de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 10 Junho , 2010, 16:49
Riqueza incomensurável da ternura

 

Hoje conto uma história. “Um menino de 4 anos tinha um vizinho idoso a quem falecera dias antes a esposa. Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele e sentou-se simplesmente no seu colo. Quando a mãe lhe perguntou o que tinha dito ao velhinho, ele respondeu: Nada. Só o ajudei a chorar.” Um escritor de nome, convidado como jurado de um concurso de crianças, deixou-nos esta preciosidade como gesto inefável da criança premiada.

Sobram comentários. É isto que não deixa que o mundo se afogue. Uns dispensam os filhos, outros escandalizam as crianças, outros põem veneno em tudo, sabendo que elas o irão beber… Deus vela por elas através de quem é capaz de as amar sem condições.

O melhor do mundo, disse o poeta, são as crianças.Quem as faz andar em terras desertas e frias para poderem ter escola não pensa assim. Quem deixa que a família se degrade ou até contribua para isso não pensa assim.

Quem não tem sensibilidade para perceber a riqueza dos gestos de ternura não pensa assim.

Amanhã é Dia de Portugal. A riqueza do país são as pessoas. Mais ainda, as crianças. Só elas são capazes de ajudar a chorar. E, neste chorar, aliviam a dor que mais dói, a da saudade de quem se ama.

Só o amor puro das crianças.

António Marcelino


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