de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Maio , 2008, 22:38
Foto do jornal do Sporting
O Sporting ganhou a taça de Portugal, no Jamor, derrotando o Porto por 2 a 0. Houve festa entre os sportinguistas e tristeza entre os portistas, que estavam cientes da vitória. No futebol, como em qualquer jogo, a vitória às vezes pende para quem menos se espera. Mas o Sporting, pelo que vi, nos minutos finais, e pelo que me garantiram, mereceu esta taça. Foi um saboroso prémio para a juventude do seu plantel e para a academia de formação de jogadores, donde continuam a sair tantos craques.
Quando saí de casa para a missa, na hora de começar o jogo, alguém me recomendou que rezasse para que o Sporting ganhasse. A minha família é maioritariamente sportinguista. Dos quatro filhos, só um, o mais velho, é que virou portista, sem eu saber como nem porquê. Tenho cá um palpite que ali houve influência do meu pai, de saudosa memória, que era portista.
Claro que não rezei porque não acredito que Deus, lá no céu, se preocupe com o mundo do desporto. Muito menos com o futebol. Não perco muito tempo com futebóis, mas gosto que o Sporting ganhe. E também gostei de ver a alegria de tanta gente. Só tive pena que o meu portista, cá de casa, tenha ficado com um desgosto destes. Que tenha paciência… O Porto não pode ganhar tudo…
Um abraço para os sportinguistas e outro para os portistas. O desporto é isto mesmo.

FM
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Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Maio , 2008, 21:10

Deus é Família Solidária com a Ásia

1. Os séculos da aventura humana foram e são vividos como sentido de «procura». Uma procura que está revestida de desejo de aperfeiçoamento, aos mais variados níveis. Na fronteira de todas as concepções, tudo quanto é humano, a partir da riqueza de sensibilidade, se quer elevar acima da ordem física e tocável das coisas. Neste patamar mais elevado da experiência humana, toca-se o invisível e mesmo o indizível: Deus! Ou melhor, a justa compreensão possível de Deus… Os diferentes e variados livros sagrados, que o mundo não pode esquecer nem ocultar, pois são as grandes mensagens de que também somos fruto todos os dias, apresentam-nos essa diversidade de procuras e de encontros, em que a própria concepção de Ser Humano se vai aperfeiçoando na busca e no encontro do Ser Divino. Mesmo para os mais cépticos, a pergunta sobre «donde brota a esperança humana» faz-nos pensar sobre algo mais, acima de nós: não só um motor dinâmico do universo, é pouco! Mas sim uma concepção unitária e dignificante da vida humana.
2. No necessário e rico diálogo entre todas as concepções culturais e religiosas, mas no esforço de apuramento a partir da qualidade da Revelação, a visão cristã propõe um reparar na grandeza divina a partir da pequenez humana. O Cristianismo vem partilhar e dizer que Deus teve a coragem de assumir a Humanidade, que Ele não se satisfez ficando acima das nuvens, em silogismos filosóficos teóricos ou numa adoração dos astros celestiais, não! Ele, na Sua alteridade (como Outro que é) quis a totalidade e universalidade, vindo ao encontro (como) Humano, dizer-nos que cada pessoa humana tem uma dignidade única, irrepetível, divina. É esse encontro de Deus com o Ser Humano o Natal de todos os dias que quer gerar pontes de conforto, expectativa e esperança.
3. Este passado domingo, celebrou-se, após o culminar da Páscoa cristã, a verdadeira identidade de Deus: é Família! Deus não é solitário. Como Deus é Amor, o amor desdobrado na história constrói-se pelo diálogo, partilha, fraternidade, justiça, paz. Este encontro proporciona-nos o reconhecimento de que o ser humano só é feliz no amor, na beleza, na prática do bem, pois participa da beleza absoluta e infinita de Deus. Neste justo conhecimento de Deus como Família, a Humanidade recebe esse convite: Deus dá o exemplo, é Unidade na diversidade, é Tri-Unidade divina (Trindade). Na identidade própria de cada pessoa (os diversos três rostos da família divina), na unidade essencial que fortalece e multiplica o seu amor super-abundante. A pessoa do Filho (Jesus) veio dizer isto mesmo, corrigindo e aperfeiçoando muitas concepções mais justiceiras do temor dos tempos antigos.
4. Na pessoa do Filho, o Pai da família manifesta todo o seu amor, cada dia e em cada situação na justa medida. Os seres humanos, acolhendo a sua poesia e inspiração na consciência humana são convidados, na liberdade sagrada, à abertura da vivência do Seu Amor, que no hoje histórico se manifesta também para com os povos da Ásia. É bom sentirmos que os Monges tibetanos interromperam as manifestações de protesto contra a China e organizaram campanhas de oração e solidariedade para com as vítimas do terramoto. Que Deus-Família inspire esta bondade com alcance universal!

Alexandre Cruz

Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Maio , 2008, 10:21




Portugal no Mar: Homens que foram ao Bacalhau

Este livro grande da memória é dedicado a todos os homens que foram ao bacalhau. Trata de uma saga fascinante que, de certo modo, simboliza o crepúsculo do “Portugal marítimo” – real ou imaginário. Dando continuidade a um esforço de pluralização das memórias da “grande pesca” no sentido de as tornar menos reprodutoras no plano social e mais abertas do ponto de vista cultural, o Museu Marítimo de Ílhavo tem construído diversos projectos no propósito de inscrever na memória pública rostos e nomes desta extraordinária aventura humana. Este livro-álbum pretende dar uma expressão territorial e aberta, visível e esteticamente exaltante, às memórias da pesca do bacalhau. Como escreveu Santos Graça, a pesca do bacalhau era “áspera, dura, tremenda, quase heróica”, uma verdadeira “epopeia dos humildes”.
Quem eram estes homens?
Sobranceiros ao mito ou meros figurantes das narrativas oficiosas, entre 1935 e 1974, ao todo foram cerca de vinte mil os pescadores que se matricularam na pesca do bacalhau. Ano após ano, durante longos meses de trabalho e lonjura, ausentavam-se das suas terras e famílias para opor à contingência de rendimento das pescarias locais o salário mais certo da “pesca grande”. Muitos deles estão ainda entre nós, de norte a sul do país, em todas as comunidades do litoral e em algumas do interior, dando rosto à maritimidade que por vezes se invoca quando se discorre sobre o destino e o ethos português.

Álvaro Garrido
NOTA: O lançamento do livro será hoje, Dia Internacional dos Museus, no Museu de Ílhavo, pelas 21. 30 horas.

Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Maio , 2008, 10:02



Porto acolhe zona industrial

Quem pensar que um porto moderno apenas serve para proceder a carga e descarga de mercadorias, pescado e pessoas está muito enganado. O Porto de Aveiro tem valências para tudo: Pesca Longínqua e Costeira, Zona de Granéis Sólidos e Líquidos, Terminais de Contentores e Multiusos, entre outros espaços.
Quem chega ao porto não pode deixar de reparar numa zona que acolhe uma montanha de areia, foco de incómodos para a população da Gafanha da Nazaré. Partículas finíssimas invadem, em dias de ventanias fortes (uma característica da região), tudo e todos. Os protestos fazem-se ouvir e tem havido um descontentamento, legítimo, muito grande. Sabe-se que as indústrias e actividades paralelas podem tornar-se focos de poluição. Aqui aconteceu o mesmo, embora a actual APA (Administração do Porto de Aveiro) tenha procurado soluções, no sentido de resolver o assunto. E se é certo que a questão ainda se mantém preocupante, também é verdade que a resolução do problema pode estar a chegar. Assim me garantiu o meu anfitrião nesta visita, Carlos Oliveira, quando me informou que as areias vão ser transportadas para a área entre a Costa Nova e a Vagueira, para impedir o avanço das águas.
Quando isso acontecer, no local do foco de poluição vai nascer uma zona de actividades logísticas, privilegiando a instalação de pequenas indústrias, as quais recebem no porto a matéria-prima, transformam-na, e, de mediato, dali mesmo exportam o que produzem.

FM

Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Maio , 2008, 09:28

OS LIVROS

Caríssima/o:

Quando se falava de livros sem mais adjectivos ou acrescentos era do livro de leitura que se tratava; era único por cada classe: livro da 1.ª classe, livro da 2.ª classe, ...
Já se referiu a grande falta de dinheiro e de poder de compra o que originava que um livro servisse várias gerações de alunos e, por outro lado, fosse a referência das leituras disponíveis.
E o certo é que o conceito de livro era restritivo: os de aritmética, de redacção ... designavam-se “cadernos” - caderno de problemas, ...
Só quando se andava na 4.ª classe havia direito a uma enorme colecção: Gramática, História, Geografia e Ciências, uns livrinhos finos com uma caravela de linhas azuis ou vermelhas na capa; no interior, reinava o preto, quando muito lá surgiam duas cores... Mas quanto saber nas suas páginas!
O formato era uniforme nestes últimos: A5, ou seja o tamanho dos cadernos que se utilizavam. Os livros de leitura das três primeiras classes aproximavam-se do actual A4 o que era uma dificuldade acrescida para algumas das 'sacas' onde se transportavam os pertences escolares. Também estes tinham direito a uma capa de cartão, diziam-se encartonados; para os outros, mais pequenos, a capa era de papel, por vezes um pouco mais forte que o interior ou, quando muito e o que era raro, de cartolina.
Como os livros estavam sujeitos à lei da longa duração, saberão os mais novos qual era a primeira operação quando se recebia um livro pela primeira vez, novo ou emprestado? Algo que hoje já nem se imagina de tal forma caiu em desuso: pôr capas! E logo busca intensa se realizava à procura do papel apropriado e que defendesse o livro do uso a que ia ser submetido. De vez em quando havia acesso ao jornal e uma ou outra folha era guardada para essa finalidade!
E quando uma folha do livro se soltava?
Então iniciava-se o restauro... Mas como se os meios de que se dispunha eram tão escassos que punham à prova a habilidade e o poder de invenção dos artífices?... Colas não havia: recorria-se à farinha de trigo ou mesmo a batata cozida para proceder às indispensáveis colagens. O resultado nem sempre era famoso, mas o objectivo era conseguido: as folhas estavam todas e o livro apto para mais uma safra!... Afinal livro a que faltasse uma ou mais folhas era livro rejeitado... (Onde o mundo da fotocópia?!)
Admiram-se que soubéssemos muito do conteúdo e sejamos capazes de o repetir sem pestanejar? Uma comadre regala-se a declamar as poesias que aprendeu nos seus livros, e como ela o faz com arte e alma!
Para alguns será talvez novidade: assiste-se a uma grande procura desses livros e editoras dedicam-se à sua reprodução. Sinais dos tempos: coleccionismo... e saudade!



Manuel

Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Maio , 2008, 09:22

Novas Oportunidades com receitas antigas!

O semanário "Expresso", deste fim-de-semana, revela que o programa do Governo, “Novas Oportunidades”, emprega trabalhadores precários, com "falsos recibos verdes", e denuncia que há formadores que não recebem o salário desde Dezembro de 2007.
Relativamente aos cerca de 1300 formadores a recibo verde, a própria Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, declarou que "só agora há condições para acabar com esta situação, que foi herdada do passado". Sempre o passado como desculpa!
Quanto aos salários em atraso, Maria de Lurdes Rodrigues revelou que os problemas verificados com o atraso no pagamento dos vencimentos de alguns formadores do programa “Novas Oportunidades” foram originados pela "transição" dos financiamentos para esta actividade governamental.
Nos últimos meses, tenho trabalhado com os ministros do Trabalho e das Finanças para encontrar um solução que permita transformar os recibos verdes em contratos individuais de trabalho", revelou a ministra, acrescentando que "está pronto o diploma".
Perante esta notícia, e outras, que vão dando conta da ineficácia do Estado perante os seus concidadãos, confesso que, por vezes, já não sei o que me espanta ou o que me encanta.
Arranjar desculpas ou justificações para tudo, mesmo para o que não é desculpável, está cada vez mais na moda e já não há pudor nenhum em fazê-lo, sempre que necessário, por parte de qualquer responsável ou dirigente político do país.
Brinca-se com a dignidade e o respeito das pessoas, e sabem que o podem fazer, pois a dificuldade em arranjar um emprego e as situações de precariedade fragiliza-as, obrigando-as, quantas vezes, a terem que calar a revolta que lhes vais na alma.
Por isso, podem-se dar ao luxo de andarem a negociar, durante meses, com um qualquer ministro ou ministério à espera que uma determinada verba ou diploma estejam prontos.
Mesmo que tudo isto possa ser verdade, há que ter responsabilidade e vergonha na cara, para, em situações de excepção, criar normas transitórias, também de excepção, na medida em que, nestes casos, não existem atrasos aceitáveis, muito menos por parte do Estado.
Já bastam os maus exemplos que vêm de algumas empresas privadas.
Contudo, são estes os exemplos que os governantes deste país vão dando aos seus concidadãos, de uma forma fria, insensível e prepotente e a quem, ao mesmo tempo, tudo exigem, a tempo e horas, possam ou não fazê-lo.
O Estado, melhor o Governo, seja ele qual for, deve ser uma pessoa de bem e o primeiro a cumprir as suas obrigações perante os seus concidadãos, para assim ter autoridade moral em exigir-lhes que estes cumpram os seus deveres.
Infelizmente, os anos vão passando e parece que, no essencial, nada muda e o que me preocupa é se alguém, a nível dos próprios órgãos do Estado, não terá já chegado à conclusão que, efectivamente, não vale a pena mudar nada, pois, em caso de dúvida, aplica-se a máxima “quem pode manda” ou, então, diz-se “se não estiver bem, mude-se.”

Vítor Amorim

Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Maio , 2008, 09:12
Na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
A Barra e os Portos da Ria de Aveiro em exposição
Esta quarta-feira, pelas 18 horas, na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), vai proceder-se à inauguração da exposição “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro 1808 – 1932, no Arquivo Histórico da Administração do Porto de Aveiro”.
Patente na Sala de S. Pedro até 14 de Junho, a exposição, comissariada por João Carlos Garcia e Inês Amorim (ambos professores da Faculdade de Letras do Porto), cumpre em Coimbra a primeira etapa de um circuito de itinerância pela Península Ibérica. Etapa que resulta de parceria entre a BGUC, a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), a Administração do Porto de Aveiro e a Câmara Municipal de Aveiro.
Integrada no programa comemorativo do Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro (03.04.1808), é composta por documentos do Arquivo Histórico do Porto de Aveiro, empresa que, segundo José Luís Cacho, Presidente do Conselho de Administração, “decidiu libertar o seu património histórico-documental da clausura que o agrilhoava em inútil penumbra, fomentando-se, a partir de agora, o seu usufruto pela comunidade”.
Nota: Informação recebida do comissariado da exposição

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