Após as investigações realizadas, Inês Amorim garante que a abertura da barra teve «um impacte felicíssimo. Os seis anos, de 1802 a 1808, foram tempos duríssimos e, ao mesmo tempo, períodos de paixões, em que as pessoas ora adoravam o engenheiro responsável pela obra, ora o ameaçavam, porque não se podia fazer sal, nem produzir pão, nem navegar. Não se podia fazer praticamente nada». A autora do livro classifica aquela época como «terrível», cheia de dificuldades, mas ao mesmo tempo extremamente rica. Em plenas invasões francesas, em 1808, o Porto de Aveiro tornou-se num ponto estratégico, passando, por isso, a existir apoio por parte do poder central no sentido de prosseguir com a obra. Tal como conta a historiadora, Luís Gomes de Carvalho, engenheiro, chegava a referir-se à abertura da barra como a um segundo dia da «criação».
Inês Amorim,
autora do livro «Porto de Aveiro – Entre a Terra e o Mar», a ser lançado nas comemorações do 3 de Abril de 2008, bicentenário da abertura da Barra de Aveiro.