O artigo que hoje transcrevi do jornal i para o meu blogue tirou-me as palavras da boca. Há muito que andava incomodado por duas coisas: a pedofilia em geral e também na Igreja (onde há homens e mulheres santos e pecadores, como em qualquer lugar) e a atitude de meio mundo com armas e bagagens contra o Papa, bispos e padres. Todos no mesmo saco da ignomínia.
Este artigo, de Paulo Pinto Mascarenhas, veio mesmo a propósito. Dir-se-ia que foi o ovo de Colombo. Tão simples e tão claro.
Estou em crer que, tanto o jornalista como outros que comungam da mesma ideia, não deixarão de ser atacados e condenados, à semelhança do que fez a Inquisição (de políticos e Papa) e a PIDE (de políticos), sem dó nem piedade, sem análise séria e sem julgamento. Apenas na praça pública.
Há jornalistas, classe a que me orgulho de ter pertencido, como profissional e amador, que ainda sou, que vibram só com a ideia de explorarem o negativo, o trágico, o doentio, o mórbido, o criminoso, o tenebroso. Não se encantam com o belo, o bom, o solidário, a santidade, a generosidade, a fraternidade, o positivo. Habituaram-se à norma de que estes últimos predicados não são notícia. Mas são.
Os pedófilos e outros criminosos estão em todo o lado, inclusive na família e entre amigos, nas escolas e nas instituições. Mas isso poucos vêem. E deviam ver.
E sobre a Igreja, só mais uma palavra. Há pedófilos e outros criminosos que precisam de ser julgados. E hão-de ser. Mas também há santos e mártires, missionários e voluntários sociais, fundadores e membros de inúmeras instituições de bem-fazer. Sabem onde estão? Olhem à volta, com os olhos bem abertos.
Fernando Martins