de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 07 Março , 2007, 20:58
CAVACO SILVA LEMBRA A IMPORTÂNCIA DO RIGOR, DA IMPARCIALIDADE E DA QUALIDADE DA PROGRAMAÇÃO

Ao falar na cerimónia comemorativa dos 50 anos das emissões regulares da RTP, o Presidente da República, Cavaco Silva, lembrou que a prestação do serviço público de televisão é uma tarefa que traz, para os seus trabalhadores, “especiais exigências de rigor, de imparcialidade e de qualidade da programação".
Sendo certo, a meu ver, que a RTP tem melhorado significativamente com a actual administração, liderada por Almerindo Marques, será bom recordar que esse facto não a dispensa de continuar a garantir a qualidades dos programas, sem entrar nas guerras de audiências, que podem levar a enveredar por caminhos da banalidade e de baixo nível artístico.
Importa, no entanto, sublinhar que também está nas nossas mãos contribuir para que isso aconteça, avançando com as nossas sugestões e propostas, mas ainda com as nossas críticas construtivas.

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 07 Março , 2007, 19:10

Modernidade e conservadorismo,
direitas e esquerdas

Um dos direitos assumidos pelo laicismo no campo da política é ter tornado esta uma instância sem apelo, com o direito de se assumir como a mais lúcida classificadora da realidade social. Fá-lo à revelia da sua missão de um serviço a todos, construindo muros que dificultam a comunicação entre eles e abrindo valas que tornam difícil uma expressão livre de pluralismo e de uma legítima diversidade de critérios e valores.
Desta frenética actividade classificativa surgiu a nomenclatura de direitas e de esquerdas, acantonando-se pessoas e instituições nestes redutos arbitrários. Dada a matrícula original do laicismo, a Igreja foi arrumada nas direitas, também apodadas de conservadoras. Progressivo, aberto, moderno têm lugar cativo no palco das esquerdas.
Foi, assim, sintomática a reacção eufórica do primeiro-ministro, na noite em que se contaram os votos do referendo, ao proclamar que “Portugal opta entre a modernidade e o conservadorismo”. A apoiar as palavras do chefe, surgiram declarações em catadupa: a Igreja foi a grande derrotada, a sua influência no povo português tinha terminado, o norte conservador votara “não” e o sul progressista votara “sim”… Algumas destas afirmações, por descabidas, tiveram que se engolir logo no dia seguinte. Não faltaram comentadores de renome, serenos e lúcidos, a mostrar como emoções não são sempre razões. Ninguém da Igreja se defendera. Desta, só alguém insofrido não consegue conter-se e as afirmações feitas não justificavam nem comentários, nem resposta.
A Igreja, com maior sabedoria do tempo e mais reflexão com conteúdo, nunca alinhou e ainda menos usou a classificação de direitas e esquerdas, típicas dos partidos políticos, que, à falta de ideias que os identifiquem, vão-se arrumando em espaços anódinos. Cores não traduzem valores, e até se descoloram quando os espaços conquistados não são respeitados e a identificação de cada um se torna tarefa inconsistente, dúbia e atrevida.Se esquerda quer dizer abertura ao social e não só, vemos em partidos, ditos de esquerda, atitudes e posições reaccionárias, que pararam no tempo, e já só sustentadas por mentes encarquilhadas. Se esquerda quer dizer ajuda séria a pessoas em dificuldade, esta ajuda aparece mais vezes de circunstância e de favor e a cobrar créditos, que gesto de motivada e bem explicada solidariedade. Se por esquerda se entende abertura a caminhos novos, por onde se pode caminhar agora e no futuro, não faltam, vindos dessas bandas, atalhos mal amanhados, a servir para o cortejo festivo de notáveis, que nunca mais voltarão a passar por aí, porque a lama disfarçada num dia, continua lá, e gente importante e instalada em interesses não suja, de bom grado, os pés na lama.
Nada mais inconsistente que a classificação arbitrária de direitas e esquerdas, de modernos e conservadores. A Igreja, porque é para todos e, apesar dos limites e falhas dos seus membros, ontem e hoje, sabe naquilo que acredita e o que defende, não se dobra a conveniências pagas com emoções nem a ameaças, nem teme os epítetos que lhe atiram para cima, destituídos de cola e que depressa caem envergonhados.
Quem quiser servir a comunidade e não os seus interesses pessoais, partidários e de grupo, tem de respeitar, acolher, integrar no conjunto, pessoas, valores, formas de participação legítima. Tem de se esclarecer culturalmente. De contrário, faz apenas de pirotécnico de fogo de vista, em arraial nocturno e concorrido. Os atrasos de que padecemos têm, na sua causa, muitos culpados, por acção e omissão. Porque não é nem será de direita ou de esquerda, a Igreja não se furta aos juízos da história. Nem sempre soube aproveitar o terreno aberto, tendo à mão boa semente. Mas reconhece-o, di-lo e procura caminhos de conversão. Coisa que os políticos, mormente os do poder, sempre com razão, impolutos e infalíveis, jamais andarão por caminhos de pecadores.

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 07 Março , 2007, 11:36

BICENTENÁRIO DA BARRA DE AVEIRO

Comemorações iniciam-se a 3 de Abril com conferência ibérica "Qualidade Global dos Portos" é o tema em debate no pontapé de saída de um vasto programa de comemorações que se estende por ano e meio, até Setembro de 2008. Portos de Gijón e Barcelona integram painel de oradores e Ana Paula Vitorino, Secretária de Estado dos Transportes, preside à sessão de encerramento da conferência.

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Ver programa




Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 07 Março , 2007, 11:12
www.capuchinhos.org





CAPUCHINHOS LANÇAM A WIKIBÍBLIA

Os Capuchinhos apresentam na sua página oficial na Internet (www.capuchinhos.org) a WikiBíblia, que disponibiliza aos visitantes o texto completo do Novo Testamento e vários comentários à Escritura. Em breve, estará disponível o texto do Antigo Testamento
"Com a publicação da WikiBíblia, Bíblia Sagrada na Internet, acreditamos estar a dar mais um passo para que a Palavra de Deus esteja acessível a todos", referem os Capuchinhos, responsáveis por boa parte da dinamização bíblica no país, com destaque para o trabalho feito desde 1955, com a fundação da Difusora Bíblica e da revista Bíblica.
Embora os textos da Bíblia Sagrada e respectivas notas e introduções não possam ser alterados, no futuro, poderão, eventualmente, ser enriquecidos com imagens, mapas, esquemas ou mesmo artigos de apoio e estudo feitos individual ou colectivamente por pessoas convidadas.


Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 07 Março , 2007, 10:34


CAIXA MÁGICA QUE ALIMENTA SONHOS

A RTP faz hoje 50 anos. Foram e ainda são 50 anos de magia que nos alimentaram sonhos lindos.
Com ela, vimos novos mundos, antes talvez nunca imaginados, cal-correámos caminhos nunca andados, conhecemos pessoas encantadoras, assistimos a acontecimentos únicos no sossego dos nossos sofás.
Com ela, participámos em espectáculos deslumbrantes, vimos artistas que nunca poderíamos ver ao vivo, conhecemos outros de vários quadrantes que enriqueceram a vida de todos nós, vibrámos com jogos de todo o mundo, de todos os clubes, de todas as modalidades desportivas.
Culturas, artes, gentes e paisagens, teatro e cinema, música e bailado, ginástica artística e desportiva, e outras artes, sensibilidades, colóquios e debates para minorias e maiorias, cerimónias religiosas, e tantas magias que nos ensinaram e que valorizaram a nossa maneira de pensar e de agir, num mundo cada vez mais globalizado.
Com ela, porém, também vimos guerras em directo, entre povos e países, lutas políticas em que pessoas se ofendiam em vez de dialogarem. Ainda espectáculos degradantes e ofensivos da dignidade humana, coisas sem pés nem cabeça, engraçadas umas e ridículas outras. O balanço, no fundo, é muito positivo.
Enfim, nestes 50 anos, a RTP fez parte integrante das nossas vidas. E vai continuar porque dia a dia sentimos que está no caminho certo, sem ter que se preocupar com guerras de audiências, sem compadrios políticos ou outros. Independente de poderes, sejam eles quais forem.
Parabéns à RTP e a todos os seus trabalhadores.

Fernando Martins

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