de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 03 Abril , 2008, 21:37

À Janela

1. O mundo corre depressa, demais, sem tempo para saborear os momentos, os instantes, os pormenores, ávida. É a nova lei da sobrevivência. A lógica da quantidade invade todos os terrenos que precisam respirar “sentido”, horizonte, para “ser” qualidade. Vivemos muito do tempo em “janelas” de comunicações informáticas, nas novas tecnologias que nos vão (tele)comandando. Um bem extraordinário, mas mais um desafio a saber conviver quanto baste com elas para haver tempo(s) de convivência com aqueles que são a razão de ser da vida, as pessoas... Para não nos deixarmos “afogar” nas “coisas” utilitárias, o autodomínio e a distância crítica serão, hoje, uma alavanca decisiva em ordem a preservar a humanidade da Humanidade.
2. Um dia destes, na nossa cidade, no momento em que o sinal vermelho obriga a parar, reparo num rosto de uma pessoa, de seus 70-80 anos que estava à janela de uma casa. O dia estava de um sol que brilhava, iluminando as ruas e as relações das pessoas. O rosto dessa pessoa idosa, que parecia estar em pé com muleta, era como quem, procurando fugir daquela solidão que “mata”, anseia por uma réstia de luminosidade que seja o sentir a vida da cidade. O semáforo passou a verde, tem de se acelerar, senão uma buzinadela faz assustar os transeuntes do passeio. Uma última olhadela nessa pessoa e, até sempre. Quantas janelas falam solidão pelo olhar de quem ela é o único fio de contacto com a cidade dos vivos! Quantas janelas, do lado de dentro, gritam um silêncio perturbador da inquietação do “não há tempo” para amar a vida dos que nos deram a vida?!...
3. O único remédio parece ser mesmo “remediar”. Os modelos de sociedade, de quando em quando com impulsos que cortam o resto de tempo para conviver, caminham na ordem do pragmatismo alucinante. Este, muitas vezes, dependendo do património de valores, é inimigo da “companhia”, da sensibilidade, do tempo para estarmos mais uns com os outros. Mas também, noutras circunstâncias, quando esse tempo sobra não existe um “coração” afável que saiba cuidar do essencial. Este é o tempo das opções com sentido de humanidade. Quanto mais ampararmos mais seremos amparados... Se não cuidarmos dessa árvores da vida, com afecto, amor e presença, também é essa janela que nos (des)espera. Tem de haver tempo…para que o sol de todos os dias possa entrar por essas janelas de um coração humano!

Alexandre Cruz

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 03 Abril , 2008, 13:35
No próximo sábado, 5 de Abril, pelas 17 horas, vai ter lugar, no Museu Marítimo de Ílhavo (MMI), a assinatura do protocolo de depósito da "Colecção Capitão A. Marques da Silva", que vai ficar exposta, temporariamente, naquele museu ilhavense. Na mesma altura será apresentado o respectivo catálogo.
Segundo o director do MMI, Álvaro Garrido, o depósito e exposição da colecção do Capitão A. Marques da Silva "acrescenta riqueza às memórias materiais da 'faina maior', visto que a maioria das peças permitem ao Museu novos e belos suportes de discurso para as memórias que pretende evocar".


Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 03 Abril , 2008, 11:27


Folgo em saber, pela Rádio Terra Nova, que as obras da Ponte da Barra deverão ficar concluídas no próximo dia 24 de Maio. Isto significa que, no Verão, que vem aí a correr, os moradores e veraneantes já não terão problemas no acesso às praias da Barra e Costa Nova. Há décadas que a ponte estava a necessitar de obras, que garantíssem a segurança de quem por ela passava. Era bem visível uma depressão na estrutura, que na altura denunciei. Depois garantiram-me que não havia perigo, mas sempre restava a dúvida de a ponte ruir, de um dia para o outro. Não conteceu, felizmente. Mas aconteceu na velha ponte de madeira, que ligava o Forte à praia da Barra, e na ponte, de cimento armado, que estabece a ligação da Gafanha da Nazaré a Aveiro.

FM

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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 03 Abril , 2008, 11:03



A Barra de Aveiro vive hoje um dia diferente. Dois séculos de vida não podem ficar esquecidos. Como já neste espaço referi, teremos um dia de festa, com um conjunto de iniciativas dignas de louvor. Sem pretender repetir o que já divulguei, permitam-me que sublinhe a edição e lançamento de um livro, "Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar”, de Inês Amorim, que mostrará a génese e o desenvolvimento do Porto de Aveiro, ao longo destes dois séculos. No entanto, penso que todos, neste dia histórico, podemos e devemos homenagear a Barra de Aveiro, visitando-a e apreciando-a, como ela merece. Em jeito de agradecimento ao que ela representou, e representa, para toda a região. Contudo, os gafanhões, os que lhe estão mais próximos, têm acrescidas razões para olharem a sua Barra, chamada Barra de Aveiro.

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