de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 01 Junho , 2008, 11:34


Neste Dia Internacional da Criança, quando alguns Pais percorrem, afadigadamente, catálogos, ruas e lojas, em busca de brinquedos novos, caros e originais para oferecerem aos seus filhos, enquanto outros preparam para o seu filho único, aquela prometida e fantástica viagem à Disney, muitos Pais - demasiados - sem trabalho, sem tecto e sem pão, pouco mais terão para oferecer aos seus filhos, que um beijo e um abraço de ternura triste e sem esperança, outros, ainda, de tão preocupados com as suas contendas conjugais, separações, divórcios e “namoros” serôdios, esforçar-se-ão, apesar de tudo, por comparecer, talvez já atrasados, com um enorme embrulho do presente prometido, para compensar a inevitável dor da ausência, do vazio, da separação e falta de atenção, a APFN quer homenagear todas as crianças em geral, porque elas são, de facto, “o melhor do mundo”, mas, em particular, quer recordar, hoje e aqui, todas as crianças mortas sem nascer, aquelas a quem é recusado o 1º de todos os direitos: O Direito à Vida! e aquelas crianças a quem é negado o que deveria ser o seu 2º direito: o direito a nascerem e crescerem em paz e alegria, aconchegadas por uns pais que as amem e se amem, e se queiram amar para sempre, numa família com irmãos.

APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
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Editado por Fernando Martins | Domingo, 01 Junho , 2008, 11:24

O mundo das crianças


1. Do tempo pós II grande guerra, diante da escassez de recursos, em que muitas crianças do mundo regressavam ao duro trabalho, quase como escravatura trabalhando de sol a sol, a Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs às Nações Unidas que, como sensibilização universal, se assinalasse um dia dedicado à dignificação efectiva e afectiva das crianças em todo o mundo. Corria o ano de 1950. Nesta preocupa-ção, «independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social», foi decretado o dia 1 de Junho como o Dia Mundial da Criança. É esta a sua origem.
2. O passo seguinte fora registado nove anos depois, a 20 de Novembro de 1959, quando da proclamação, pela Assembleia-Geral da ONU, da Declaração dos Direitos da Criança. Numa perspectiva em que se destaca (no terceiro considerando do preâmbulo) «que a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais, nomeadamente de protecção jurídica adequada, tanto antes como depois do nascimento». Esta declaração é proclamada «com vista a uma infância feliz e ao gozo, para bem da criança e da sociedade, dos direitos e liberdades aqui estabelecidos e com vista a chamar a atenção dos pais, enquanto homens e mulheres, das organizações voluntárias, autoridades locais e Governos nacionais, para o reconhecimento dos direitos e para a necessidade de se empenharem na respectiva aplicação».
3. Nesta caminhada ascendente, o ano de 1989 viria a consagrar a Convenção sobre os Direitos da Criança. Com 54 artigos e em linguagem acessível aos principais destinatários, destaca-se (no artigo 1º) que «todas as pessoas com menos de 18 anos têm todos os seus direitos escritos nesta convenção» e que (2º artigo) estes são garantidos «seja qual for a tua raça, sexo, língua ou religião. Não importa o país onde nasceste, se tens alguma deficiência, se és rico ou pobre». Destaca-se, assim, na óptica dos princípios esta consciencialização que carece sempre de ser assumida como prática em muitos pontos deste mundo. É desta mesma preocupação, e tendo a educação como o tesouro da transformação que, por exemplo, o 2º Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (até 2015) deseja garantir a todas as crianças, de ambos os sexos, o ensino primário universal.
4. Esta foi e é uma viagem sofrida, mas que também não se coaduna, tantas vezes, com o excesso de centralismo de tudo nas crianças… O 10º princípio da Declaração dos Direitos da Criança (1959) sublinha que a criança «deve ser educada num espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universal, e com plena consciência de que deve devotar as suas energias e aptidões ao serviço dos seus semelhantes». Talvez seja necessário repensar – o que está em elaboração contínua – a aposta da educação com as crianças. Há crianças de tal maneira “endeusadas” que dessa forma não crescem nos valores da amizade, da família e do grupo. Também em muitas situações monoparentais como compensação essa instrumentalização do amor cresce. Tempos de mudança social (para onde?) reclamam o repensar educacional (para melhor, familiar).


Editado por Fernando Martins | Domingo, 01 Junho , 2008, 11:16
Mapa da escola do Estado Novo
OS MAPAS

Caríssima/o:

Há neste mundo que nos é dado viver coisas incríveis e inimagináveis ontem quanto mais há sessenta anos; falar de mapas nos dias do GPS! Pois, mas nos nossos tempos de infância mapas eram um luxo; mesmo nas Escolas havia apenas os indispensáveis e tratados como material de excelência e de excepção!
Mancha colorida que alegrava a sala de aula e que, aos mais velhos, permitia “ir “ até ao Brasil, à Alemanha ou à Gronelândia para “ver” onde estavam os nossos pais ou tios, conforme o caso. Guardavam-se e só apareciam quando eram precisos; da nossa parte recebiam todo o nosso carinho mesmo ao tocá-los!
O mapa de Portugal Continental, além do mapa propriamente dito onde estava o tal rectângulo ao alto, apresentava a rosa dos ventos, a escala, sinais convencionais, e outros mapas mais pequenos (“hidrográfico-rios colorido por bacias hidrográficas”, “cura de águas: termas...”, “orográfico”, “do caminho de ferro”, “campos de aviação”) e, bem saliente e com palma, o escudo de Portugal. Num outro, além da carta do Continente, exibia “carta dos caminhos de ferro”, “carta dos distritos” e “carta das estradas”. As serras eram manchas castanhas com o nome escrito por cima e os rios eram traços azuis; bem visíveis, as bandeiras assinalando as batalhas da nossa História.
Depois, o mapa de Portugal Insular e Ultramarino, com Angola e Moçambique bem no centro e, à sua volta, Açores, Madeira, Estados da Índia, Macau, Timor, Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, dispostos aleatoriamente para melhor aproveitar o espaço; este ainda sobrava para um planisfério onde se podia ver todo o Portugal e para gráficos comparativos das respectivas áreas e população.
Outro mapa que era estudado era o Planisfério, com os tais sinais convencionais, a rosa dos ventos e mapa-mundi com a representação das zonas polares...
Mapas nos livros? Sim, poucos, reduzidos mas a preto!
Bem, fiquemo-nos por aqui que nos livremos de um riso incrédulo dos mais novos.


Manuel

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