de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 17 Maio , 2010, 08:19

Junta de Freguesia de S. Salvador preserva história da região

 

 

 

 

 

Decorreu no passado dia 15, em Pardilhó, o Bota-Abaixo do moliceiro S. Salvador, comprado pela Junta de Freguesia de S. Salvador (Ílhavo) ao mestre António Esteves. Presentes na cerimónia elementos da Junta de Freguesia, do Clube de Vela da Costa Nova, da Associação Aquém Renasce e convidados.

Segundo Rufino Filipe, Presidente da Junta de Freguesia, esta aquisição custou cerca de 18 mil euros e tem como finalidade colocar à disposição da comunidade local um dos ex-líbris da nossa ria e que, ainda há cerca de 40 anos, sulcava as águas do Rio Boco e do Canal de Ílhavo. Em breve será assinado um protocolo com uma associação da Freguesia que será a responsável pela gestão da embarcação, ficando com a responsabilidade de a dinamizar, junto das escolas e da população em geral.

O moliceiro vai ficar ancorado no cais da Bestida, enquanto se constrói na Gafanha d’Aquém um espaço de ancoragem, no local de uma antiga “folsa” (nome local dos atracadouros).  

Este moliceiro foi construído pelo mestre António Esteves, construtor há mais de 45 anos, tendo já trabalhado nos EUA, durante 20 anos, em moldes de madeira para iates.

 

Carlos Duarte


Anónimo a 19 de Maio de 2010 às 19:00
O barco que se vê na foto é um moliceiro da Murtosa. Havia outros moliceiros, que navegavam até ao Boco,
se dedicavam à apanha do "arrolado" na parte norte da Ria e o transportavam até ao Boco, onde era misturado com o estrume do "gado" e depois utilizado para adubar as terras. Não consta que os moliceiros da Murtosa passassem alem do descarregadouro da "Quita dos Moimentas, na Gafanha da Boa Vista.
Os moliceirso do Boco, eram uns barcos feios - na minha
opinião- e nem sequer eram pintados. Eram todoa barrados com "piche", que ajudava na vedação das tábuas. eram todos de côr prêta.
Havia grandes rivalidades erntre as tripulaçõesb destes dois tipos de barcos.
Aos da Murtosa chamavam-lhes "Labregos" e aos do Boco
"Matolas". Era suficiente uns chamaram esses nomes aos outros, para haver "guerra" de palavras. Cheguei mesmo a presenciar um caso que achei estranho:
- Vinha com o meu pai da marinha. Estava vento norte fresco. Um "Matola" ia em direcção ao Sul, por isso à popa.
Outro, um "Labrego" ia para o Norte, "a bolear", ora para bombordo ora para estibordo, aproveitando o vento.
Por qualquer descuido, não sei de qual dos dois, os barcos
quasi se abalrrovam. Foi um caso sério. Uns pegam nas gadanhas, outros nos ancinhos... entretanto o vento foi afastando os dois bascos um do outro.
- Anda cá seu... (padre nosso e avé marias) não faltaram.
Porguntei ao meu pai porque era tanto barulho, e ele explicou-me:
É que o barco que ia à popo, devia passar pelo ré do outro
e passou pela proa, o que ia provocando o acidente. È que aqui tambem tambem há leis!...
Fiquei admirado. Com uma ria tão larga...

Ângelo Ribau

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