
2. Nos grandes saltos que o mundo dá, outrora como na actualidade, espera-se tudo das novas condições criadas, até de ciência, tecnologia e desenvolvimento humano; mas o “depois” é catarse de crise pois que esse projecto não alcançou a sua meta desejada. Para contrariar os pessimismos, muitas vezes em diversos fóruns, diz-se que nunca se viveu tão bem como na actualidade, com condições de saúde, educação, ciência e tecnologia, pão, água; na generalidade, é verdade! Então vale a pena perguntar: porquê os pessimismos? Talvez na raiz desse pessimismo persistente esteja a verdade perturbadora de que com todas essas condições que temos poderíamos estar bem mais acima em termos de Humanidade…
3. O mais desconcertante, ainda, é o facto de que o optimismo mobilizador ou o pessimismo paralisante não dependem da lógica do ter ou do dominar mas do ser, sentir. No mundo actual onde o pessimismo mais reina é nas sociedades habituadas a todas as mil e uma condições e regalias. Torna-se um imperativo o aprender a viver com optimismo especialmente nas circunstâncias mais adversas. Não existe a fórmula da esperança nem da motivação. A perseverança, sendo valor que também se aprende, cultiva-se no mais profundo do ser.