de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Outubro , 2007, 14:19
PAPA LEMBRA AS CRIANÇAS

O Papa Bento XVI assinala este Dia Mundial da Alimentação com um olhar especial sobre as crianças, defendendo o “direito de todos os seres humanos à alimentação”.
Numa mensagem enviada ao director-geral da FAO, o Papa lamenta que os esforços levados a cabo em todo o mundo não tenham permitido diminuir “significativamente” o número de pessoas atingidas pela fome.
A mensagem enviada a Jacques Diouf faz uma referência especial à situação das crianças, “primeiras vítimas desta tragédia que sofrem pela falta de desenvolvimento físico e psíquico”.
Na celebração do Dia Mundial da Alimentação, dedicado este ano ao tema “O Direito à Alimentação", Bento XVI aproveita para ligar o drama da fome ao respeito pelos Direitos Humanos, frisando que os dados disponíveis mostram que a falta de alimentos não está ligada apenas a causas naturais, “mas sobretudo a comportamentos humanos e a uma deterioração geral de tipo social, económica e humana”.
Segundo o Papa, “é necessária uma consciência de solidariedade que considere a alimentação como um direito universal, sem distinções nem discriminações”.

Fonte: Rádio Renascença

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Outubro , 2007, 11:51
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


A agenda diz-me que hoje é o Dia Mundial da Alimentação. E porque é uma agenda do nosso País e para a classe média alta, recomenda que devemos evitar açúcares, gorduras, óleos e aditivos.
É natural que haja cuidados com a alimentação, tanto mais que há muitas doenças que resultam do consumo imoderado de certos produtos, feitos a gosto dos nossos apetites. E dos nossos olhos. Afinal, o homem é o único animal, dizem, que come com os olhos. É, então, importante comer com moderação, optando pelos produtos mais saudáveis. Bom apetite, apesar de tudo. Amanhã direi por que motivo a nossa moderação até pode ter uma finalidade bem útil e importante.
Já agora, aprenda a calcular o índice de Massa Corporal, dividindo o seu peso, em quilos, pela sua altura ao quadrado, em metros. Se o resultado estiver entre 18,5 e 24, parabéns.
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Outubro , 2007, 11:03


Alargar (ou limitar) o debate europeu?


1. Aproximam-se dias importantes para o projecto europeu. 50 anos depois do Tratado de Roma (já ineficiente no nova Europa) procura-se a todo o custo a assinatura de algo, de documento, de um tratado com linhas comuns. De uma ideia de Constituição “chumbada” pela França e Holanda, nestes últimos tempos o receio é tanto que se procuram ler mesmo em novas nomenclaturas essa esperança continuadora do inédito percurso europeu pós-guerra.
2. Mas talvez o maior de todos os problemas continue a ser a distância das comunidades locais em relação ao sonho europeu. Quando os votos nos possíveis referendos europeus derivam (ou não) do estado da situação económica, dos custos ou dos benefícios, tal facto demonstra-nos bem em que critérios temos andado. Dir-se-á que já no princípio assim era: o carvão e o aço, como permutas geradores de “laços” que ao menos evitassem a guerra como solução dos problemas.
3. O assunto (europeu) anda, mais que nunca, a ser lidado com pinças. A tal ponto que, de receio em receio, o “lema” norteador é mesmo evitar referendos, não venham estes a desiludir as expectativas. Neste contexto, por défices anteriores de explicar a Europa aos europeus, será que chegámos a uma situação em que o melhor será fechar, silenciar, limitar o debate europeu? Quase como uma operação clínica, qualquer distracção pode ser fatal. Os tempos actuais são de ansiedade, mas, melhor seria que ao longo dos tempos passados se tivesse conseguido alargar, efectivamente, o debate europeu.
4. O mundo precisa de uma Europa viva, com ideias, muito para além de um afirmado “racionalismo” (este hoje já quase sem razão, asfixiado na tecnologia); a Europa precisa de se repensar à luz do mundo e dos seus valores constitutivos. Nestes estarão tanto um pluralismo inclusivo de visões dignificantes como a constatação de matrizes que ergueram esta forma de democracia. Não será o esvaziamento de si mesmo que dará a capacidade acolhedora da diferença de pensamento e de modo de vida. Na Europa da dignidade humana, por ilusão ou confusão (no entendimento do que significa “pluralismo”), por medo ou pré-conceito, temo-nos esvaziado, quase esquecendo (pluralmente) donde vimos.
5. Claro, neste terreno pantanoso (pela “rama”), é tanto mais difícil saber para onde vamos. Ainda assim, continuará a ser histórico o caminho europeu; mas será tanto melhor quanto mais cedo se “escancarar” um debate aberto de uma Europa social e existencial no Séc. XXI. Parece que por agora este debate antropológico continua a ser adiado; o que se procuram são mesmo as assinaturas, não ideias que saibam ser unas e plurais. Pena, mais uma oportunidade adiada (?)!

Alexandre Cruz

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