de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 04 Abril , 2010, 09:32

PELO QUINTAL ALÉM – 15

 

;

A GLICÍNIA

 

A

minha Madrinha Rosa,

meu Padrinho Manuel

e  Afilhadas e Afilhados.

                                                            

Caríssima/o:

 

a. Abrindo o portão à Páscoa, logo nos surpreende a glicínia, com os seus cachos de flores azuis pendentes da latada, em frente da casa. E não é só a cor, nem a forma, também o odor característico nos identifica com a magia que de todos os lados nos visita.

Certo que agora não têm som, já as não visitam as obreiras dizimadas pela varroose; uma ou outra abelha  zune, não orquestra sinfonia, canta a solo!...

 

e. Pelas nossas Gafanhas não era planta que se topasse em cada esquina, mas de um ou outro muro se debruçavam os seus cachos.

 

i.  Se me perguntarem a utilidade da glicínia cresce o meu embaraço.

Fora poeta e a imagem dar-nos-ia por satisfeitos; mas neste mundo em que estamos embrenhados e onde  se não premeia a beleza, ... conversados!...

Mas ... é importante destacar que a glicínia é muito apreciada pelas abelhas, sendo uma espécie muito valiosa para os apicultores.

 

o. Quanto a aplicações medicinais fica a advertência: os cachos de flores azuis, lilazes ou brancas transformam-se em vagens semelhantes às do feijão que ingeridas dão origem a perturbações digestivas.

 

u. E apenas algumas curiosidades:

 

O crescimento da glicínia é lento a moderado e pode levar anos para que se torne adulta e inicie o florescimento; porém é muito longeva, vivendo até 100 anos.

Os gregos e os romanos tinham o costume de se enfeitarem com  glicínias, pois acreditavam que elas preservavam o amor conjugal.

As glicínias eram as flores preferidas da Arte Nova, no século XIX.

Azuis, brancas ou rosadas, são um presente que sugere amor e carinho, simbolizando a ternura, a beleza e a amizade.

Arthur Conan Doyle escreveu um policial intitulado “Wisteria Lodge” [em português: “Vila Glicínia”], publicado em 1908, onde narra mais uma caso resolvido pelo famoso detective Sherlock Holmes e o seu inseparável Watson.

 

 

E ficam os votos de Santa Páscoa... mesmo que não as saboreemos, deliciemo-nos com as espantosas cores das amêndoas ... e dos folares!

                                                                                                                       

 Manuel


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