HUMILDE TRABALHADOR
Georgino Rocha
Na sua primeira aparição pública na Praça de São Pedro, o recém-eleito Papa surge com um sorriso confiante e apresenta-se como humilde trabalhador da Vinha do Senhor. Foi a 19 de Abril de 2005.
E desde então, Bento XVI, iluminado pelo Espírito Santo e apoiado por um conjunto numeroso de pessoas especializadas, mostra em que concentra o seu trabalho e onde investe os seus esforços a fim de ser fiel à missão que Jesus Ressuscitado lhe confia e ajudar a Igreja a dar resposta eticamente válida e cristã às grandes interrogações com que se debatem os homens e as mulheres de hoje.
Em Portugal como em tantos países, sobretudo ocidentais, estas interrogações têm a ver com a compreensão da pessoa humana, com o valor da verdade, com a excelência da caridade, com o sentido da vida, com a sorte da humanidade solidária, com a sustentabilidade do planeta, com a capacidade da razão, com o alcance do bem integral acessível a todos e a cada um, com a função social da religião.
E a Igreja é a comunidade dos discípulos de Jesus, organizada com base nos dons com que o Espírito Santo a anima e guia, a começar pelo sucessor de Pedro, a quem Jesus confia uma missão especial.
Bento XVI vem estar connosco. Em vários espaços, mas sobretudo no coração de quem pretende libertar a razão e voar mais alto, soltando as amarras de preconceitos inibidores e assumindo a ousadia dos peregrinos da Verdade. Aproveitemos a oportunidade e ficaremos a ganhar. Nós e quem connosco partilhar a mesma experiência de saber acolher, de fazer festa, de entrar em comunhão. Podemos então verificar que somos capazes de muito mais do que aquilo que fazemos ou surge na opinião publicada.