de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 20 Junho , 2007, 21:43
OUTROS ARES,
OUTRAS PRIMAVERAS
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Graças à gentileza da conterrânea e amiga Teresa Calção, algures nos Estados Unidos da América, publico hoje algumas fotos suas, expressamente enviadas para a rubrica Ares da Primavera. É bom saber que há sempre alguém com vontade e gosto de partilhar sentimentos e emoções com os cibernautas amantes da beleza. Este meu espaço está aberto a todos, desde que venham pela positiva. Um abraço para a Teresa, com votos de que continue, com toda a família, a gozar o prazer de sentir saudades da terra natal e amigos.
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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 20 Junho , 2007, 20:26
Contador indo-português
PORTUGAL ABRE EM WASHINGTON
O COFRE DOS DESCOBRIMENTOS



Com os títulos, em epígrafe, muito felizes, do PÚBLICO de hoje, Portugal vai mostrar em Washington, EUA, obras-primas da museologia universal, dos tempos em que o nosso País deu cartas ao mundo. Com os descobrimentos portugueses, Portugal protagonizou a primeira globalização, dando novos mundos ao mundo. O Presidente da República, Cavaco Silva, honrou, com a sua presença, a exposição, que vai atrair, decerto, muitos milhares de estudiosos, curiosos e simples apaixonados pela arte da época áurea da nossa história. São 250 obra de arte de mais de 100 museus.
A propósito deste acontecimento, refere o PÚBLICO, Jay Levenson, director do programa internacional do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, disse que “Os portugueses estabeleceram uma rede fenomenal de entrepostos comerciais que funcionou como um mecanismo para a produção de novos tipos de objectos artísticos”. E acrescenta: “Em África, como na Índia ou no Japão e na China, os portugueses encomendaram obras de arte para o mercado europeu. Portugal estava realmente na vanguarda da criação da arte multicultural.”
Ora, é importante que se saiba que muitas peças dessa arte estão, habitualmente, nos museus de Portugal, quantas vezes ignorados pelos nossos compatriotas. Compatriotas que, muitas vezes, passam por todo o lado, menos pelos museus.

Fernando Martins
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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 20 Junho , 2007, 10:33
PURO ESPÍRITO DE ASSIS
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Estava na Torre da Basílica de Assis. Faltavam cinco minutos para o início e ainda não havia circuito com Lisboa. Era uma transmissão directa da Radiodifusão Portuguesa. Outubro de 1986. No largo das arcadas estava o Papa João Paulo II. Acompanhei-o na subida a pé pelas ruas estreitas de Assis, com outros responsáveis de Confissões Religiosas. Fiz, na altura, as contas e calculei em 3 mil milhões os crentes ali representados. Numa oração pela Paz. E recordo cada prece que se elevou de Assis ao Deus Universal para que os homens acertassem duma vez por todas com a porta santa da paz. João Paulo II não se sentiu nem superior nem inferior nesse encontro. Foi o seu congregador e teve a aceitação do mundo desejoso de Paz. Mesmo dos que não se encontravam muito bem com o nome de Deus mas O procuram nos sinais que os humanos podem captar e transmitir.
Afinal conseguiu-se ligação. E nunca mais esqueço a transmissão de vozes e gestos que se elevaram em tons, ritmos, ritos, cores, evocativos da policromia cultural e religiosa do nosso planeta. E nem por um momento se pareceu com babilónia de religiões ou mistura anódina de credos. Tudo foi cristalinamente iluminado pelo sol poente no Vale da Umbria, com uma espécie de encontro da poeira fina da terra com o sol magnificente, de todos, no poema miraculoso de Assis.
Recordo também 2002, pouco tempo depois do 11 de Setembro, com João Paulo II muito mais envelhecido e doente, e com uma violenta tempestade sobre a celebração de Assis. Wojtila repetiu o gesto, presidindo ao rito comum duma lâmpada de azeite acendida pelo representante de cada Confissão Religiosa.
Em 2007, no Oitavo Centenário da conversão de S. Francisco de Assis, na sequência de João XXIII e João Paulo II, Bento XVI, em peregrinação espiritual lembrou a “intuição profética” de João Paulo II, considerando-a um “momento de graça”. E lançou um apelo veemente: “que cessem todos os conflitos armados que ensanguentam a terra, se calem as armas, e, em todo o mundo, o ódio dê lugar ao amor, a ofensa ao perdão, a divisão à união”. Puro espírito de Assis.

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