de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 11 Março , 2007, 16:35

Religiões e teologia:
libertação e sentido


William Temple, arcebispo anglicano, definiu o teólogo de modo mordaz: uma pessoa muito sensata e sisuda que passa toda uma vida mergulhado em livros e que tem a pretensão de dar respostas exactíssimas e precisas a perguntas que ninguém põe.
Quem estudou teologia sabe que, infelizmente, esta definição nem sempre é puro sarcasmo.
Juan José Tamayo é um dos muitos teólogos que tomaram consciência de que se impõe um novo paradigma teológico, buscando os horizontes a partir dos quais a teologia cristã tem de reflectir, se quiser manter-se fiel ao duplo pólo que deve animá-la: a experiência bíblica de libertação e a nossa experiência actual de mundo na busca de sentido e de salvação.
Procura-se um "Novo Paradigma Teológico para Outro Mundo Possível", dentro de horizontes teológicos novos como resposta aos novos desafios.
O horizonte intercultural implica a passagem da cultura única ao pluralismo cultural e, concretamente, da inculturação da teologia, que continua ainda a manter os princípios e as categorias teológicas da cultura dominante, à elaboração de uma teologia intercultural, que assuma o diálogo entre culturas baseado na igualdade.
O horizonte inter-religioso requer a passagem da religião única à elaboração de uma teologia ecuménica das religiões para a paz, a partir das vítimas e com a praxis de libertação, que não é assunto de uma religião, mas de todas.
O horizonte hermenêutico é a chave de toda a teologia, implicando a passagem da mera exegese dos textos sagrados a uma teologia toda ela hermenêutica enquanto procura de sentido, na nossa experiência de mundo.
:
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Editado por Fernando Martins | Domingo, 11 Março , 2007, 13:05

“ORIGEM PROVÁVEL
DO NOME DA GAFANHA”

Caríssima/o:

“Passou-se um ano, e os comer-ciantes de Aveiro já se atrevem a trazer e levar produtos à terra dos gafanhos, como dizem. Passado pouco tempo já dizem que vamos à “Gafanha” e assim fica...”

Tudo parece tão simples como isto e é tão fácil escrevê-lo ou afirmá-lo, com toda a naturalidade (ou com todo o fascínio da magia da bruma do tempo ou da imaginação...).

Mas, na realidade, esta palavra “Gafanha” tem feito correr muita tinta...

Há um estudo interessante de Mons. João Gonçalves Gaspar e que, para além da sua opinião, faz um apanhado crítico de tudo o que de válido se tem escrito. Pode encontrar-se no “Boletim Cultural” da Gafanha da Nazaré, n.º 2, 1986, ano 2, pgs. 15 ss. São seis densas páginas onde vai desenrolando as teorias de Padre João Vieira Resende, Pinho Leal, Américo Costa, Dr. Joaquim Tavares da Silveira, prof. Doutor José Leite de Vasconcelos, Padre Manuel Maria Carlos,..
E apresenta um quadro resumo que, com a devida vénia, vou tentar transcrever:

“ETIMOLOGIAS

GADANHA -> GAFANHA DO JUNCO -> GAFANHA

GAFAR (IMPOSTO) -> GAFANHA (LUGAR ONDE SE PAGA)

GAFO -> GAFANHA (LUGAR DE GAFOS)

GAFENHO OU GAFANHO -> GAFANHA (TERRA GAFADA)

GAFANHA (MULHER DE AVEIRO DESTERRADA)

GAFANHO (ANIMAL SALTÃO) -> GAFANHA

GAFANO -> GAFÂNIA -> GAFANHA

GALA + FÂNIA -> GALAFANHA -> GAFANHA”.


Parece que satisfaz várias curiosidades e tendências...
Como todos vemos, a questão é muito simples e quase apetecia dizer como o 'outro':
- É só olhar e escolher!

Então boa escolha!


Manuel

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