de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 27 Março , 2010, 16:15

 

Primeiro-ministro e ministro das Obras Públicas

 

3.º Dia da Criação

 

 

«30 anos a pensar e 30 meses a concretizar» é uma boa síntese para enquadrar a importância da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro, no dizer do primeiro-ministro. No final da viagem feita de comboio, desde a plataforma multimodal de Cacia até à área portuária, na Gafanha da Nazaré, José Sócrates afirmou que «quem deixa de investir perde o futuro e não está no mundo», enquanto garantiu que «o investimento público contribui para o dinamismo da nossa economia». Aliás, referiu que «um pouco por todo o mundo os Estados estão a fazer esforços nesse sentido».

«Investir nos portos é determinante nas economias modernas», para apoiar as exportações, disse. «Se nós queremos exportar mais temos que ter portos com mais competitividade, para oferecer às empresas melhores condições», sublinhou o primeiro-ministro. Mais ligadas ao Centro e Norte da Europa, poderão criar mais «dinamismo económico». Informou, entretanto, que os cinco maiores portos portugueses passam a estar ligados á rede ferroviária nacional.

Para o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribau Esteves, «se dez anos é muito tempo, 30 anos é muitíssimo tempo» para levar por diante um projecto destas dimensões, tão necessário  para a região e para o país.

 

 

 

 

 

Agradeceu aos lutadores e aos obreiros pelo trabalho desenvolvido, louvando o significado do «cumprimentos dos compromissos assumidos», tendo frisado as capacidades do município de Ílhavo.

Ribau Esteves adiantou ao primeiro-ministro que o projecto da Marina da Barra, reformulado, vai ser apresentado novamente, esperando-se a sua aprovação, já que esta marina vai ser um factor de desenvolvimento turístico, com enquadramento da área portuária. Ainda sublinhou a inoportunidade das portagens pagas, de que se fala, nos acessos às praias.

O autarca ilhavense não perdeu a oportunidade de recordar a José Sócrates que importa trabalhar com alegria e determinação, sem alimentar «as telenovelas venezuelanas».

O presidente da APA (Administração do Porto de Aveiro), José Luís Cacho, considerou que estas inaugurações culminam projectos de décadas. E se há 200 anos, Luís Gomes de Carvalho, em carta dirigida ao Rei, radicado no Brasil por força das Invasões Francesas, considerou a abertura da Barra como o 2.º Dia da Criação, então hoje, esta festa, representará para a região e para o país, naturalmente, o 3.º Dia da Criação, tal é a sua mais-valia para o desenvolvimento económico e social.

José Luís Cacho disse, ainda,  que a APA vai continuar a apostar na modernização  do Porto de Aveiro, para mais e melhor ajudar as empresas da região.

FM

 


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