XVI, no seguimento dos Papas que o antecederam, já andará cansado de tanto deles falar: aborto, eutanásia e missas em latim.
Quando leio reportagens de acontecimentos relevantes da sociedade, por vezes fico espantado com as banalidades que alguma comunicação social aborda, ficando-se por resíduos marginais e esquecendo o que os intervenientes sublinharam de fulcral. O essencial, a matriz das intervenções, isso ficou apenas para quem esteve presente. O tal “jornalismo reumático” não teve pernas para lá chegar.
FM

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Setembro , 2008, 13:45
Procissão: na hora da partida para o Forte


5 – Tradição a manter-se

Sou dos que pensam e defendem que as boas tradições devem ser mantidas e cultivadas, no sentido de que, tudo quanto faz parte da nossa identidade, precisa de estar na base do futuro. Futuro sem raízes na história pode estar condenado a ser absorvido por hábitos que nada nos dizem. Daí a importância de continuarmos a apostar nas festas religiosas, de tradição popular, embora imbuídas de projectos mais ambiciosos, isto é, que possam enriquecer as pessoas, levando-as a viver a fraternidade e o espírito do bem e do belo mais aberto aos outros.
Antigamente, a Festa da Senhora dos Navegantes unia as pessoas da região, de tal forma que Aveiro e Gafanhas suspendiam os trabalhos para se juntarem em torno da sua capelinha. Participavam na missa, incorporavam-se na procissão, pagavam as suas promessas, conviviam umas com as outras, saboreavam as merendas no Jardim Oudinot, ouviam música, cantavam e dançavam. E ainda consta que, na festa, muitos jovens se conheceram, muitos namoricos se iniciaram e alguns casamentos se combinaram. Tudo à sombra de Nossa Senhora dos Navegantes.

FM

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Setembro , 2008, 13:10
Jardim interior do CAE

Da minha janela vejo o CAE (Centro de Artes e Espectáculos) da Figueira da Foz, por onde passarei hoje à tarde. Para além da tranquilidade que ali se respira, poderei ver algumas exposições, de que darei nota por aqui. Será uma curta semana, também com mar à vista e a perder de vista.


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