de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 05 Maio , 2007, 16:34
VAMOS TODOS MELHORAR
OS NOSSOS CORAÇÕES?

A este dia, associamos logo a ideia de cuidar do nosso coração, com uma alimentação sadia e um estilo de vida adequado, isto é, sem stresse, sem ansiedades, sem emoções fortes. Raramente lhe associamos a ideia de um coração bondoso, sensível aos sofrimentos dos que nos rodeiam, aberto à solidariedade e à cooperação, disponível para a alegria da partilha. Pois é isso que eu hoje e aqui quero lembrar, se é que queremos construir um mundo de paz e de harmonia, onde cada ser humano seja amado e considerado, mas também livre para viver o belo, o bem e a bondade, rumo a uma sociedade justa e fraterna.
Precisamos, no tempo que nos é dado viver e para além dele, de corações que cultivem a compaixão pelos que sofrem, de corações atentos aos marginalizados, de corações sensíveis aos outros, em especial aos desiguais, aos que não comungam dos nossos ideais, aos que experimentam outros valores, aos que se sentem sós. Vamos todos, neste dia e sempre, melhorar os nossos corações?


Editado por Fernando Martins | Sábado, 05 Maio , 2007, 12:48

FAROL COM O SEU SORTILÉGIO
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Desde a infância que o farol me seduz. Há nele um não sei quê que me atrai e me faz voar à cadência da sua luz que alarga horizontes a perder de vista. O sortilégio que dele se desprende, em dias de bruma ou de sol radioso, como o de hoje, vem da sua altura e do seu domínio, que se estende por toda a laguna aveirense. Mesmo de serras mais ou menos longínquas, ele pode ser visto, tornando-se para o viajante um desafio constante.
Por tudo isso, não resisto a fotografá-lo quando com ele me cruzo, quase todos os dias.

Editado por Fernando Martins | Sábado, 05 Maio , 2007, 10:40
Filho de peixe sabe nadar





MESTRE ADELINO PALÃO


Lá diz o povo que “filho de peixe sabe nadar”… Este provérbio aplica-se bem à vida do Mestre Adelino Palão, a quem dedicamos neste mês de Maio a rubrica “A Nossa Gente”, motivadas pelas comemorações do Dia do Pescador (31 de Maio). Neto do grande Arrais Palão e filho de Adelino Vieira (também conhecido por Adelino Palão), homem que passou a sua vida no mar, vinte e sete anos na pesca do Bacalhau à linha e dezassete como Mestre de traineira, o nosso Mestre Adelino Palão herdou naturalmente o gosto pela vida marinheira.
O mais novo de quatro irmãos e o único barão, acompanhava por isso sempre o pai nas viagens ao Mar. Aos seis anos já tinha corrido toda a costa portuguesa. Tal era o gosto, que algumas vezes, fugindo às aulas, se escondia a bordo da traineira, aparecendo só quando o barco estava ao largo, conta, com um largo sorriso de alegria que a sua primeira paixão foi o Mar.
Aos 23 anos comprou o seu primeiro barco, “Jessica”, e foi assim que, com mais dois sócios, pescou amêijoa, robalos, pregados, linguados e todo o peixe que a nossa costa oferecia. Conta Mestre Adelino que levou alguns sustos nessa época, fruto do fulgor da idade e das afrontas que muitas vezes fazia ao Mar, que teimava em não respeitar. Mas lá se foram entendendo e aprendeu não só a respeitá-lo mas a amá-lo e a admirá-lo… e a “Jessica” deu origem a outro barco, “Jesus nas Oliveiras”. Passados dois anos, com a morte inesperada de seu pai, viu-se pela primeira vez a trabalhar sozinho, mas, à custa de muito sacrifício, o velho deu origem ao novo “Jesus nas Oliveiras”. Este foi, para Mestre Adelino, a realização de um sonho – ter um barco novo neste percurso de pesca.
Desde os 21 anos que Mestre Adelino gere o seu negócio, começando por empregar 14 pessoas. Actualmente são já 23, apesar de todas as intempéries que têm caído sobre a pesca e sobre todos que dela vivem. “Os maus momentos só são superados pela grande estabilidade e amor de uma família e de uma esposa dedicada que nos acolhe, acarinha e renova forças para todos os dias voltarmos a enfrentar o dia-a-dia com determinação e coragem”, partilha Mestre Adelino em jeito de desabafo.
O barco do Mestre Adelino Palão percorre toda a costa portuguesa, desde Viana a Portimão, passando pela Povoa do Varzim, Matosinhos, Aveiro, Figueira da Foz, Nazaré, Peniche, Sesimbra e Sines, pescando sardinha, a prata do mar, e arrecadando imensas histórias para contar.
O mar tem sido para Mestre Adelino o tempero que lhe dá força e tenacidade. Só assim se justifica ter conseguido resistir às mudanças a que este país tem assistido no sector da pesca, e ser ele o único pescador de traineira no Porto de Aveiro (nesta Terra que o viu nascer), acostado em regra no Porto de Pesca Costeira localizado na Gafanha da Nazaré.

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Fonte: "Viver em", da CMI


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