Luís Miguel Cintra fala de "Miserere"
e da dimensão espiritual no teatro
“Eu, como encenador de um texto alheio, estou também a querer dizer qualquer coisa”, escreve Luís Miguel Cintra sobre “Miserere”, espectáculo que estreia a 15 de Abril no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.
"A sua qualidade literária é imensa, alguns dos seus versos são dos mais belos versos escritos em língua Portuguesa e é provavelmente aí que reside a sua resistência ao tempo e o que nele continua a atrair-nos. Retirá-lo do seu contexto religioso e, 500 anos depois, representá-lo num palco em contexto profano é uma violência e um risco", refere o texto de apresentação.
Nesta peça, a Alma é livre e responsável e joga o seu destino sob os nossos olhos, e daí a profundeza humana das cenas.
“Miserere” - palavra com que começa o Salmo 51 na Vulgata, uma das traduções latinas da Bíblia - é interpretado por Dinis Gomes, Duarte Guimarães, João Grosso, José Airosa, José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Ricardo Aibéo, Rita Blanco, Sofia Marques e Vítor d´Andrade.
Em entrevista à Pastoral da Cultura, o encenador, actor e autor desta colagem de obras de Gil Vicente fala do Deus em que acredita, da relação com o público e da dimensão espiritual do teatro. E mais...
Ver entrevista aqui