
Fiquei satisfeito quando soube desta distinção, por premiar uma pessoa e uma organização que têm estado ao serviço dos que passam fome. Não apenas na quadra do Natal, como muitos pensam, mas durante todo o ano. Quantas vezes distinguem personalidades criadas pelos que vivem e cultivam um mundo cor-de-rosa, que nada tem de positivo para a sociedade, ignorando os dramas que ela encerra. Mas dar de comer a quem tem fome, numa luta constante para se chegar, cada vez mais, a mais portugueses, sendo sabido que dois milhões de compatriotas nossos não têm o mínimo para sobreviver com dignidade, é bem mais importante. Pelo estímulo de que estes actos se revestem, pela divulgação que se faz do bem que é feito e pelo desafio que nos é lançado, no sentido de construirmos um mundo mais fraterno e mais justo.