Passos Coelho propõe unidade,
convidando adversários dentro do partido
Escrevi aqui, há tempos, que não via nos três candidatos à liderança do PSD carismas para criarem a unidade no maior partido da oposição. Mantenho a mesma opinião, apesar de Passos Coelho estar, neste congresso, a lutar pela unidade, num cerrar de fileiras para chegar ao poder.
Ainda as decisões do congresso não estão aprovadas e já se prega a diferença em relação ao líder, debaixo do sofisma de não alinharem em unicidade.
O que importa na democracia portuguesa, que se pretende saudável, é que se construa uma alternativa credível e estável ao poder, para se ter mais confiança no futuro.
Excluída que está, nos horizontes próximos, uma fuga ao modelo social-democrata que nos tem governado, já que os portugueses são radicalmente conservadores, no sentido de recusarem mudanças radicais, temos de convir que o poder se vai repartindo pelos dois maiores partidos políticos, com o CDS-PP a servir de charneira.
Sendo assim, urge acreditar que o PSD consiga refazer as suas lideranças, apresentando-se ao eleitorado com uma direcção que garanta estabilidade. Se as guerras internas continuarem, ficaremos numa situação delicada, com o PS a sentir-se o único dono, que tudo pode fazer a seu bel-prazer.
FM