de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 28 Fevereiro , 2007, 11:10
Sorri!
Sorri sempre
Ainda que o teu sorriso
Seja triste…
Porque mais triste
Que o teu sorriso triste
É a tristeza
De não saber sorrir!...



In placard de uma clínica

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 28 Fevereiro , 2007, 11:05
Ainda a questão do aborto


DEMOCRACIA INFANTIL


Os Partidos políticos dividem muito os portugueses. É lógico. Diferentes maneiras de ver e viver a coisa pública, variadas concepções do mundo, diversas posições face à justiça social. Apesar de tudo isto, que é indiscutível, penso que há situações político-sociais que merecem ou deviam merecer algum consenso. Mas não foi o que aconteceu, perante os resultados do referendo sobre o aborto. Os Partidos da esquerda parlamentar marginalizaram ou ignoraram os do centro e direita, apesar das sugestões do Presidente da República, no sentido de haver o entendimento possível, para se evitarem divisões entre os portugueses, na hora da preparação das leis adequadas. E até marginalizaram os deputados do centro-direita, que apoiaram o "SIM".
Os portugueses que somos são assim, numa demonstração clara de infantilidade democrática, onde o diálogo é quase impossível, quando devia ser sempre possível. Isto não quer dizer que tenha de haver consenso em todas as circunstâncias. Não sou utópico. Mas acredito que é a conversar que os homens e mulheres do nosso tempo se têm de entender. Só ganham se souberem e quiserem dialogar sobre o que a todos diz respeito, como é o caso do aborto.
É óbvio que é legítimo fazer coligações ou estabeler acordos com quem nos apetece, por ser esse um direito individual ou de grupos. Mas não me parece certo fazê-lo tão ostensivamente como nesta situação foi feito.
Claro que o “SIM” ganhou e que a legislação que se segue tem de respeitar essa opção dos portugueses, a grande maioria dos quais nada terá a ver com a doutrina da Igreja Católica a esse respeito. Mas será que os do “SIM” terão mesmo que ignorar todos os outros? Penso que não. Mas também penso que muitos das actuais gerações no poder não têm espírito de diálogo, de partilha de opiniões, de capacidade de lutar por consensos. Vieram de tempos em que o diálogo era muito complicado ou inexistente e estão marcados por esse clima. Vejam a maneira como falam ou discursam no Parlamento. Parece que estão permanentemente zangados com tudo e com todos.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 27 Fevereiro , 2007, 14:18
Alegada «descoberta» da sepultura de Cristo retoma polémicas sobre Madalena e a ressurreição

“O TÚMULO DE JESUS”

Depois da grande "revelação" sobre a vida de Jesus, trazida por Dan Brown no seu "Código da Vinci", é agora a vez dos realizadores James Cameron e Simcha Jacobovici apresentarem um documentário com novas "revelações": Jesus não ressuscitou, mas está sepultado em Jerusalém, com a família, incluindo o filho que teve com Maria Madalena.
A produção aproveita a onda mediática produzida pelo sucesso de Dan Brown - embora as novas teorias entrem em contradição com várias das suas teses. O documentário produzido pelo realizador de Titanic, James Cameron e realizado pelo judeu canadiano Simcha Jacobovici, estreia esta semana no Discovery Channel.
"O Túmulo Perdido de Jesus" parte da análises de dez ossários encontrados em 1980, no Bairro de Talpiot, em Jerusalém, e que presentemente estão entregues à Autoridade de Antiguidades de Israel e guardados num armazém em Bet Shemesh.
Os arqueólogos que estudaram as peças chegaram à conclusão, em 2003, de que o sarcófago data do século I d.C. No entanto, conteúdo, caligrafia e revestimento da inscrição tornam a sua autenticidade duvidosa. Além disso, salientam que os nomes nas inscrições eram muito comuns na altura.
"A afirmação de que o túmulo (de Jesus) foi encontrado não está apoiada em nenhuma prova e é somente uma manobra publicitária”, afirma o professor Amos Kloner, da Universidade Bar-Ilan e arqueólogo oficial do Distrito de Jerusalém, que fiscalizou as escavações do mesmo local em 1980.
"É muito pouco provável que Jesus e seus parentes tivessem um túmulo familiar ", explicou Kloner. "Eles eram uma família da Galileia sem vínculos em Jerusalém. O túmulo de Talpiot pertenceu a uma família de classe média do primeiro século de nossa era", defende.
"É uma óptima história para um filme, mas é impossível. É um disparate»", disse ao jornal Jerusalem Post.
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 27 Fevereiro , 2007, 13:49

Alma (d)e património
que se perdem


1. Das reflexões decisivas que estarão em futuro próximo no mapa nacional, será, precisamente, a discussão sobre o que fazemos com as terras, aldeias, freguesias, tradições e patrimónios do interior de Portugal. Com a concentração nas grandes cidades de tendência litoralizante, e a impressionante desertificação do interior do país (numa desatenção continuada de políticas insensíveis a esta realidade específica), com o fechar múltiplos serviços, será caso para dizer que não há interior que resista.
Abandonámos essas nossas terras carregadas de alma, de história, de identidade plural que constituiu a nossa própria nacionalidade; foram muitos os grandes portugueses (agora em voga, daqui a uns meses esquecidos) que nos enchem de orgulho e que ergueram, fruto de vida dinâmica em horizonte rasgado, símbolos de uma comunidade vida, com alma e sentido, espelhados em castelos, muralhas, catedrais, jardrins, espaços públicos, escolas e hospitais, tudo acompanhado com uma beleza natural única da floresta que possuímos neste lindo país de sol.
2. Quem percorre, com atenção, alguns caminhos do interior verifica que o panorama é desolador. Há longas semanas fizemos essa viagem por algumas terras mais interiores, e a sensação do abandono impressiona. E é tanto mais assustador quando sabemos que ao abandono “natural” das populações (pela busca legítima de melhoria de vida), pela falta de política de projecto/visão e pelos números económicos que comandam a vida, corresponderá o fechar e refechar de tudo o que não compensa. Estranho, quase não queremos povoar na totalidade o país que outrora foi conquistado às custas de tantas vidas… (Quando o nosso Parlamento reflecte a sério nisto mesmo?)
Os serviços que se fecham, especialmente nos lados do interior e os critérios que presidem a esse “fechar” acabam por matar, por completo, o resto da esperança nas populações que lá residem. Que lá nasce (os poucos que nascem pois as novas famílias já lá não querem habitar – ou não lhes é permitido construir casa devido aos PDM’s - na terra em que correram e saltaram, tudo dificulta esse resto de saudade em se viver a vida onde se nasceu), os que nascem, nesta correria de modas citadinas, até correm o perigo de receber o estigma de ser da “aldeia”…, esquecendo-se, entre tantas vantagens, que a qualidade do ar lá é incomparavelmente melhor que na corrida da cidade.
3. Não teria merecido o interior de Portugal uma aposta estratégica diferenciadora – a realidade é diferente – das vivências litorais? Não terá havido oportunidade para uma concertação geral de energias na promoção do país como um todo – não só o puxar da brasa para a própria sardinha - numa dinâmica mobilizadora do interior? Não…? Como a capital política – Lisboa – vê Portugal como um todo? (Ou o país será só Lisboa?!). O que está feito, está feito! E pelo andar da carruagem nada há mesmo a fazer! Não conseguimos apostar na visão estratégica das causas, então acolhamos – já dizemos a médio prazo - as consequências da nossa demissão.
Que sentirão as populações e os governos quando, daqui a 15 anos, as freguesias e concelhos do Portugal interior forem “comprados” pelos turistas nórdicos ou inteiramente habitados por comunidades imigrantes entre nós?! Nada de especial, preparemo-nos para esta realidade, pois é por ela que continuamos a optar.
4. O perceber-se que cada serviço público que fecha arrasta outro e traz consigo a fuga total das populações (de meia idade, pois as populações mais idosas já não podem sequer fugir) para as grandes cidades de tendência litoral, comoverá profundamente (e eternamente) todos os que deram a vida para Portugal ter a fronteira lá em cima, junto a Vilar Formoso. Esses, onde quer que estejam, vêem o país interior padecer, não vislumbrando qualquer centelha visível, explícita, de preocupação política e estratégica decisivas. Cada vez faz mais sentido perguntar-se: ainda queremos o interior do país ou entregamo-lo? Ou menos que a visão turística transfigure em turismo o país que “não queremos” (não venham os outros inventar, criar, para depois nos explorarem na nossa própria terra…como as laranjas do Alqueva daqui a breves anos.).
E ainda, talvez mesmo o mais importante: nesse futuro, daqui a 15 anos, os nomes das ruas mudarão, serão outras as gentes a habitar o interior, a alma e o património português perder-se-á para sempre no tempo... Terra não habitada é terra esquecida. É admirável o esforço de tantos projectos e apostas, concretizados mesmo em Roteiros do Património; mas não chega. Será essencial repovoar o interior do país e definir itinerários claros para lá chegar. Quando não, quanta “alma” de história, memórias e património de Portugal, receberá uma implusão cultural (e depois queixamo-nos de sermos um povo com falta de auto-estima, dos mais tristes da Europa). Abramos as portas e dêmos alegria e vida(s) ao interior do País! Ou queremos este país sombrio e estranho, nada formoso?

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 27 Fevereiro , 2007, 12:20
COM EMPREGOS EXIGENTES E STRESSANTES

Os europeus consideram-se em geral relativamente felizes. Em Portugal, a percentagem dos que afirmam isso mesmo é de 86% - idêntica à média da União Europeia (UE). Está satisfeito com o seu nível de vida? Com a casa que tem? Estas foram algumas das perguntas feitas. Respostas: 75% dos portugueses e 83% dos cidadãos da UE dos 25 (a sondagem foi feita antes do alargamento a 27) estão satisfeitos com o seu nível de vida; 89% e 92%, respectivamente, estão contentes com as suas condições de habitabilidade. Já o trabalho é, para uma "significativa minoria" de trabalhadores da UE, uma fonte de mal-estar: dois quintos dizem que têm um emprego demasiado exigente e stressante. Em Portugal, são ainda mais: 55%. O país é o quinto com pior avaliação neste capítulo.
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Fonte: PÚBLICO

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 27 Fevereiro , 2007, 12:11



A IGREJA E O PODER

Triunfo e desencanto ocupam algumas das análises ao momento que vivemos. Triunfo de analistas que não escondem o júbilo pelo facto de, com o referendo ao aborto, a Igreja ter sido derrotada, e ao mesmo tempo essa derrota significar o fim do ciclo de domínio na sociedade portuguesa. É um grito de vitória por, finalmente, a sociedade se ter libertado do osbcurantismo e do domínio clerical.
Alguns sectores políticos e religiosos não escondem o desencanto. E pedem à Igreja que recupere o lugar que ocupou na vida social portuguesa. Como que a exigir uma restauração da fé como império, do altar como trono, da hierarquia como poder, da sociedade como redil. Nenhuma destas perspectivas enquadra a Igreja na sua missão essencial e no lugar que deve ocupar na cidade dos homens.
A primeira afirmação da Igreja tem de caracterizar-se pelo serviço a todas as grandes causas do homem, sendo que a primeira é o anúncio da salvação em Jesus Cristo. Da afirmação da fé e das suas incidências, decorrerão todos os planos de presença da Igreja no mundo e do seu lugar na história. Este projecto, como se sabe, não é unívoco e procura em cada tempo interrogar-se sobre os sinais e as respostas mais eficazes e inteligíveis do Evangelho.
Hoje, perante o mundo real, a Igreja posiciona-se com maior liberdade porque independente dos poderes políticos e económicos. Com humildade, por reconhecer que existem outras opções religiosas e outras linhas de procura para os grandes problemas do homem e da história. Mas trabalha no seu terreno específico, proclama com maior vigor os caminhos do Evangelho, dialoga com todos os homens de boa vontade na procura das melhores respostas para as questões mais inquietantes que o mundo de hoje coloca. E lança perguntas sobre temáticas que parecem esclarecidas e arrumadas.
Não vale a pena alimentar a amargura de poderes perdidos em tronos duvidosos e em paradas que pertencem ao universo profano. Nem esboçar o mais pequeno gesto de saudade pelos velhos impérios. O lugar primeiro e privilegiado da Igreja é o da liberdade. E que deixe o resto para César. Não lhe faz falta.

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 27 Fevereiro , 2007, 10:34

Valores e perspectivas na construção do Velho Continente juntam, em Roma, políticos
e representantes católicos



Episcopados da UE
discutem futuro da Europa



A Comissão dos Episcopados Católicos da UE (COMECE) está empenhada em fazer da celebração dos 50 anos dos Tratados de Roma, fundadores da Comunidade Europeia, um momento de reflexão sobre o futuro da Europa.
Roma será, precisamente, a sede do Congresso Internacional convocado pela COMECE, no próximo mês de Março, para discutir os "valores e perspectivas sobre a construção europeia", reunindo cerca de 400 participantes.
A intenção é "identificar valores-chave" para os cristãos, confirmando aqueles que definiram o processo de unificação europeia desde o seu início. Durante o Congresso será adoptada a "Mensagem de Roma", que será enviada aos Chefes de Estado e de Governo da UE.
23 delegações episcopais estarão presentes, ao lado dos maiores movimentos e comunidades católicas da Europa. Um grande número de políticos europeus de referência também irão marcar presença: Romano Prodi, Mary McAleese, Wolfgang Schäuble, Hans-Gert Pöttering, Peter Sutherland, Marcelino Oreja e Mario Monti.
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Fonte: Ecclesia

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 27 Fevereiro , 2007, 10:28
"Quem semeia ventos colhe tempestades"

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 27 Fevereiro , 2007, 10:20

APRECIANDO O MAR
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Uma forma de afugentar o stresse pode ser esta. Sentada, olhando o infinito, com a praia quase deserta a seus pés. No fim da caminhada, o mar é sempre um desafio e uma preciosa ajuda para quem aprecia a natureza. Alguma agitação das águas, em pleno Inverno, oferece ao passante um espectáculo raro de espumas que tentam saltar das águas salinas. Tudo para ver. Tudo para meditar.

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 27 Fevereiro , 2007, 10:13

ITÁLIA: IGREJA DE SÃO MARCOS
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Fachada principal da Catedral dos Doges, igreja de São Marcos, com as suas reminiscências bizantinas, onde sobressaem os arcos decorados, em cima. Para uma visita de quem tiver possibilidades de lá ir.

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 26 Fevereiro , 2007, 18:43


APOSTA IMPORTANTE:
EDUCAR PARA A CIDADANIA



A Cáritas Portuguesa foi desafiada a trabalhar em favor da educação para a cidadania, criando condições para um desenvolvimento sustentável. Este desafio foi lançado no Conselho Geral da Cáritas Portuguesa, este fim de semana, por Manuela Silva da Comissão Nacional Justiça e Paz que reflectiu sobre o tema da Semana Nacional da Cáritas e proposto também pela União Europeia.
“Pela Dignidade, Igual Oportunidade” serviu de mote para desenvolver orientações e sugestões para uma prática caritativa quer a nível nacional quer concretamente nas dioceses.
“O grande desafio vai no sentido de perceber as causas da pobreza e as causas que geram as desigualdades”, apontou à Agência ECCLESIA, Isabel Monteiro, Presidente interina da Cáritas Portuguesa. Outro desafio lançado vai no sentido da reflexão. “Perceber os estigmas e preconceitos da sociedade que não deixam avançar efectivamente para uma igualdade de oportunidades para todos”, sublinha. A igualdade de oportunidades “é um meio para a criação de um desenvolvimento sustentável e de uma cidadania activa e consciente” e para os cristãos o desafio é ainda maior, “pois pede-nos uma coerência com os valores que professamos”, manifesta a Presidente interina..
A educação, a saúde são direitos fundamentais consagrados na Constituição, mas trata-se de focar o problema “na educação”. “Esta deve ter no horizonte a cidadania, começando nas crianças e nas famílias”. São desafios lançados para tornar a Cáritas “mobilizadora de desenvolvimento, para criar uma consciência cristã esclarecida, efectivamente interventiva na sociedade portuguesa e com maior incidência nas comunidades cristãs”, manifesta Isabel Monteiro.
Compete agora às Cáritas diocesanas ter estes desafios em consideração e lançar pistas para concretizar estes objectivos, “algumas estão já atentas a estas questões, mas queremos estar em constante transformação e conversão”.
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Ler mais em Ecclesia

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 26 Fevereiro , 2007, 18:30


“ANTÓNIO ALÇADA BAPTISTA:
Tempo afectuoso - Homenagem ao escritor amigo de todos nós"

Foi com agradável surpresa que há dias encontrei nas livrarias um livro de homenagem ao escritor António Alçada Baptista – “ANTÓNIO ALÇADA BAPTISTA: Tempo afectuoso - Homenagem ao escritor amigo de todos nós". Trata-se de uma obra da responsabilidade da Editorial Presença e do Centro Nacional de Cultura, com coordenação de textos de Maria Helena Mira Mateus e Guilherme d'Oliveira Martins.
A homenagem é justíssima, ou não fosse Alçada Baptista um homem e escritor de afectos, que ensinou muita gente a pensar e a conhecer a vida de um País amordaçado pela ditadura. Os seus livros, muitos dos quais li à medida que foram aparecendo no mercado, sempre me impressionaram e encantaram, ou não fosse ele um escritor memorialista, com capacidade para nos conduzir, com realismo, através dos seus e nossos contemporâneos, marcados por comportamentos ora resignados e comodistas, ora corajosos na denúncia das injustiças. Com uma simplicidade que seduz, com uma naturalidade que encanta. Estórias e mais estórias da história dos homens e mulheres do seu tempo e do seu e nosso País, que ele retratou com arte e sensibilidade.
“ANTÓNIO ALÇADA BAPTISTA: Tempo afectuoso - Homenagem ao escritor amigo de todos nós" é um livro de testemunhos de amigos, muitos dos quais foram seus cúmplices em horas de sonhos e de lançamento de projectos, na qualidade de católico progressista, muitos deles condenados a esbarrar com impossibilidades de toda a ordem. Eduardo Lourenço, Mário de Carvalho, Teolinda Gersão, Dinis Machado, António Ramos Rosa, Mário Soares, Pedro Roseta e Edgar Morin, Ana Vicente, Guilherme d’Oliveira Martins, Lídia Jorge, João Bénard da Costa e Maria Alzira Seixo foram alguns dos muitos que escreveram para esta edição, com amizade e gratidão, pelo que dele receberam.
Alçada Baptista, 80 anos de vida bem vivida e rica de contactos humanos, que os seus 13 livros e diversos outros escritos revelam, bem merecia esta homenagem enquanto está entre nós. Mas quem quiser conhecê-lo e admirá-lo pode ler os seus livros. “Peregrinação Interior” (dois volumes), “Tia Suzana, Meu Amor”, “Os Nós e os Laços”, “Catarina ou o Sabor da Maçã”, “O Riso de Deus”, “A Pesca à Linha” e “O Tecido do Outono”, entre outros, aí ficam para saborearmos, com prazer.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 26 Fevereiro , 2007, 12:48
Centro Cultural da Gafanha da Nazaré


FILARMÓNICA DAS BEIRAS NO CENTRO CULTURAL
DA GAFANHA DA NAZARÉ

Nos próximos dias 27 e 28, da parte da manhã, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, os alunos das Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico vão ter “Música na Escola”, por iniciativa da Câmara Municipal de Ílhavo. Actuará a Orquestra Filarmónica das Beiras, que apresentará o programa “10 Vocalizos para Leonor e Arcos”.
Por esta forma, as crianças das nossas escolas começam a habituar-se a ouvir e a aprender a ouvir música de qualidade. Os familiares e amigos também poderão participar.

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 26 Fevereiro , 2007, 12:32


A casa velha

Era uma vez uma cidade que não tinha casas velhas; a cidade era bonita e airosa e, por isso, não admitia nada que destoasse da concepção que para ela os artistas tinham programado. Dum lado e doutro de ruas e avenidas, só se erguiam casas bem arquitectadas, a sugerir que outros edifícios fora de linha não tinham ali cabimento.Um dia, pela calada da lei, entrou na cidade um grupo de forasteiros que estranhou a arrumação da cidade e não encontrou sítio de paragem; tudo era, de facto, estranho!Na coragem de quem se sente no direito de viver ou, ao menos, de sobreviver, puxam pela coragem de tentar activar os sistemas de alarme das casas novas e belas. De dentro, só ouvem vozes estranhas que indicam outros alarmes, que ficam noutras casas e noutras ruas; talvez lá encontrem pessoas...
Foi assim que os forasteiros, de porta em porta, sempre encontraram o que pretendiam: uma casa velha, que tinha escapado aos artistas que faziam e refaziam a cidade; foi o maior achado da sua vida de peregrinos, sem eira nem beira, onde poderão assentar arraiais e, finalmente, dormir e poder sonhar. Dali poderão entrar e sair sempre que queiram, podem regressar à hora que quiserem, podem até alimentar algumas ilusões, lado a lado com outros seus semelhantes, também já desesperados de tantas respostas inconsequentes; estão felizes na casa velha, que quase já é sua.
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Leia mais em CV

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 26 Fevereiro , 2007, 12:26
Qu’ria que o mundo soubesse
que a dor que tortura a vida
é quase sempre sentida
por quem menos a merece.

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