Depois do acordo estabelecido entre Sócrates e Passos Coelho, para ultrapassar a crise por que estão a passar Portugal e os portugueses, chovem críticas de todos os lados. Até parece que os interesses partidários estão acima dos interesses do país.
Penso que este entendimento foi bom e respondeu aos avisos do Presidente da República, que há muito vinha alertando para a necessidade de os políticos acertarem num consenso que provocasse a credibilidade de que Portugal precisa, no âmbito das agências que mandam nas economias e finanças a nível mundial.
Apesar dos sinais vindos do exterior e dos avisos dos responsáveis da UE para este sector, não faltam políticos ansiosos por ver tudo isto — o país e os portugueses — na bancarrota, no caos, na terra queimada. Confesso que fico perplexo.
Será que patrocinam novas eleições, numa altura em que urge acertar o passo e correr até para não perdermos o comboio em que estamos metidos? Será que estamos apostados em discutir, discutir, discutir, evitando ou impedindo o que deve ser feito?
Alguns políticos, cuja lengalenga já conhecemos, falam por falar, porque se se calarem passam à reforma. Outros engasgam-se com as suas contradições e exibem-se na comunicação social, sem nada acrescentarem de novo. E Portugal continua nisto.
Como homem comum, penso que a ajuda do PSD ao Governo do PS veio na hora certa e terá, ao que julgo, o apoio do Presidente da República e dos nossos parceiros da Europa comunitária. Só dentro do país é que não falta quem proteste…
FM