de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 04 Novembro , 2007, 18:26



O Pantanal, região paradisíaca do Brasil, tem mesmo paisagens de sonho. E as suas gentes, segundo penso, devem ser pessoas puras, como puros são os horizontes que encantam os nossos olhos. Amigo radicado no Brasil teve a gentileza de me sugerir que apreciasse este recanto brasileiro. Já apreciei. Aqui fica a minha partilha.
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Editado por Fernando Martins | Domingo, 04 Novembro , 2007, 11:43

O REGRESSO AOS VALORES

1. Têm crescido as notícias, de norte a sul, que nos mostram a insegurança em que vivemos. Das ruas públicas às escolas de todos, também esse “medo” vai registando casos de preocupante violência gratuita, a que poderemos juntar a marginalidade e como causas a desestruturação de muitas famílias, a ociosidade e a pouca esperança (espelhada nas médias de separações…) que paira mesmo sobre as novas famílias. Uma novíssima configuração social vai emergindo, mais ao sabor das pragmáticas urgências diárias que de um “plano” sonhado e idealizado que rasgue no horizonte uma sábia esperança que sabe aprofundar e amadurecer as convicções de VIDA em que se alicerçar.
2. Aos “vazios” que, mais dia, menos dia, sempre geram descompromissos e instabilidades nas sociedades, as respostas dos sistemas sociais estão aí. Estão a ser “hoje” multiplicadas as legislações em todos os quadrantes, dos estatutos e regulamentos às normativas legais decretadas; para alunos, professores, trabalhadores, condutores; na rua, na estrada, na praça, no hospital, na escola… Há dias veio da OCDE mais um daqueles relatórios europeus que nos deixa a pensar; a infeliz conclusão é que somos os mais desconfiados da Europa. Afinal, toda esta carga de legislação fiscalizante (que alternativa?) acaba por ser a confirmação dessa desconfiança. E como se mais legislação fosse sinal de mais estabilidade!
3. Se as respostas sociais são marcadamente no plano das consequências (do mal já feito ou do mal a evitar), eis que só poderá estar mesmo a chegar o tempo em que apostemos na iluminação POSITIVA de tudo, pois é na raiz da árvore que estará a garantia do bom fruto. Fale-se mais do regresso aos (e dos) Valores Humanos, das atitudes pessoais e comunitárias que nos realizam como pessoas e cidadãos; fale-se, pela positiva, dos deveres humanos como plataforma sustentável dos direitos; vença-se o “tanto faz” e perca-se o receio de proclamar os princípios e os valores fundamentais e estimulantes sobre os quais dar raiz e sentido à vida a ao bem comum; veja-se o compromisso, a responsabilidade, a ética, o “dever”, a pontualidade, o rigor…como elementos bons, gratificantes e óptimos para o SER e para rumarmos ao futuro melhor que sempre desejamos (mas pouco alimentamos).
4. Só os Valores Humanos, apreciados, apre(e)ndidos e acolhidos darão os frutos de uma sociedade mais segura, mais confiante e mais esperançosa, porque mais humana. Os valores serão essa aposta no “cavalo certo” da raiz; as leis e codificações, necessárias como regulação…, mal vai quando elas se tornam importantes demais. É sinal de que os valores da liberdade andam meio perdidos... Regressemos a essa fonte original dos valores, reconhecendo e promovendo o valor dos Valores. Valorizam-se as (necessárias) normativas legais… e a correspondente aposta (essencial) nos Valores? (Falamos dos Valores Humanos dignificantes, daqueles que vencem o subjectivismo, que em todo o tempo e lugar são o princípio e a sustentabilidade da vida, da sociedade, de tudo!)

Alexandre Cruz

Editado por Fernando Martins | Domingo, 04 Novembro , 2007, 11:37
Egas Moniz


A GRADE DE OURO E A FONTE

Caríssima/o:

Certamente que vais ler e não tens qualquer reacção; é normal, mais lenda menos lenda...
Então vamos à leitura que no final contextualizo esta introdução:

«Decerto que Avanca – rica em episódios protagonizados por mouras encantadas, bruxas e lobisomens – é a freguesia do concelho de Estarreja onde se notam mais as marcas das tradições lendárias. Mesmo assim é a pátria de um dos espíritos científicos mais destacados deste país, Egas Moniz, Prémio Nobel da Medicina em 1949.
Na noite de S. João, por exemplo, que continua a ser condignamente comemorada, diz-se que aparecia uma bela grade de ouro no fundo do Poço dos Chavões, junto às Chousinhas, no lugar do Rio Gonde, exactamente onde o leito é mais profundo. Pois a lenda fazia anotar que para a retirar das águas importava conseguir-se o auxílio de uma junta de bois. E estes bois deveriam ser negros. E poderíamos perguntar se a grade ainda lá está, e neste caso como é que não há notícia de quem quer que seja se tenha habilitado à sua extracção do rio, e se a principal escusa será a falta de bois negros nas redondezas! Ou será que já a levaram?
Também no lugar do Fojo situa-se a Mina da Água Nova, também conhecida por Mina dos Nove. A lenda foi passada a escrito pelo cónego Julião Pires Valente Figueira, quando tratava da origem e história da família dos Juliões, de cuja árvore genealógica ele era um dos mais notáveis rebentos. Tire-se cópia da lenda, com a devida vénia:
“António Valente Figueira (lavrador do Outeiro da Bandeira)... Os seus vizinhos, porém, continuavam a colher pouco por não terem água abundante para os seus terrenos, penúria que muito o magoava e procurou remediá-lo estudando um pequeno charco existente algumas dezenas de metros acima do poço da sua mina. Verificada a probabilidade de alguma coisa se conseguir, tratou de estudar a directriz do rego e de entender com os donos dos prédios atravessados em que não encontrou dificuldades de maior.
Ele mesmo, com os seus criados, tinha feito algumas sondagens no charco, sempre animadoras, e acrescentando-as mais, verificou que uma bela nascente estava ali apenas a dois metros de profundidade, isto é quase ao sol. Dias depois chamou os vizinhos e com toda a sua gente de trabalho, para lá se dirigiram todos com grande satisfação, levando à frente uma junta de bois jungidos a um arado. Chegando e verificados os trabalhos já feitos, principalmente pelos vizinhos das terras subjacentes, que nem o charco conheciam, cujo rego de derivação iam começar a abrir, ele mesmo, pondo as mãos na rabiça do arado, no meio da admiração entusiástica expandido a sua alegria, lá foi manobrando o arado precisamente ao local onde a água procurava atravessar a mina já então existente.»
[V. M., 91]

Lida e não vos disse nada?!
Pois quando passei os olhos por cima do texto e encontrei o nome “António Valente Figueira” dei um salto na cadeira... Já o nome do cónego Julião me deixou de orelha guiada, mas aquele outro... é nem mais nem menos o avô de Manuel Joaquim Tavares Valente, mais conhecido por Manuel Passarinha que por sua vez é bisavô de nossos filhos!
Bem, mas fiquemos por aqui, que prometo continuar, se Deus nos der vida e saúde!

Manuel

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