de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 15 Dezembro , 2007, 15:23
Paquete Athena, em vésperas de partida

Símbolos da história do paquete

Pensando numa viagem?



Decoração de uma "suite"


Comandante num espaço de recepção




Paquete Athena no Porto de Aveiro
prepara-se para mais um cruzeiro


Por amável convite do comandante José Vilarinho, tive o prazer de participar numa visita guiada ao paquete Athena, atracado no Porto de Aveiro. O convite veio à noite, via Net, e logo decidi aceitá-lo, pois é sempre agradável conviver com gente amiga e conhecer um ambiente diferente, onde se proporcionam vivências com mar à vista.
O paquete Athena, com capacidade para 600 passageiros e 230 tripulantes das mais diversas nacionalidades, tem cómodos mais do que suficientes para proporcionar excelentes férias de turismo e de lazer a quem tem possibilidades para isso, estando garantido que até é possível encontrar preços acessíveis.
No Porto de Aveiro está a preparar-se mais um cruzeiro para a quadra Natal e Ano Novo, passando pela Madeira, Canárias e, eventualmente, Norte de África. Será um cruzeiro onde a animação será constante, a par de um serviço de qualidade, prestado por uma tripulação experimentada na arte de bem servir.
Viajando pelo navio, cujo casco data de 1948, tendo passado, até hoje, por sucessivas obras de transformação e adaptação às exigências cada vez maiores dos frequentadores de cruzeiros, gente com alguma disponibilidade económica e com tempo livre para isso, sente-se quanto o conforto dos passageiros é cuidado ao pormenor. A funcionalidade de todos os serviços é fruto do saber feito ao longo dos anos do armador e dos seus funcionários e comandantes, sendo reconhecido que, uma vez dentro do navio, o turista pode considerar-se num autêntico hotel, onde nada falta. Decoração esmerada e trabalho de artistas italianos, a par de mobiliário de bom gosto, são um convite a quem chega.
Para além dos cómodos habituais a quem precisa de uns dias de descontracção, ali vi a Biblioteca (adequada à nacionalidade dos passageiros) e sala com Internet, auditório para cinema e conferências, anfiteatro para espectáculos, salas de jogos e de leitura, pequeno ginásio para manutenção física (pouco utilizado, diz o comandante), piscina, capela ecuménica, lojas variadas e cabeleireiro, “suites” e quartos para vários preços.
O restaurante e os bares, os espaços para estar, a possibilidade de sentir o mar sempre à volta, a garantia de segurança e o prazer de conhecer novos mundos, cidades de gente exótica, capitais de arte e de culturas diversíssimas, de tudo um pouco pode usufruir quem puder passar uns dias num cruzeiro.
O comandante José Vilarinho, que conhece meio mundo, tanto quanto lhe pode oferecer o mar, falou das culturas que os seus olhos e sensibilidade já apreciaram, da arquitectura de terras diferentes, da natureza tão rica, com baleias, golfinhos e outros seres marinhos e aves que cientistas procuram nos cruzeiros do Athena.
Quando o ouvi, nesta visita guiada, orientando-nos para sonhos que muitos não poderão concretizar, lembrei-me daquela frase célebre do nosso Camões, que aqui tão bem se aplica: “Melhor é experimentá-lo que julgá-lo; mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.”

Fernando Martins
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 15 Dezembro , 2007, 15:12




O Natal está próximo e com ele a celebração, de vida e festa, do grande amor de Deus por toda a Humanidade.
“Hoje, na cidade de David nasceu-vos um Salvador, que é o Messias, Senhor” (Lc 2,11).
Palavras fáceis de anunciar e de escutar, a sua mensagem traz, em si mesmo e desde sempre, amplos horizontes de esperança na infinita misericórdia de Deus, ao mesmo tempo que continua a interpelar cada homem quanto ao sentido deste anúncio e o significado que lhe dá no concreto do seu dia-a-dia.
- “Alegrai-vos” – anunciou o anjo aos pastores que guardavam os seus rebanhos, ao relento da noite.
Este convite à alegria, feito a todos os homens de boa vontade, nunca foi tão necessário e urgente como no mundo actual e, aos cristãos, em particular, é feito um imenso e contínuo desafio às razões da sua fé, da sua esperança e do seu amor.
Creio que o grande desafio (e convite) do Natal passa pelo sermos capazes de escutar a mensagem que os pastores de Belém ouviram e deixarmo-nos envolver pelo Presépio da Esperança, para que ilumine a vida de cada um e o envolva na alegria de saber que Deus se fez Homem, para salvação de todos os homens
Uma alegria capaz de encher os nossos lares, os nossos locais de trabalho, as salas onde estudamos, as mensagens que enviamos, os caminhos e as ruas que percorremos e a Igreja em que acreditamos.
Uma alegria feita de empenho e compromisso, em nome dos excluídos, dos injustiçados, dos famintos, dos doentes e de todos os que são vítimas de quantos parecem não querer escutar (ou ignoraram), a mensagem daquela noite, em Belém.
“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Este foi o grande dom que o Senhor nos ofereceu: sermos Suas testemunhas e, pela razão desta graça, termos o empenho e a coragem suficientes para que todos tenham lugar nesta festa da vida que o Natal de Jesus no oferece.
Então, também nós, à semelhança do anjo do Senhor, podemos anunciar: Alegrai-vos, no Senhor! Ele nasceu e habita, para todo sempre, no meio de nós!
Um Santo e Feliz Natal!

Vítor Amorim
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 15 Dezembro , 2007, 14:24


Também no interior do País há realizações culturais estimulantes. A Câmara de Castro Daire, por exemplo, promoveu recentemente um encontro - "Diálogos oportunos" - em que foram debatidas questões referentes ao diálogo inter-religioso e à igualdade de oportunidades.
Quanto ao diálogo inter-religioso, o que ficou mais sublinhado tanto pelo representante do judaísmo como por mim próprio foi a importância do estudo do fenómeno religioso e das diferentes religiões na escola. Em ordem ao conhecimento mútuo e para evitar a irracionalidade e os fundamentalismos.
Foi lá também que Ana Paula Fitas, chamando a atenção para "2007 - Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos", sublinhou os quatro R (em inglês) que deviam animar o ano e o futuro: Direitos (Rights), Representação, Reconhecimento, Respeito.
Portugal tem uma das melhores legislações sobre esta problemática. Veja-se o artigo 13.º da Constituição: "Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual."
Mas não basta legislar. Os direitos encontram a sua realização nas práticas sociais. Têm de concretizar-se na rua e nas instituições. Aliás, quantos conhecem verdadeiramente os seus direitos?
Quanto à representação, é preciso que se torne efectiva na sociedade em geral. As minorias têm de ter espaço para exprimir-se. É preciso que todos reconheçam os outros enquanto iguais e diferentes. Há sempre focos de discriminação - pense-se na roupa de marca ou no local de residência.
Ao falar do reconhecimento, somos levados a tomar consciência de como excluímos os pobres, os idosos... As nossas sociedades de consumo, hedonistas, determinam o que se não pode ser: pobre, velho, gordo, feio, e, implícita ou descaradamente, todos eles vão sendo discriminados.
O pior mesmo é ser pobre e velho. E aí está uma razão para eu me não regozijar particularmente com a notícia de que colégios católicos ficaram nos primeiros lugares no ranking das escolas. Não nego a importância da boa gestão, de professores competentes, exigentes e cumpridores. Mas, depois, o custo das propinas vai de 300 a 400 euros mensais. Quem é o pobre que pode pagar? Não devia haver um sinal cristão nesses colégios? Por exemplo, uma percentagem de alunos pobres pagos por um imposto a cobrar aos pais ricos...
Os idosos não podem ser metidos em guetos. Tanto eles como os deficientes têm de ter lugar e voz no espaço público. Precisamos, todos, de aprender a conviver com a diferença.
O respeito - a etimologia da palavra é muito interessante: do latim respicere, que significa olhar para trás, voltar-se para olhar - é esse olhar para os outros como olhamos para nós, tratando-os como queremos que nos tratem: como iguais e diferentes.
Trata-se assim de acabar com as discriminações e as suas causas, radicadas nas representações sociais. Discriminações por causa do sexo - embora o cristianismo proclame a igualdade radical de todos os seres humanos, as mulheres continuam discriminadas também na Igreja católica; por causa da raça - os negros são discriminados; por causa da idade - são apenas os velhos que são discriminados? E quando se coloca nos anúncios o limite de idade para um emprego?; por causa de deficiências - os deficientes continuam discriminados; por causa da orientação sexual - pense-se nos homossexuais; por causa da religião - pense-se na islamofobia, por exemplo.
Embora a época natalícia se tenha transformado numa escandalosa feira alienante de negócios e consumo, não se deveria esquecer que o Natal de Jesus é o Natal do Homem. Deus manifestou-se na humanidade frágil de Jesus Cristo, e agora todos os seres humanos deveriam saber da dignidade divina de ser Homem, que não tolera discriminações e obriga a agir eficazmente para superá-las.

Anselmo Borges
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