de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 27 Setembro , 2007, 12:40

EXEMPLO PARA TODOS NÓS

“Aos 99 anos, o cineasta mais prestigiado do país continua a ter talento e vigor suficientes para produzir filmes que sustentam a ovação do público e o aplauso da crítica. Ao propor a candidatura da sua mais recente criação, Belle Toujours, aos Óscares, o Instituto do Cinema e do Audiovisual nada mais faz do que celebrar a sua arte. E o seu exemplo.”

In PÚBLICO de hoje
:
Quando muita gente muito mais nova do que o mais idoso cineasta vivo e em plena actividade se queixa por tudo e por nada, remetendo-se a um fazer nada doentio, o exemplo de Manoel de Oliveira tem de ser olhado com respeito e admiração.
Continuar a fazer filmes de qualidade, no pleno uso das suas capacidades artísticas e de inteligência, com quase um século de vida, manifesta uma grande força de viver, um grande amor à arte de que é mestre há muitas décadas e um prazer enorme em nos estimular a segui-lo, em qualquer canto e área profissional, social, religiosa, cultural e artística em que nos situemos.
FM
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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 27 Setembro , 2007, 11:45
CLIMA, O PROCESSO!

1. Por estes dias um senador americano, Ernie Chamberes (do estado de Nebraska, EUA), apresentou um processo criminal contra “Deus”. A razão deste processo aberto no condado de Douglas é que, no pensar do jurista, “Deus” é o culpado pelas tragédias climáticas, tais como “inundações, furacões horríveis e terríveis tornados”. Nas terras do tio Sam em que tudo é possível, vem dizer, também, este processo, que a liberdade americana não tem limites, tendo mesmo a capacidade de apresentar um processo de tribunal contra “Deus”, esperando o jurista receber a resposta divina. (Há gente para tudo!)
2. Felizmente que este ridículo – tanto científico como teológico (na percepção sobre quem é Deus e sobre o que é a liberdade humana) - é facilmente destronado pelos comprovados dados científicos e (não sendo tal decisivo) mesmo pela opinião pública informada. O recente mega-inquérito da BBC em 21 países (a 22 mil pessoas) revela forte apoio popular no combate ao aquecimento global, sendo que a grande maioria sublinha ser preciso agir já e em escala global. A maioria das pessoas acha, assim, que o ser humano na sua ingerência é o responsável, não podendo os decisores (ainda que…) ficar de braços cruzados.
3. As verdades fundamentais não dependem nunca de inquéritos. Ainda assim, na base da razão e do bom-senso, o pensar colectivo hoje, felizmente, é de encarar a realidade, não desculpabilizando para outrem aquilo que é da responsabilidade humana. Bom seria que esse senador americano, em maturidade (humana, científica e teológica), não atirasse para a “serpente” aquilo que é determinado pela nossa liberdade (responsável ou não). E se ele fosse conversar com George W. Bush para “abrir” o entendimento do chefe de estado mais poluidor?! Assim não há condições!
4. Nestes dias o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, põe dezenas de chefes de Estado e de governo a debater estas questões na cidade cómoda de Nova Iorque. Não sabemos lá como estará o tempo, se chove granizo, vendaval ou não! Mas que o clima seja de decisão ambiental. Só ela compensa, só por aí teremos futuro. Não será preciso, sequer ver as verdades de All Gore para concluirmos que todos temos de mudar este paradigma de (sub)desenvolvimento ambiental. Quanto mais tarde, pior! (Vai doer mas terá de ser!)

Alexandre Cruz

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 27 Setembro , 2007, 10:04
UA: Dia da Bênção dos Finalistas



ESTUDANTES PRECISAM DE SER BEM ACOLHIDOS

Já lá vai o tempo em que havia um certo divórcio entre os estudantes da UA e a cidade. Gente nova que vinha para Aveiro e que não recebia da população o acolhimento que merecia. Por alguma indiferença de ambas as partes e porque muitos alunos, com as suas irreverências, perturbavam, de algum modo, o quotidiano das pessoas, sobretudo durante a noite. Hoje, que eu saiba, tudo está mais normalizado, havendo um bom relacionamento entre os aveirenses e os estudantes que vêm de outras regiões do País e até do estrangeiro.
Criaram-se estruturas universitárias e outras que programassem a integração de quem chegava, e Aveiro habituou-se a sentir que a UA era uma mais-valia para cidade. Até a Igreja Católica, numa visão clara da sua missão de acolher bem o migrante, construiu um espaço de raiz, o CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), para acolher quem, de alguma forma, possa sentir-se um pouco desenraizado.
Nesta altura em que a UA inicia mais um ano lectivo, penso que nos fica bem olhar, no dia-a-dia, com simpatia e estima os estudantes que optaram pela universidade aveirense. E se pudermos ajudar quem sente algumas dificuldades na integração, tanto melhor.

FM
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