de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 03 Dezembro , 2007, 22:05

Neste Advento e Natal de 2007, como Organizações Católicas de apoio aos Imigrantes, queremos, enviar uma mensagem de paz e esperança, de alegria e solidariedade a todos os homens e mulheres do nosso país, solidarizando-nos com todos, mas, de uma forma muito especial, com todos os que, devido a circunstâncias adversas nos seus países de origem, escolheram ou se viram forçados a escolher Portugal para viver e trabalhar.
Vivemos tempos difíceis! As situações de crise económica, política e social repercutem-se, cada vez mais, na vida concreta das pessoas, e manifestam-se de maneira especial, na falta e precariedade de emprego e, por consequência, num maior empobrecimento de grande parte da população, fazendo aumentar os conflitos sociais, originando vagas de migrações que buscam, longe das suas terras, os meios para viver com o mínimo de dignidade.
A situação actual de crise económica afecta todos, mas especialmente os pobres e com mais força os imigrados, frequentemente em situação irregular e precária, sendo explorados, sem direitos efectivos e sem esperança. Nós, porque conhecemos directamente a realidade dos imigrantes, queremos partilhar com todos e de uma forma especial com os cristãos, pistas para reflexão e partilha afim de que na nossa caminhada de Advento possamos criar atitudes que, face ao fenómeno das migrações, nos ajudem a viver um Natal centrado no mistério da explosão de alegria surgida em Belém com Jesus, o imigrante por excelência, que integrou a história da humanidade.

Fórum de Organizações Católicas de Apoio aos Imigrantes (FORCIM)
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 03 Dezembro , 2007, 20:23




O Forte da Barra, em dia de Outono frio e húmido, não deixou de ser agradável à vista. Passei por lá e registei estas imagens que partilho com todos, em especial com os emigrantes que daqui partiram para um dia voltarem às origens.


Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 03 Dezembro , 2007, 17:03


Hoje celebra-se o Dia da Pessoa com Deficiência. Para recordar que os deficientes existem e que têm direitos. Se pensarmos bem, todos nós temos, de alguma forma, uma qualquer deficiência. Mas não me refiro a esses, os que, por exemplo, têm de usar óculos para poderem ver melhor. Refiro-me aos que estão mais limitados para viverem no dia-a-dia. São esses que precisam que os tratemos como pessoas de pleno direito, embora carentes de infra-estruturas para se movimentarem com naturalidade. E para viverem dignamente.
Há, em Portugal, e decerto no mundo civilizado, instituições vocacionadas para apoiarem a pessoa com deficiência. E aí, se muitos de nós quisermos, poderemos contribuir para facilitar o mundo aos que estão nessa situação.
Há sempre algo que poderemos fazer pelos outros. Quem sabe se amanhã não seremos nós a precisar.
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 03 Dezembro , 2007, 14:20


TÃO ANTES DO TEMPO QUE…

1. Não esquecemos uma história, já lá vão uns cinco anos, numa grande superfície comercial da região. Lembramo-nos que era o dia 7 de Novembro e os locais de comércio estavam a ser engalanados para a chamada quadra comercial natalícia. Nesta história real, havia um avô, uma mãe e uma criança. Três gerações diferentes diante do mesmo acontecimento. O choro da criança era a todo o custo o pedido exigente à mãe para lhe comprar aquele brinquedo. Ela, talvez para conseguir acomodar a situação, parecia na disposição de fazer a sua vontade… Entretanto, intervém o avô, guardião da tradição, com um chavão que gravámos na memória: “não, o Natal é só em Dezembro!”
2. O “século” que vivemos vai elegendo o comercial acima de tudo, já nem se conseguindo um domingo à tarde (em certas quadras) que seja para estar em família, conversar, passear ou descansar. A concorrência aberta, bom sinal no sentido pluralista, não havendo “bela sem senão”, faz do chegar primeiro o lema de todas as casas. E com o passar dos anos vem-se ampliando toda a antecipação de tudo, em que quando se chegam aos dias festivos já pouco faz sentido. Saturação. O “mágico” das quadras especiais, como o Natal, vai-se diluindo pelo tempo fora… Que bom seria que esses mesmos valores correspondentes (ao menos da tradição) também fossem passando, mas parece que quanto a esses o Pai Natal Comercial abafa, este tornou-se dono e senhor.
3. O homem do saco vermelho já há muito que anda por aí, e até vai tendo direito a entradas triunfais como se ele merecesse toda a adoração. Em vez de “amor e paz” a sua palavra mágica é “prendas”e mais “prendas”, num ter que se gasta e vai arrefecendo o tão essencial calor humano da ternura dos gestos sensibilizantes. É um facto. E se os grandes têm a distância crítica de quem sabe a origem e o sentido do Natal (e em que os gestos calorosos são o seu prolongamento festivo), já aos pequenos, predominantemente, pelo que vemos, pouco lhes interessa alguma mensagem. E mais, de tanta sobrecarga de prendas e coisas tanto antes do tempo, quando chegar o dia nada tem sentido, nada tem valor.
4. Este ano a meados de Setembro começou a “vender-se” Natal. Para o ano, será em Agosto? Pela quantidade das coisas vamos perdendo o calor dos gestos... Verdade? Exagero? Os vindouros serão o que “lhes damos” hoje. Seja o AMOR o presente mais dado. Não estraga, é gratuito, tem todo o futuro e representa mesmo o verdadeiro Natal! Até nesta mensagem da “memória” os avós são tão necessários.

Alexandre Cruz

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