de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 07 Dezembro , 2007, 23:20


NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

Caríssima/o:

Sem contar, mas com muito gosto, a sombra da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, ao Marquês, no Porto, voltou a ser para mim doce refrigério e um momento de agradável reencontro. Contrariamente ao que é habitual, desta vez fui levado pela mão de uma filha...
Já lá não ia há muito! Depois de por ali andar durante vinte anos, eis que dou por mim a contar vinte e cinco que passaram desde que pela última vez me sentei na Cripta desta Igreja! Mas foi reconfortante palpar o amor a Nossa Senhora da Conceição que a todos os que lá estávamos nos aquecia.
Tratava-se da apresentação de dois livros em que se canta a Imaculada Conceição, no ano em que se comemora o 60º aniversário da sua Igreja.
Porém, sem ninguém dar por isso, esgueirei-me da sala e pulei para o Esteiro Pequeno para ver e ouvir os morteiros que os mordomos da festa lançavam nesta quadra em que muitas vezes o céu era de chumbo e a luz do foguete era brecha rasgada no escuro!
Que me perdõem D. Carlos Azevedo, P. Rúbens, Dr. Seisdedos e todos os outros e outras, não foi por mal esta escapadela! Acreditem que terminei essa noite a meditar nas linhas finais deste livro:
«Cada cristão, pelo testemunho recebido [de Maria], pode interrogar-se e construir a sua própria vida. Maria é mãe de todo o cristão que nasce para a fé e se dispõe para a entrega à dor e à alegria de um amor criador.»
E ainda ressoa dentro de mim o último apelo:
-Alegrem-se!

Boa festa de Nossa Senhora da Conceição!

Manuel
FOTO: Nossa Senhora da Conceição. Escultura gótica alterada por vários restauros; tradicionalmente terá sido adquirida em Inglaterra e oferecida pelo Condestável Nuno Álvares Pereira, primeiro donatário de Vila Viçosa, a esta igreja então chamada de Santa Maria do Castelo. D. João IV coroou esta imagem, proclamando Nossa Senhora da Conceição Padroeira de Portugal.
In "As mais belas igrejas de Portugal"

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 07 Dezembro , 2007, 18:53

«DO LIVRO DOS SALMOS»


Do livro dos Salmos nasce o livro de Mário Castrim. Um testemunho, mais próximo e fiel, para muitos desconhecido, da sua ligação ao transcendente. “Do Livro dos Salmos” é o nome da obra que oferece uma visão mais íntima do escritor conhecido por muitos como um crítico de televisão e com “opções e ideologias diferentes”, aponta à Agência ECCLESIA, Alice Vieira, escritora e esposa de Mário Castrim.
Na realidade a obra nasceu há 13 anos, apesar do seu recente lançamento. Na origem está a colaboração que Mário Castrim manteve com os Missionários Combonianos, para a revista Audácia, uma ligação iniciada em Março de 1993.
Da leitura dos salmos, “da sua interpretação porque os sabia quase de cor”, foi re escrevendo poemas sobre os salmos.
No desejo de o ver publicado, Mário Castrim chegou a entregar o livro à editora, afirmando que a edição seria inteiramente dedicada aos Missionários Combonianos. A vida não permitiu acompanhar a publicação.
“É um livro muito bonito”, afirma sem qualquer desculpa a sua esposa de quase 40 anos. Para quem não o conheceu bem, “será uma surpresa”, admite Alice Vieira, que relembra a posição do seu marido “em desacordo com a hierarquia”, mas “católico”. Esta será uma oportunidade para as pessoas “terem uma ideia mais completa da sua pessoa”.
Alice Vieira descreve um livro de grande fervor, com uma “grande ligação ao divino”. Será esta a grande surpresa, assegura.


Leia mais na Ecclesia
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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 07 Dezembro , 2007, 16:46








"EU SOU CAMINHO, VERDADE E VIDA"
A Gafanha da Nazaré tem nova estátua. Jesus Cristo, que todos os gafanhões bem conhecem, de terem ouvido falar d'Ele ou de O sentirem nas suas vidas, está agora, em estátua, junto à capela mortuária. Gravada no seu coração está uma legenda bíblica e muito expressiva, que todos também conhecem: "Eu sou caminho, verdade e vida". Tive o prazer de passar por ali, com máquina fotográfica, no momento certo. O registo aqui fica.



Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 07 Dezembro , 2007, 11:39



Hoje acordei com vontade de manifestar a minha gratidão à televisão, a caixinha mágica que mudou o mundo. Simplesmente por saber que há muita gente que a tem por companhia única em horas e horas de solidão.
Todos os dias chovem críticas contra os programas que as diversas televisões apresentam. Por esta ou por aquela razão, todos os cronistas da comunicação social têm nela uma muleta para alimentarem os seus escritos. A par dela, só o Governo. Mas temos de convir que muitas vezes as críticas são injustas. Isto não significa que fiquemos calados perante aquilo de que não gostamos. No fundo, as críticas bem alinhavadas, até são úteis. A partir delas, há sempre quem procure melhorar o que faz.
Há dias, em conversa com um idoso, daqueles que vivem numa solidão que será difícil de suportar, ele dizia-me que o que lhe vale é a televisão. Com ela, sente-se com alguém que o ajuda a olhar o mundo e a tocar, quase, nos seus ídolos, nas pessoas que admira, nos artistas, no povo… “Se não fosse a televisão, já imaginou o que seria a minha vida, sem ninguém com quem conversar?”, adiantou-me o meu amigo… E logo explicou: “Vejo futebol, vejo telenovelas, vejo filmes, vejo espectáculos, vejo reportagens, enfim, corro o mundo!”
Pois é verdade. Afinal, a televisão, onde muitos vêem quase tudo errado, ainda presta um serviço social nem sempre quantificado, substituindo-nos, na grande maioria das vezes, nas visitas aos que vivem sós.
Por isso, a minha (ou a nossa?) gratidão à televisão…

FM
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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 07 Dezembro , 2007, 10:34
Tiago Margaça venceu
Prémio Ariane de Rothschild

Tiago Margaça, um jovem artista plástico da Gafanha da Nazaré, com 26 anos de idade, venceu o Prémio Distinção, em pintura, na terceira edição do Prémio Ariane de Rothschild, promovido pela delegação portuguesa do Banque Privée Edmond de Rothschild Europe.Como prémio, Tiago Margaça recebe uma bolsa de estudo, com a duração de três meses, na Slade School of Fine Arts, de Londres, na Inglaterra.
Fonte: Correio do Vouga
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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 07 Dezembro , 2007, 10:12


Vou partir da paróquia para que a recomendação do Papa seja melhor compreendida. A paróquia, que é ainda uma instituição importante na Igreja, tornou-se uma realidade muito diferenciada e complexa. No meio urbano, ela mostra que falar de limites de território é estar fora do tempo. Nos meios de transição e de mobilidade, por razões de trabalho e outras, ela perde identidade. Nos meios rurais desertificados, é uma memória sem sonhos nem projectos.
Há dezenas de anos, as dioceses com muitos padres criavam paróquias para os ocupar. Não se pensava em ajudar outras que os não tinham. Ir para as missões implicava sair da diocese e o padre dizia ao bispo que se ordenara para a sua diocese e não para outras.
Nos meios urbanos, a crescer demograficamente, a solução mais normal foi criar novas paróquias, sem uma reflexão que as tornasse operativas já no tempo que corria. Nasciam com o destino traçado de serem o que outras sempre foram, com alguma cosmética de imaginação e cheiro de juventude. Mas, por vezes, já nasceram velhas.
Se a solução de “um novo estilo de organização” começar pela paróquia, o diagnóstico da realidade é tão simples, como inconsequente. Neste país de dois palmos, há zonas populacionais onde faltam paróquias, zonas onde elas abundam, apesar de mortas, zonas intermédias, em que nem se sabe bem quem são os paroquianos. O resto pouco conta.As últimas sondagens à prática dominical mostram que, mesmo em zonas não urbanas, a igreja da paróquia já não é pólo de atracção para alguns paroquianos ainda residentes.
Exigências canónicas e planos pastorais da Diocese passam até agora pelas paróquias. Porém, em muitos casos, não passam de facto. A ferrugem do tempo sedimentou formas de individualismo pastoral, hoje sem qualquer futuro. A mobilidade, ainda que apenas verificada e lamentada, gera cristãos que, se ainda cumprem o preceito dominical, não têm qualquer vínculo comunitário. Não se sentem bem na sua paróquia da residência, porque não vão lá. Não são da paróquia ou da igreja onde vão, dos religiosos ou outra, porque não residem lá e não querem nada que os prenda. Apenas laços de amizade pessoal ou mesmo nenhuns. Numa Igreja, Povo de Deus e Comunhão responsável, isto não chega.
Muitas paróquias já são pouco mais que instâncias canónicas obrigatórias para actos de jurisdição paroquial: baptizados, comunhões solenes, confirmações, processos de casamento, funerais… Mesmo assim, o sistema de licenças pagas para transferências e de excepções aceites para lugares especiais, como colégios e santuários, debilita ou mata a vida comunitária ainda possível, e deixa as pessoas, no presente e para o futuro, sem raízes e referências visíveis e sensíveis. O anonimato nunca responsabiliza.Deste modo, torna-se difícil a formação cristã de adultos, continuada e diferenciada.
Quando as paróquias, e são muitas, pouco ou nada oferecem de válido neste campo, os que não se resignam a ser apenas cristãos rotineiros e ignorantes procuram noutros espaços eclesiais o alimento da sua fé e do seu compromisso apostólico. Será este o caminho? Em tempo de reflexão e de procura não se pode excluir nenhuma hipótese válida.A paróquia estará então condenada a desaparecer? As instituições seguem as leis da vida. Renovar não é matar, sem mais, mas também não é cedência, de modo habitual e acrítico, a situações que empatam e impedem uma renovação necessária e urgente.
Onde se justifica a paróquia, e justifica-se ainda em muitos casos, ela e o seu responsável devem ter consciência de que, por mais apetrechados que estejam, necessitam de integração complementar em novas formas e espaços pastorais, que melhor sirvam a vida e potenciem a acção da Igreja. Estruturas intermédias alargadas tornaram-se necessárias, porque a vida e as relações das pessoas passam-se em espaços novos e abertos. Equipas eclesiais arciprestais e vicariais, unidades pastorais comunitárias, novos modos de servir e assistir os fiéis, podem e devem ser caminho renovador. Se for só o clero a procurar este caminho, depressa ele se tornará velho. Os leigos são mais sensíveis às mudanças que interpelam a Igreja. Sofrem-nas mais. Há que ouvi-los, interrogar-se em comum, e decidir solidariamente.

António Marcelino

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