PS e PSD chegaram a acordo para salvar a face do país. A crise, sentida pelos portugueses e nem sempre clara no Governo, afinal existe mesmo. Sócrates, depois de chamado à pedra em Bruxelas, não teve alternativa: a solução aí está, com novo imposto sobre os salários dos portugueses, proporcionais aos rendimentos de cada um, mês a mês. Os que ganham pouco, pouco descontarão; os que ganham muito, muito descontarão. O problema não está aqui. Os que ganham muito, continuam bem da bolsa; os que ganham pouco, como poderão viver com menos dinheiro?
Pelo que ouvi, Pedro Passos Coelho, o líder social-democrata, reconheceu que esta era a única saída para responder à crise. Fez um grande sacrifício ao ajudar o primeiro-ministro e disso pediu perdão aos que o apoiaram. Mas garantiu que não havia saída possível.
Os dois maiores partidos, agora de mãos dadas durante ano e meio, sem no entanto haver “casamento”, entenderam-se. Ainda bem. E por que razões não o fizeram há mais tempo?
FM