de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 16 Abril , 2010, 15:29

 

 

O artigo que hoje transcrevi do jornal i para o meu blogue tirou-me as palavras da boca. Há muito que andava incomodado por duas coisas: a pedofilia em geral e também na Igreja (onde há homens e mulheres santos e pecadores, como em qualquer lugar) e a atitude de meio mundo com armas e bagagens contra o Papa, bispos e padres. Todos no mesmo saco da ignomínia.

Este artigo, de Paulo Pinto Mascarenhas, veio mesmo a propósito. Dir-se-ia que foi o ovo de Colombo. Tão simples e tão claro.

Estou em crer que, tanto o jornalista como outros que comungam da mesma ideia, não deixarão de ser atacados e condenados, à semelhança do que fez a Inquisição (de políticos e Papa) e a PIDE (de políticos), sem dó nem piedade, sem análise séria e sem julgamento. Apenas na praça pública.

Há jornalistas, classe a que me orgulho de ter pertencido, como profissional e amador, que ainda sou, que vibram só com a ideia de explorarem o negativo, o trágico, o doentio, o mórbido, o criminoso, o tenebroso. Não se encantam com o belo, o bom, o solidário, a santidade, a generosidade, a fraternidade, o positivo. Habituaram-se à norma de que estes últimos predicados não são notícia. Mas são.

Os pedófilos e outros criminosos estão em todo o lado, inclusive na família e entre amigos, nas escolas e nas instituições. Mas isso poucos vêem. E deviam ver.

E sobre a Igreja, só mais uma palavra. Há pedófilos e outros criminosos que precisam de ser julgados. E hão-de ser. Mas também há santos e mártires, missionários e voluntários sociais, fundadores e membros de inúmeras instituições de bem-fazer. Sabem onde estão? Olhem à volta, com os olhos bem abertos.

 

Fernando Martins

 

 

 


terrasdomarnel a 16 de Abril de 2010 às 16:12
Meu caro amigo;

Li o artigo do jornalista Paulo Pinto Mascarenhas. Li também a sua opinião. Não comento só para concordar o que, ainda assim, muitos (e eles existem) vão contestar com os mais diversos argumentos e justificações, algumas delas a raiar o absurdo. Mas não é só nisto, e por ser a Igreja (que quer dizer assembleia convocada, logo onde estão todas as pessoas, nomeadamente algumas daquelas que até escrevem o que lemos) que se fazem julgamentos públicos na Com. Social e aí se condenam com uma facilidade extrema porque não são da nossa cor, não "alinham" na mesma equipa de interesses, etc., etc., etc..
O que queria era pegar na última frase da sua opinião que diz: « Mas também há santos e mártires, missionários e voluntários sociais, fundadores e membros de inúmeras instituições de bem-fazer. Sabem onde estão?»
E acrescentava: «Publicam e fazem eco das maravilhosas e difíceis obras que desenvolvem e são exemplo para o mundo?»
E depois terminava: «Olhem à volta, com os olhos bem abertos.»
Eu sei que ferve o sentimento de revolta, quando se olha e se vê apenas uma face da moeda.

Um abraço,

JM Ferreira

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