Escola, pais e filhos
1. Esta é uma relação fundamental. Sem ela o processo educativo ficará a meio do caminho. Mas, a par de tantos outros factores, devemos ainda, nos nossos dias, corresponsabilizar as sociedades civil e da informação e comunicação (hoje global). Todos estes actores, seja na escola pública ou privada, na sua intervenção essencial, revelam-se decisivos para uma coerência (e convergência) interna em ordem a conseguir passar uma mensagem que da “instrução” agarre o todo da pessoa em processo de “educação”.
2. Particularmente, desperte-se para a necessária mudança de mentalidade (que muitos pais ainda têm sobre a escola/educação) de que isso de “educar” é coisa entregue à escola, tal como a formação pessoal mais profunda (mesmo espiritual) está entregue ao local onde se deixam os filhos. É certo que os novos contextos sociais, mesmo tecnológicos a par da sublinhada “falta de tempo”, desafiam grandemente a missão dos pais em educar. Por isso mesmo, e por todos os motivos que se possam apresentar, cada vez mais torna-se imprescindível a sua presença e persistência neste ideal.
3. Pais e educadores atentos e com interesse para com os seus filhos e educandos, especialmente nos anos da formação inicial, representam hoje o segredo de uma vida futura com sentido (pessoal e social), capaz de posterior intervenção cívica. Todo o esforço na educação representa, para cada casa como para cada comunidade, o maior tesouro, na certeza de que “um dia” colhe-se os frutos da atenção cuidada ou os males do desinteresse de quem só vai buscar as notas ou é “parte do problema”.
4. Mesmo com os ansiosos e naturais contextos de dispersão sempre presentes, com o novo ano escolar, seja renovado todo o compromisso de convergência no sentir que cada gesto e cada palavra é um irrepetível “semear” de princípios, critérios e valores. Nesta tarefa, conhecermo-nos (Escola, Pais e Filhos) é a estrutural rampa de lançamento!... Apesar de tudo, haja (o Ser e o) Tempo, é essencial!
Alexandre Cruz