de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 20 Julho , 2008, 16:05
Preparação do terreno para a instalação do Stella Maris pré-fabricado


“OS QUE OLHAM O STELLA MARIS”

O Stella Maris de Aveiro hoje é mais do que assunto, porque é obra erguida. Pequena ou grande, bem ou mal delineada, ali está já na Gafanha, onde tomou corpo e agora, já com cor, começa a falar por si a quantos o interrogam. Paredes levantadas, já o telhado o cobre para que depressa cubra aqueles a quem pertence. A olhá-lo como os outros, parámos a uns passos. Cruzou connosco gente curiosa, interessada. Identificámos um tripulante e quisemos ouvi-lo. Falámos e da nossa conversa guardámos das suas palavras sadias, que passamos a transcrever:
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In "Timoneiro" de Maio/Junho de 1973
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Editado por Fernando Martins | Domingo, 20 Julho , 2008, 11:35

AMOR PURO E ABERTO AOS OUTROS

“Uma nova era em que o amor não seja ambicioso nem egoísta, mas puro, fiel e sinceramente livre, aberto aos outros, respeitador da sua dignidade, um amor que promova o bem de todos e irradie alegria e beleza. Uma nova era na qual a esperança nos liberte da superficialidade, apatia e egoísmo que mortificam as nossas almas e envenenam as relações humanas."


Editado por Fernando Martins | Domingo, 20 Julho , 2008, 11:05
Ria de Aveiro: Marina da Costa Nova


HÁ UM PORTUGAL DESCONHECIDO À NOSSA ESPERA


Quando se fala de férias, em qualquer espaço da comunicação social ou mesmo entre amigos, é certo e sabido que logo vêm discrições de lugares paradisíacos, já vistos ou de que se ouviu falar. A natureza, naturalmente, está sempre ligada a recordações de excelentes férias, em Portugal ou no estrangeiro. Importa, no entanto, falar do que o nosso país nos oferece, em qualquer dos seus quadrantes.
Do Norte a Sul, saltando para os Açores e Madeira, temos de tudo. Deus, talvez sabendo da nossa pouca capacidade empreendedora ou das nossas limitadas riquezas energéticas, resolveu brindar-nos com paisagens de sonho, que são um desafio para as aproveitarmos em pleno, destinando-as, também, a quem nos visita. Não o temos feito em pleno, mas parece que a tendência está a virar-se para aí.
Com a crise instalada, como reflexo do que vai pelo mundo, por causa das tais fontes de riqueza que não possuímos, urge que nos viremos para Portugal, neste tempo de férias, ao jeito de quem se quer ajudar a si próprio. Vai daí, proponho que nos brindemos com o que à nossa volta podemos descobrir, embrenhando-nos em serras e vales, em mar e rios, em cidades e aldeias perdidas, degustando a variedade de comeres e saboreando os nossos vinhos, que os há para todos os gostos e bolsas.
Há monumentos decerto ainda ignorados, há paisagens a perder de vista e nunca apreciadas, há gentes de usos e costumes que nunca contactámos, há história nunca descoberta, há estórias nunca ouvidas. Há, afinal, um Portugal desconhecido à nossa espera!

Editado por Fernando Martins | Domingo, 20 Julho , 2008, 10:24

O ADIVINHO PEDINTE

Caríssima/o:

Frequentávamos a quarta classe. O tempo estava calmo depois de dias de invernia. A vida voltou aos campos e até a passarada retomou os seus chilreios e os seus voos altos e repousantes.
Éramos três vizinhos e fazíamos o percurso habitual. Pouca gente, que a maioria já andava na labuta ou para lá se dirigia a passo estugado. Na época, a sineta da Junta marcava o início da actividade às oito horas da manhã e no campo o nascer do sol era a campainha.
Descontraídos e gozando a calma daquela manhã, caminhávamos com passo certo e seguro que não queríamos chegar atrasados à Escola. Eis que se aproxima um velho, com as roupas coçadas, saca às costas, mas de palavra fácil e sorriso pronto. Cumprimentou-nos e foi-nos interrogando sobre a vida da Escola. Algumas das suas observações foram surpreendentes pelo conhecimento que revelavam e pelo modo como as proferia.
Olhando para nós com mais atenção e fixando os nossos olhos, num olhar que não mais esquecemos de tão intenso, o bom do velhote lança profecias ao vento e procura ler o nosso porvir nas estrelas. Momento inesquecível porque único até àquele momento! E nós ouvíamos e não queríamos acreditar que ele estava a vaticinar como seriam as nossas vidas. Olhávamos uns para os outros e, pasmados, agora parados, fomos saindo do enlevo que as palavras encantatórias do homem tinham provocado em nós. Despediu-se, seguiu caminho.
Também nos vimos a correr para recuperar o tempo esquecido.
Certo é que esse dia foi diferente dos outros, havia algo que mudara nas nossas mentes e a pergunta era como que martelo pertinaz: «será que o sonhador acertava mesmo?» E, voltando-nos uns para os outros, a mesma pergunta lia-se nos nossos olhos como se estivesse escrita com as luzes das árvores de Natal e sorríamos: «o pedinte, pobre diabo!».

Quando nos encontramos, ainda a mesma pergunta brilha nos nossos firmamentos referindo-a ao mundo das nossas vidas e as dúvidas vão caindo: afinal o pedinte trazia na sacola a pedra que desvendava os sonhos!


Manuel

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