CLIMA, O PROCESSO!1. Por estes dias um senador americano, Ernie Chamberes (do estado de Nebraska, EUA), apresentou um processo criminal contra “Deus”. A razão deste processo aberto no condado de Douglas é que, no pensar do jurista, “Deus” é o culpado pelas tragédias climáticas, tais como “inundações, furacões horríveis e terríveis tornados”. Nas terras do tio Sam em que tudo é possível, vem dizer, também, este processo, que a liberdade americana não tem limites, tendo mesmo a capacidade de apresentar um processo de tribunal contra “Deus”, esperando o jurista receber a resposta divina. (Há gente para tudo!)
2. Felizmente que este ridículo – tanto científico como teológico (na percepção sobre quem é Deus e sobre o que é a liberdade humana) - é facilmente destronado pelos comprovados dados científicos e (não sendo tal decisivo) mesmo pela opinião pública informada. O recente mega-inquérito da BBC em 21 países (a 22 mil pessoas) revela forte apoio popular no combate ao aquecimento global, sendo que a grande maioria sublinha ser preciso agir já e em escala global. A maioria das pessoas acha, assim, que o ser humano na sua ingerência é o responsável, não podendo os decisores (ainda que…) ficar de braços cruzados.
3. As verdades fundamentais não dependem nunca de inquéritos. Ainda assim, na base da razão e do bom-senso, o pensar colectivo hoje, felizmente, é de encarar a realidade, não desculpabilizando para outrem aquilo que é da responsabilidade humana. Bom seria que esse senador americano, em maturidade (humana, científica e teológica), não atirasse para a “serpente” aquilo que é determinado pela nossa liberdade (responsável ou não). E se ele fosse conversar com George W. Bush para “abrir” o entendimento do chefe de estado mais poluidor?! Assim não há condições!
4. Nestes dias o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, põe dezenas de chefes de Estado e de governo a debater estas questões na cidade cómoda de Nova Iorque. Não sabemos lá como estará o tempo, se chove granizo, vendaval ou não! Mas que o clima seja de decisão ambiental. Só ela compensa, só por aí teremos futuro. Não será preciso, sequer ver as verdades de All Gore para concluirmos que todos temos de mudar este paradigma de (sub)desenvolvimento ambiental. Quanto mais tarde, pior! (Vai doer mas terá de ser!)