de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 30 Junho , 2007, 14:29


BENTO XVI
DEFENDE DIÁLOGO
COM AS
AUTORIDADES CHINESAS




Bento XVI, com sentido sobrenatural e com uma linguagem eminentemente pastoral, se dirige a toda a Igreja que está na China. A sua intenção não é a de criar situações de atrito com pessoas e com grupos particulares: ele, mesmo pondo em evidência certas situações críticas, o faz com muita compreensão devido aos aspectos contingentes e pelas pessoas envolvidas, apesar de recordar com extrema clareza os princípios teológicos. O Papa deseja convidar a Igreja a uma mais profunda fidelidade a Jesus Cristo, lembrando a todos os católicos chineses a missão de ser evangelizadores no actual contexto concreto do seu País.
O Santo Padre observa com respeito e com profunda simpatia a história antiga e recente do grande Povo chinês e renova, uma vez mais, a disponibilidade para dialogar com as autoridades chinesas, ciente de que a normalização da vida da Igreja na China pressupõe um diálogo franco, aberto e construtivo com as Autoridades.
Bento XVI, assim como o seu Predecessor, João Paulo II, está também firmemente convencido de que tal normalização oferecerá uma inigualável contribuição para a paz no mundo, criando assim um marco insubstituível no grande mosaico da convivência pacífica entre os povos.
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 30 Junho , 2007, 12:03

HÁ QUEM CULTIVE
O PRAZER DA MALEDICÊNCIA


Nas democracias, sobretudo nas mais maduras, é normal haver respeito pela liberdade de cada um, liberdade essa que não invade a liberdade dos outros. Também é óbvio que o direito de opinião deve ser respeitado. Acontece, porém, que muita gente pensa que, por respeito a esses direitos, cada um pode dizer e fazer o que quer e o que lhe apetece, mesmo com ofensas gratuitas e brincadeiras de mau gosto.
Tenho dificuldade em aceitar e em viver num clima desses. Criticar o que está mal, apontar erros e avançar com propostas para uma vivência democrática mais sã e mais justa está muito certo. Mas será que isso implica a ofensa, a calúnia, a mentira, o boato e a pura má-língua?
Portugal vive, de há meses a esta parte, um clima impensável para uma democracia decente e respeitadora dos mais elementares direitos dos cidadãos. Por tudo e por nada, correm na Internet as mais aberrantes calúnias e as anedotas mais estúpidas e ofensivas das pessoas. Quando as pressinto, atiro-as logo para o lixo. Mas sei que há muita gente que adora difundi-las, só pelo prazer de cultivar a maledicência. Paralelamente, há mensagem lindíssimas e informações oportunas, que dá gosto ler e meditar.
Agora as brincadeiras de mau gosto têm vindo ao de cima, envolvendo membros do Governo. Processos judiciais e demissões estão na moda. Não sei se será mais grave isso ou permitir que esse ambiente continue, criando instabilidade nos departamentos estatais. Nas empresas privadas não há tempo, decerto, para atitudes semelhantes, que eu saiba.
Gente a acusar-se mutuamente de forma torpe, não estará correcto. Pactuar com ela, também não. Cá para mim, tudo isto só é possível por haver quem, em vez de trabalhar, passa a vida com mexericos, alimentando ataques pessoais e guerras partidárias.
Quando os políticos da UE se instalarem por cá e quando começarem a olhar para este clima de brincadeira pegada, com que ideia ficarão dos portugueses?

Fernando Martins

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Editado por Fernando Martins | Sábado, 30 Junho , 2007, 05:44
A PACIÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO
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Sou do tempo das missas em latim, com o celebrante de costas para a assembleia. Isto aconteceu na Igreja Católica durante séculos, por razões que não importa agora recordar. Imagino que o Espírito Santo teve, durante esse tempo todo, uma paciência incrível para segurar o povo dentro das igrejas, à espera que os celebrantes acabassem de ler e dizer uma frases em latim, que quase ninguém entendia. Entretanto, as pessoas iam tendo a percepção de que era importante orar e, pelo sim pelo não, lá iam rezando o terço até à bênção final. Quando eu era garoto, nem homilias havia com regularidade na Gafanha da Nazaré.
Depois do concílio Vaticano II, convenci-me de que as eucaristias, nas Línguas das gentes com quem e para quem eram celebradas, jamais deixariam que desenterrassem o latim para as liturgias comunitárias e dirigidas ao povo. Pelo que sei, ainda há católicos saudosistas desses tempos. Há tempos alguém falava-me da importância do mistério que representava a missa em latim.
O Santo Padre, que agora aprovou a possibilidade de serem celebradas missas segundo o rito anterior ao Vaticano II, possivelmente até em latim, estará a admiti-las, certamente, para casos especiais ou para grupos restritos ou, provavelmente, para celebrações com participantes de várias nações. O pior, a meu ver, será se a moda pega e se, por tudo e por nada, alguns sacerdotes se convencem de que as missas em latim são mais bonitas e mais misteriosas, e também, por isso, com mais capacidade para aproximar as pessoas de Deus e dos irmãos. Cá para mim, espero que a moda não pegue. Já imaginaram estarmos a participar numa eucaristia, sem percebermos nada do que o celebrante está a dizer?

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Sábado, 30 Junho , 2007, 05:38


Missas no Rito antigo
estão de volta


A Santa Sé anunciou oficialmente que Bento XVI aprovou a utilização univer-sal do Missal promulgado pelo Beato João XXIII em 1962, com o Rito de São Pio V, utilizado na Igreja durante séculos.
Segundo o comunicado divulgado esta manhã, representantes de várias conferências episcopais estiveram reunidos no Vaticano com o Papa, durante uma hora, para falarem do "Motu proprio" de Bento XVI sobre esta questão. A reunião foi presidida pelo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano.
O Rito de São Pio V, que a Igreja Católica usava até 1962 e que foi substituído pela liturgia do "Novus Ordo" (Novo Ordinário) aprovada como resultado da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, é assim aprovado para uso universal. O Papa estende a toda a Igreja de Rito Latino a possibilidade de celebrar a Missa e os Sacramentos segundo livros litúrgicos promulgados antes do Concílio.
A publicação do documento de Bento XVI, que será acompanhado por uma "longa carta pessoal do Santo Padre a cada Bispo", está prevista para os próximos dias.
Esta aprovação universal significaria que a Missa do antigo Rito poderá ser celebrada livremente em todo mundo, pelos sacerdotes que assim o desejarem, sem necessidade de autorização hierárquica de um Bispo.
Os livros litúrgicos redigidos e promulgados após o Concílio continuarão, contudo, a constituir a forma ordinária e habitual do Rito Romano.
O Rito resultante da reforma litúrgica conciliar instituía uma nova forma de celebrar a missa que revogava, não o uso do Latim, mas o uso do anterior Rito de S. Pio V. O "Novus Ordo" tem também uma versão em Latim.

Fonte: Ecclesia
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