de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 09 Setembro , 2008, 21:35

O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, chama uma vez mais a atenção para a urgência de todos contribuirmos para a erradicação da pobreza entre nós. Trata-se de um problema complexo, mas que tem solução, se todos quisermos. Tenho para mim que, frequentemente, tomamos conhecimento desta realidade, mesmo ao pé da porta, mas estamos longe de dar passos que contribuam para ajudar quem está a precisar de ajuda. Penso, por isso, que vale a pena ler o texto de Eugénio Fonseca.

"Quem contacta com pessoas em situação de pobreza sabe que, para a grande maioria, não é possível sair dela sem a colaboração de terceiros. Os percursos vitais que levam as pessoas ou famílias a subsistir privadas das condições indispensáveis a uma vida digna são fruto de processos de deterioração social e económica continuados no tempo. Estamos, por isso, perante uma realidade que exige esforços redobrados. Mas que tem solução. A erradicação da pobreza é, de verdade, um facto evitável. O problema actual não é de inexistência de meios, mas de querer ou não querer. Ou seja, já não é um problema técnico, mas político e ético."

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 09 Setembro , 2008, 21:13

Ana Maria Lopes, especialista de temas marítimos e da ria, mas também de tudo quanto diz respeito a Ílhavo, terra maruja, tem um blogue dedicado a estes assuntos. Merece, por isso, a atenção de quantos comungam das mesmas ideias e de todos os que apreciam a cultura das nossas gentes, e não só. Hoje publicou uma série de fotografias sobre a Camponesa de Ílhavo, com texto alusivo, de excelente nível, como é seu hábito. Vejam, que vale a pena, em Marintimidades.
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 09 Setembro , 2008, 17:25
Nelson Évora

Deste Verão português surdamente incompatível, com conflitualidades, embaraços e pessimismo, resgato uma frase que seria pena ficar perdida entre a cinza. Foi proferida pelo atleta Nelson Évora, e representa, creio, não apenas a descrição de uma técnica ou de um método, mas é uma espécie de razão onde a vida, a inteira vida, se pode decidir. "Sempre que salto, salto para o infinito", disse ele. No triplo salto dos Jogos Olímpicos de Pequim esse infinito correspondeu a 17,67 metros, e valeu-lhe a medalha de ouro. Mas o infinito é esse aberto que não acaba…
Nos programas biográficos que, em seguida, as televisões dedicaram ao atleta, comovi-me a olhar para as instalações desportivas mais do que precárias num centro escolar, para o ziguezague árido e incaracterístico das estradas suburbanas, para o exíguo futuro que se avista das florestas de apartamentos colados a apartamentos. Aquele cenário poderia servir para contar uma história completamente diferente. Por isso a frase de Nelson Évora é tão importante. Aos miúdos que hoje têm a idade que o campeão olímpico então teria, e que as televisões entrevistam naqueles mesmos lugares, como é fundamental testemunhar-lhes o que significa "saltar para o infinito". Transcender-se, ir além, ir mais longe, sabendo que isso implica que cada um se tenha encontrado humildemente com os seus limites e plenamente com as suas possibilidades. Num tempo de tectos baixos e de metas imediatas, como parecem ser os nossos, "saltar para o infinito" constitui talvez uma impopular aposta. Mas a esperança, a verdadeira esperança, pede de nós risco e coragem.

José Tolentino Mendonça

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 09 Setembro , 2008, 10:06
FÁTIMA – 25 e 26 de Setembro



O EVANGELHO DIGITAL

A criação continua e Deus não deixa
de se “inscrever”na história dos homens.
A Igreja, pela palavra e pelo testemunho,
vai traduzindo esse registo de todos os tempos
– tradição oral, palavra reverberada
no eco das culturas e civilizações,
escrita, biblos, cartas, actos e apocalipses,
mensagens, encíclicas, notícias, bytes, pixeis,
em todos os módulos, –
vem repetindo oportuna
e inoportunamente esse anúncio,
entrecruzado na história quotidiana
do homem e da salvação.

Este é o nosso tempo. A nossa vez.
Na auto-estrada da informação,
no metálico da informática,
nos numéricos entre zero e infinito,
como vamos dizendo
Deus,
Verbo, Jesus, Salvador, transcendência,
dentro de todas as formas
que o nosso mundo tem
de se aproximar e afastar de Deus?

Como fazemos esse percurso?
Como tocamos a Internet com o olhar e o dedo
de Deus?
Como difundimos a Boa Nova?
Como fazemos os nossos portais,
jornais, informações, desenhos,
animações, vídeos?
Que avaliação humilde e corajosa
fazemos do nosso trabalho
ou do nosso distanciamento face
ao EVANGELHO DIGITAL?
Fonte: Ecclesia

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